Por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 22/01: O contrato de soja para março24, a próxima data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,91%, ou $ 11,00 cents/bushel a $ 1224,25. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,82 % ou $ 10,00 cents/bushel a $ 1233,00. O contrato de farelo de soja para março fechou em baixa de -0,20 % ou $ -0,7 ton curta a $ 355,8 e o contrato de óleo de soja para março fechou em alta de 2,69 % ou $ 1,26/libra-peso a $ 48,16.
CAUSAS DA ALTA: A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta segunda-feira. A alta da oleaginosa se deu por uma corrida dos Fundos de Investimento para repor posições vendidas. O avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel, deu suporte aos preços. O óleo de soja, que subiu mais de 2%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.
Os primeiros dados da colheita no Brasil também deram algum suporte aos preços. Os relatos de perda de produtividade, vindos dos sete estados que começaram os trabalhos, jogaram mais lenha na fogueira da estimativa da safra brasileira. No entanto aqui vale duas ressalvas. Primeiro. Estes primeiros dados são da soja precoce, que sofreu um grande estresse climático, ou seja, teriam mesmo um rendimento menor. Segundo. O mercado mundial está de olho no total de grãos disponíveis na America do Sul como um todo, mesmo com o pior cenário de quebra projetado, ainda podemos ter a maior safra de soja no bloco desde 2020.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
BRASIL-COLHEITA DE SOJA 2023/24 ATINGE 4,7% SEGUNDO A CONAB: A colheita da safra brasileira de soja 2023/24 atingia 4,7% da área plantada no País no último sábado (20), informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em levantamento semanal de progresso de safra. O avanço é de 2,7 pontos porcentuais na comparação anual e de 3 pontos porcentuais em uma semana. Sete Estados já iniciaram a retirada da oleaginosa do campo, sendo Mato Grosso o que tem os trabalhos de campo mais avançados, com 10,9% da área colhida.
O plantio da oleaginosa ainda não terminou. A semeadura avançou 0,2 ponto porcentual na semana, alcançando 99,1% da área estimada no País. Há atraso, contudo, de 0,4 ponto porcentual em relação a igual período do ano passado, quando 99,5% da área estava semeada. O cultivo ainda está em andamento em Goiás (99,8%), Rio Grande do Sul (99%), Piauí (98%), Santa Catarina (92,2%) e Maranhão (82%).
BRASIL-COLHEITA DE SOJA 2023/24 ATINGE 6% DA ÁREA NO BRASIL, ANTE 2,3% NA SEMANA ANTERIOR: A colheita da safra brasileira de soja 2023/24 alcançou 6% da área estimada para o Brasil, na quinta-feira (18), em comparação com 2,3% uma semana antes e 1,8% um ano atrás, de acordo com levantamento da AgRural. Segundo a consultoria, o avanço expressivo pode ser explicado pelo encurtamento do ciclo das lavouras e pelas perdas de produtividade resultantes da estiagem e do calor.
O ritmo dos trabalhos foi puxado por Mato Grosso e Paraná, mas vários outros Estados “já estão com as máquinas em campo”, disse a AgRural. Enquanto as baixas produtividades não surpreendem em Mato Grosso, Estado mais afetado pela estiagem, no Paraná, os rendimentos abaixo do esperado decepcionam. De acordo com o boletim semanal, o calor e a irregularidade das chuvas têm afetado as lavouras paranaenses na reta final da fase de enchimento de grãos.
CBOT-MAIS CONTRATOS EM ABERTO: Dados preliminares de contratos em aberto de sexta-feira mostram novas vendas líquidas, aumentando 8.717 contratos de soja no dia. O OI em farinha caiu 3.723 devido à ação de preços mistos.
FUNDOS AUMENTAM POSIÇÕES VENDIDAS: O relatório do Compromisso dos Traders da CFTC na tarde de sexta-feira mostrou um aumento nos hedges comerciais longos durante a semana encerrada em 16/01, acompanhado por um aumento de 45.549 contratos na posição líquida vendida dos Fundos para -76.797.
Fonte: T&F Agroeconômica