Por: T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 02/01: A cotação de março24, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -1,59 % ou $ -7,50 cents/bushel a $ 463,75. A cotação para maio24, fechou em baixa de -1,45 % ou $ -7,00 cents/bushel a $ 477,00.
CAUSAS DA BAIXA: O milho negociado em Chicago fechou em queda nesta terça-feira. O cereal emendou a quarta baixa consecutiva. Os motivos são os mesmos, a melhora no clima na América do Sul, o forte volume de exportação do Brasil e a grande disponibilidade de milho americano, sem a vazão necessária para melhorar os preços.
Somados a isso, a desvalorização do Real frente ao Dólar e a queda no preço do petróleo também pressionaram a cotação.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
MERCADO INTERNO TENDE A SE DESCOLAR DA PARIDADE DE EXPORTAÇÃO: Os preços domésticos do milho tendem a não acompanhar o desempenho externo do grão, projeta o Itaú BBA, em relatório mensal sobre as commodities. “O mercado brasileiro de milho voltará para a condição de preços internos com prêmio em relação à paridade de exportação, descolando-se do mercado internacional”, observou o banco. De acordo com o Itaú, neste mês, os preços domésticos do cereal continuaram em movimento de valorização, enquanto as cotações dos contratos futuros do grão negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) recuaram.
No Brasil, a alta dos preços do grão decorre da perspectiva de redução da área plantada e da produção do cereal na safra 2023/24, segundo o Itaú BBA. “Mesmo se confirmada essa queda projetada de 10% para a safra brasileira, o balanço global do cereal não deve apresentar mudança, diante da grande safra de milho dos EUA e da retomada da produção da Argentina, que deve voltar a produzir mais de 50 milhões de toneladas nessa safra. Com isso, a última linha do balanço, a relação estoque/uso global, permanece em 26%”, observou o banco sobre o balanço global do cereal.
CHINA-MILHO RECUA EM DALIAN: Os preços do milho chinês em Dalian começaram a sessão de terça-feira com uma ligeira diferença em relação ao fim de semana de 3 dias. O OI diminuiu nos primeiros meses, e o milho caiu 3-9 yuan/MT no dia, de 2.394 para 2.428 nos primeiros meses. Isso representou uma perda de aproximadamente 0,75 centavos contra uma perda de 3,50 centavos, de ~$8,57 para ~$8,70/bu à taxa de câmbio de hoje.
EUA-MERCADO ESPERA MENOR MOAGEM DE MILHO PARA ETANOL: As estimativas pré-relatório para a moagem de etanol de milho de novembro variam com uma média de 451 mbu. Se concretizado, isso representaria uma queda de 2,3% em relação a outubro, mas um pouco acima dos 450 mbu de novembro de 22.
EUA-EXPORTAÇÕES MENORES: Os dados semanais de inspeções de exportação do USDA mostraram que 569,7 mil toneladas (22,43 mbu) de milho foram embarcadas durante a semana que terminou em 28/12. Isso caiu em relação aos 1,23 MMT da semana anterior e ficou abaixo dos 683 mil MT durante a mesma semana do ano passado. O USDA também adicionou 135,5 mil toneladas aos relatórios anteriores, elevando a remessa total da temporada para 11,95 milhões de toneladas (470,5 mbu).
BRASIL-PRODUÇÃO DE MILHO MENOR: O analista privado StoneX estima a safra brasileira de milho em 124,6 MMT, em comparação com o valor de 126 MMT em dezembro e a estimativa oficial de dezembro do USDA de 129. A América do Sul recebeu muitas chuvas no fim de semana, com totais tanto para a Amazônia quanto para a fronteira de Peru/Bolívia atingiu o máximo na escala de cores do gráfico +135 mm (5,3”). A NOAA relatou 50-115 mm para as principais áreas de cultivo no Brasil, especificamente em Mato Grosso. A previsão para a próxima semana é de +90mm (3 ½”) para todo o Centro-Nordeste do país, com algumas manchas de 130mm em Goiás e Minas Gerais. Espera-se que o Sul do Brasil fique de fora.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Acompanhando ganhos do dólar, milho sobre na B3, com valorizações de até +1,07%
Os principais contratos de milho fecharam o dia em campo positivo nesta volta de feriado, onde acompanharam a moeda americana, que apresentou ganhos expressivos no dia de hoje. Na esteira dos acontecimentos, a notícia de que a moeda americana fechou em alta com o aumento do rendimento dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) fez com que o dólar fechasse em alta de 1,28% a R$ 4,915.
Também no dia de hoje, a Conab afirmou que as primeiras lavouras de milho já começam a ser colhidas. Segundo o órgão, já foram colhidas 0,9% das lavouras, avançando dos 0,2% da semana passada e ficando à frente dos 0,2% do mesmo período do ano passado.
OS FECHAMENTOS DO DIA 02/01: Diante deste quadro as cotações futuras fecharam em alta: o vencimento de janeiro/24 foi de R$ 71,88, alta de R$ 0,76 no dia, alta de R$ 1,49 na semana; março/24 fechou a R$ 75,81, alta de R$ 0,75 no dia, alta de R$ 1,38 na semana; o vencimento maio/24 fechou a R$ 75,25, alta de R$ 0,76 no dia e alta de R$ 1,34 na semana;
Fonte: T&F Agroeconômica