O mercado brasileiro de soja inicia a quarta em compasso de espera. As atenções se voltam para o relatório de janeiro, que será divulgado no início da tarde pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Neste momento, o dólar tem leve alta e Chicago recua.

O mercado brasileiro de soja teve ontem um dia de poucos negócios e de preços mistos e nominais. O dólar caiu forte e pressionou os referenciais. Chicago teve um dia volátil.

Os produtores seguem atentos ao desenvolvimento das lavouras e ao início da colheita. No Paraná, os trabalhos chegaram a 2%, conforme dados oficiais. Nos estados do Centro-Oeste e Minas, os trabalhos devem começar depois das chuvas e, ao contrário da região Sul, as expectativas são positivas.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos permaneceu em R$ 184,00. Na região das Missões, a cotação seguiu em R$ 183,00. No Porto de Rio Grande, o preço estabilizou em R$ 188,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço recuou de R$ 177,50 para R$ 176,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca caiu de R$ 183,00 para R$ 182,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca baixou de R$ 174,50 para R$ 174,00. Em Dourados (MS), a cotação baixou de R$ 167,00 para R$ 166,00. Em Rio Verde (GO), a saca passou de R$ 170,00 para R$ 169,00.

Chicago 

Os contratos com vencimento em março operam com desvalorização de 0,39% a US$ 13,81 por bushel.

Em sessão volátil, o mercado chegou a registrar ganhos mais cedo, sustentado pelo clima seco no Brasil.

Porém, perdeu força e reverteu para o território negativo.

Os investidores estão em compasso de espera pelo relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta quarta, às 14 horas (horário de Brasília).

O USDA deve elevar as suas estimativas para os estoques de passagem e para a safra de soja dos Estados Unidos em 2021/22. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques de 349 milhões de bushels, contra 340 milhões de bushels indicados no relatório de dezembro. Para a safra, a previsão é de elevação para 4,435 bilhões, contra 4,425 bilhões do mês passado.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 99,3 milhões de toneladas, contra 102 milhões estimados em dezembro.

Os estoques trimestrais norte-americanos de soja na posição 1º de dezembro deverão ficar acima do número indicado pelo Departamento em igual período do ano anterior.

A projeção é de analistas e corretores entrevistados pelas agências internacionais, que indicam estoques trimestrais de 3,11 bilhões de bushels. O relatório trimestral será divulgado às 14 horas (horário de Brasília), também nesta quarta, 12. Em igual período do ano anterior, o número era de 2,947 bilhões de bushels. Em 1 de setembro, data do relatório anterior, os estoques estavam em 256 milhões de bushels.

Prêmios 

Os prêmios de exportação da soja estavam em 60 a 80 pontos acima de Chicago no final da terça no Porto de Paranaguá, para janeiro. Para fevereiro, o prêmio era de 50 a 55 acima. Para março do ano que vem, o prêmio estava em 43 a 46 pontos acima.

Os preços FOB subiram nos portos, acompanhando a leve alta de Chicago e a firmeza dos prêmios, principalmente a partir de março. A lentidão nas vendas domésticas, por conta do recuo de ontem do dólar, ajuda a sustentar os prêmios.

Câmbio 

O dólar comercial opera com alta de 0,37% a R$ 5,600. O Dollar Index registra estabilidade a 95,62 pontos.

Indicadores financeiros 

  • As principais bolsas da Ásia encerraram em alta. Xangai, +0,84%. Tóquio, +1,92%.
  • As principais bolsas na Europa registram índices firmes. Paris, +0,38%. Londres, +0,58%.
  • O petróleo opera em alta. Fevereiro do WTI em NY: US$ 81,64 o barril (+0,51%).

Fonte: Agência SAFRAS

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