FECHAMENTOS DO DIA 28/07
O contrato de soja para julho24, referência para a safra brasileira, fechou em queda de -0,15%, ou $ -1,75 cents/bushel a $ 1150,50; A cotação de setembro24, fechou em baixa de -0,24 % ou $ -2,75 cents/bushel a $ 1133,50. O contrato de farelo de soja para julho fechou em baixa de -0,17 % ou $ -0,6 ton curta a $ 360,5 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em alta de 0,64 % ou $ 0,28/libra-peso a $ 43,77.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou o dia de forma mista, mas semana e o mês em baixa. A oleaginosa chegou a operar parte do dia em alta, patamar onde as cotações mais longas fecharam. No entanto, o grão perdeu força no final da sessão e fechou em queda, nas cotações para 2024. Os estoques de soja em 1º de junho 21,86% acima da mesma data no ano passado e a forte alta do Dólar (2,71%) frente ao Real nesta semana pressionaram o grão.
Por outro lado, a redução na estimativa de áreas plantadas em 2024 evitou maiores quedas para a soja. O USDA indicou que os produtores de soja semearam 34,84 milhões de hectares neste ano, queda em relação à projeção do fim de março 35 milhões de hectares. Analistas esperavam um aumento para 35,15 milhões de hectares.
Com isso a soja fechou o acumulado da semana em queda de -0,86% ou $-10,00 cents/bushel e baixa de -4,52% ou -54,50 cents/bushel em junho. O farelo de soja caiu –0,36% ou $-1,30 a ton curta e caiu -1,15% ou $-4,20 ton curta no mês. O óleo de soja caiu -0,39% ou -0,17 libra/peso na semana e -3,84% ou -1,75 libra/peso na semana.
Análise semanal da tendência de preços
FATORES DE ALTA
a) menor estimativa de área plantada nos EUA. De acordo com o Departamento de Agricultura do país (USDA), produtores de soja semearam 86,1 milhões de acres (34,84 milhões de hectares) neste ano, queda em relação à projeção do fim de março, de 86,51 milhões de acres (35 milhões de hectares). Analistas consultados pelo Wall Street Journal esperavam aumento para 86,861 milhões de acres (35,15 milhões de hectares). No ano passado, foram semeados 83,6 milhões de acres (33,83 milhões de hectares) com soja;
b) No Brasil, o aumento da demanda interna do óleo de soja como biocombustível ajuda a manter descolado o preço interno versus a cotação de Chicago: o preço do óleo subiu 17,47% no ano, 17,21% no mês e 1,27% na semana, ao passo que o preço do farelo recuou 5,64% no ano e 2,11% no mês.
FATORES DE BAIXA
- a) fortalecimento do dólar, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar até 14,795 milhões de toneladas de soja em junho, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec);
- b) Nos EUA, estoques domésticos maiores de soja em 1º de junho de 2024 somavam 970 milhões de bushels (26,40 milhões de toneladas), aumento de 21,86% ante o volume de 796 milhões de bushels (21,67 milhões de toneladas) observado um ano antes. O resultado veio acima a estimativa dos analistas, de 957 milhões de bushels (26,05 milhões de toneladas);
- c) No Brasil, o menor uso do farelo de soja contribui para reduzir a alta proporcionada pela maior demanda de óleo, reduzindo o preço pago pelo grão, que poderia ser maior do que está sendo, atualmente. O preço do farelo no Brasil recuou 5,64% no ano e 2,11% no mês, como mostra a tabela abaixo. Detalhe, por ter um volume maior, o farelo tem peso maior na composição do preço do grão.
Fonte: T&F Agroeconômica
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