As cotações do milho em Chicago fecharam em leve alta de 0,19% e o dólar tem forte desvalorização de 1,33%, fechando em R$ 4,0757. Já as cotações no mercado brasileiro oscilaram entre a estabilidade e leve alta. No Rio Grande do Sul o preço do milho spot, novamente, se manteve estável nesta terça-feira, não apresentando variação significativa.
No mercado físico do Paraná, o mercado de milho praticamente ainda parado, com pouquíssima oferta nos últimos 20 dias. Tendência de alta de preços diante da falta de oferta, observada especialmente no norte do Paraná, por produtores agrícolas e de cooperativas que não estão realizando fixações de produtos. Os preços se mantiveram estáveis nesta terça-feira.
Após registrar o maior preço em quase um ano e meio (desde 13/06/2018), mercado de grãos paulista volta a operar em ambiente pressionado, segundo a XP Agro. Nesta terça-feira (22/10), a forte baixa do Dólar frente ao real, operando abaixo de R$ 4,10/US$, faz com que os vendedores do mercado interno ofertem mais. Nos últimos dias, estes especulavam no mercado local (subindo preços e encurtando ofertas), justamente por conta da firmeza nos portos. A baixa do câmbio, porém, causa queda nas indicações de porto e, aos poucos, vai tirando o suporte das referências. Para outubro, as indicações dos portos brasileiros oscilam em torno de R$ 40,00/sc, recuo de R$ 0,50/sc no dia.
Como reportado ontem, (22/10), o USDA melhorou em 1 p.p. as condições das lavouras de milho norte americanas, fato que, também, corroborou para um ambiente mais frouxo em Chicago. Observando o movimento, compradores locais permanecem com a postura de pouco ceder, procurando as melhores ofertas e apenas recompondo seus estoques. Estimativas de mercado indicam que o preço médio ficou em R$ 42,34/sc, suave recuo de 0,05/sc.
No Brasil, especulações envolvendo clima e chuvas permanecem na agenda para os próximos meses, embora as chuvas recentes tenham garantido uma trégua no curto prazo. Os preços oferecidos pela exportação, para vendedores distantes 600 km do porto, caiu para R$ 34,62 (34,86 do dia anterior) para dezembro, R$ 35,76 (36,13) e subiu para março e R$ 34,50 (34,51) para maio de 2020.
Já os milhos importados do Paraguai chegariam ao Oeste do Paraná ao redor de R$ 31,29 (R$ 31,71 anterior); ao Oeste de Santa Catarina ao redor de R$ 34,73 (35,20) e ao Extremo Oeste de SC ao redor de R$ 34,24 (34,70) /saca. O milho argentino a R$ 51,85 (52,97) e o americano a R$ 59,09 (59,76) no oeste de SC.
Com relação aos preços dos principais consumidores de milho, os preços do frango resfriado para o consumidor em São Paulo tiveram nova queda, de 0,65%, reduzindo o ganho mensal para 1,56% (2,23% no dia anterior). Os preços dos suínos no Paraná apresentaram alta de 0,63%, levando a alta acumulada no mês para 7,90%. Os preços do boi gordo em São Paulo fecharam com alta de 1,43%, com o acumulado se mantendo no território positivo em outubro e atingindo 2,50%.
Conab se movimenta nos últimos dias
A CONAB anunciou nos últimos dias uma série de ações relacionadas ao milho. No dia 18, foi anunciado que nesta quarta, dia 23, colocará à venda um total de 50 mil toneladas de milho em grãos, a granel, para apoiar os criadores de animais que utilizam o produto na ração animal.
Um dos motivos é evitar que a perspectiva de alta nas exportações de milho afete o atendimento da demanda interna, sobretudo no período de entressafra. Os segmentos a serem atendidos serão os de avicultura, suinocultura, bovinocultura, ovinocultura, caprinocultura e piscicultura. No mesmo dia, anunciou, também, que a Unidade Armazenadora da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em Rio Branco começou a receber as primeiras cargas de milho destinadas ao abastecimento do Programa de Vendas em Balcão (ProVB). Serão entregues aproximadamente 500 tn do produto neste lote contratado para ser removido dos estoques públicos em Sapezal/MT para o Acre.
Nesta segunda-feira, dia 21, anunciou que após a conclusão da remoção de 891,5 toneladas de milho em grãos destinados às Unidades Armazenadoras da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em Goiânia e Pontalina, a estatal retoma agora as vendas de milho em grãos por meio do Programa de Vendas em Balcão (ProVB), a partir desta segunda quinzena de outubro.
O Programa tem como objetivo permitir que criadores tenham acesso aos estoques oficiais do governo por meio de vendas diretas a preços compatíveis. Foram liberados nesta quinzena 42 tn para a unidade armazenadora de Goiânia e 130 tn para a unidade de Pontalina. A expectativa é atender cerca de 110 pequenos pecuaristas e granjeiros em Goiânia e cerca de 60 em Pontalina.
Além das unidades citadas, também foi liberada a quantidade de 300 t de milho em grãos para comercialização, oriunda do estoque já existente na unidade armazenadora de São Luís de Montes Belos. O objetivo é atender cerca de 100 pequenos pecuaristas e granjeiros cadastrados e que estão aptos para a compra. Os preços das sacas de 60 Kg praticados para esta quinzena são: Goiânia (R$ 33,60), Pontalina (R$ 32,52) e São Luís dos Montes Belos (R$ 34,80).
Fonte: T&F Agroeconômica