Por T&F Agroeconômica

FECHAMENTOS DO DIA 02/01: O contrato de soja para janeiro24, a próxima data negociada nos EUA, fechou em baixa de -1,51 %, ou $ -19,50 cents/bushel a $ 1274,00. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -2,01 % ou $ -26,25 cents/bushel a $ 1281,00. O contrato de farelo de soja para janeiro fechou em baixa de – 1,84 % ou $ -7,1 ton curta a $ 378,9 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,10 % ou $ – 0,05/libra-peso a $ 48,29.

CAUSAS DA BAIXA: A soja negociada em Chicago fechou em queda nesta terça-feira. Traders liquidaram posições compradas devido às chuvas do fim de semana no Centro-Oeste do Brasil e a expectativa de mais precipitações nos próximos dias. O fortalecimento do dólar ante o real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também pesou sobre os contratos, assim como a desaceleração da demanda por soja dos Estados Unidos.

O volume ainda reduzido de negócios acabou exacerbando as perdas. O mercado observa que ainda não se sabe por quanto tempo o clima no Brasil continuará favorável e que as estimativas para a safra brasileira seguem diminuindo. Mesmo assim, muitos analistas acreditam que possíveis perdas no Brasil serão compensadas por uma recuperação da safra da Argentina. Na sexta-feira, O Itaú BBA disse em relatório que o balanço global de oferta e demanda de soja da safra 2023/24 segue confortável, mesmo com a perspectiva de uma safra abaixo das expectativas iniciais no Brasil.

INDICAÇÕES TÉCNICAS IMPORTANTES

DEMANDA CHINESA DEVE CONTINUAR (fator de alta): Em relação à demanda, o Itaú BBA afirma que “segue otimista” com o consumo chinês, embora a produção de suínos do país asiático reporte conjuntura de queda de margens. O USDA prevê aumento de 3% na demanda chinesa de soja em 2023/24, acompanhando o desempenho dos últimos cinco anos. “Nas últimas semanas, os chineses aumentaram as compras de soja dos EUA, diante dos preços em queda e de uma preocupação maior em relação ao atraso da safra do Brasil. Entretanto, grande parte da demanda chinesa para o primeiro trimestre de 2024 segue aberta e, diante do quadro de atraso da safra brasileira, é possível que a China siga importando grandes volumes de soja americana para atender às necessidades do período”, projetou o banco.

CHINA-COTAÇÕES DE SOJA RECUAM EM DALIAN (fator de baixa): Os futuros chineses estavam em Dalian. Os preços da soja caíram na terça-feira, após o intervalo de 3 dias, e fecharam entre 30 e 60 yuans no vermelho (cerca de 11 ½ a 23 ¼ centavos/bu). O contrato de março foi liquidado em 4.930 (~$19,11/bu), enquanto o contrato de novembro foi de 4.841 (~$18,76/bu) no fechamento – em comparação com o inverso de 52c nos futuros do CBoT.

EUA-ESMAGAMENTO DE SOJA MENOR (fator de baixa): As estimativas anteriores ao relatório mensal de Gorduras e Óleos mostram que os traders estão esperando uma queda oficial para 5,44 MT para novembro. Os membros da NOPA confirmaram 5,14 MT para novembro de 23, o que foi, mesmo assim, um recorde para o mês e ficou a apenas 740 mil do ATH de outubro de 23. Os estoques de óleo de soja são estimados em 1,657 bilhão de libras antes do relatório.

EUA-EXPORTAÇÃO MENOR (fator de baixa): Dados de inspeções semanais mostraram que 961.694 toneladas de soja foram exportadas durante a semana que terminou em 28/12. Isso foi uma queda de 156 mil MT na semana e uma queda de 38% em relação à mesma semana do ano passado.

BRASIL-SAFRA DE SOJA MENOR (fator de alta): Analistas privados da StoneX reduziram sua previsão de produção de soja brasileira em 9,1 milhões de toneladas, para 152,8 milhões de toneladas. Que agora está abaixo da safra oficial 22/23. A América do Sul recebeu muita chuva no fim de semana, com totais tanto para a Amazônia quanto para a fronteira Peru/Bolívia atingindo o máximo na escala de cores do gráfico +135 mm. A NOAA relatou 50- 115 mm para as principais áreas de cultivo no Brasil, especificamente Mato Grosso. A previsão para a próxima semana é de +90mm para todo o Centro-Nordeste do Brasil, com algumas manchas de 130mm em Goiás e Minas Gerais. Espera-se que o Sul do Brasil fique de fora.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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