FECHAMENTOS DO DIA: A cotação para dezembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -1,68 % ou $ -8,00 cents/bushel a $ 468,00. A cotação de março24, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -1,48 % ou $ -7,25 cents/bushel a $ 482,75.

CAUSAS DA BAIXA: O milho negociado na bolsa de Chicago fechou em baixa nesta quinta-feira. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o USDA elevou sua estimativa de produção doméstica para 386,94 milhões de toneladas, em comparação a 382,63 milhões de toneladas em outubro. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal projetavam um aumento menor, para 382,93 milhões de toneladas. O rendimento foi aumentado de 10,86 para 10,98 toneladas por hectare. Já os estoques de milho nos EUA ao fim de 2023/24 foram estimados em 54,76 milhões de toneladas, em comparação a 53,62 milhões de toneladas no mês passado. A estimativa de estoques mundiais foi aumentada de 312,4 milhões para 315 milhões de toneladas, enquanto o mercado esperava uma redução para 312 milhões de toneladas.

NOTÍCIAS IMPORTANTES

CONAB reduz em produção e estoques finais (fatores altistas) O relatório mensal, divulgado hoje pela CONAB, registra uma pequena redução de 400 mil tons na produção brasileira de milho a safra 2022/23, passando de 119.404,6 mil tons do relatório de outubro para 119,066,4 mil tons no relatório de novembro. O mais importante são os estoques finais, que foram reduzidos em quase 100 mil tons para a safra atual, de 22/23 e em 441,0 mil toneladas para a safra 23/24, que são fatores de alta a curto, médio e longo prazo.

USDA aumenta produção, consumo e estoques finais, tanto nos EUA como no Mundo (fator baixista)

SAFRA AMERICANA: A perspectiva de milho dos EUA para 2023/24 deste mês é para maior produção, uso interno, exportações e estoques finais. A produção de milho está prevista em 15,2 bilhões de bushels, um aumento de 170 milhões em relação ao mês passado, com um aumento de 1,9 bushel no rendimento, para 174,9 bushels por acre. Com maior fornecimentos, rações e uso residual aumentaram em 50 milhões de bushels, para 5,7 bilhões, e o milho usado para etanol aumentou em 25 milhões de bushels, para 5,3 bilhões. As exportações aumentaram de 50 milhões de bushels para 2,1 bilhões. Com a oferta aumentando mais do que o uso, os estoques finais de milho aumentaram 45 milhões de bushels, para 2,2 bilhões. O preço médio do milho recebido pelos produtores na temporada foi reduzido em 10 centavos, para US$ 4,85 por bushel. A produção global de grãos forrageiros para 2023/24 está prevista de aumento de 4,8 milhões de toneladas, para 1.499,3 milhões.

SAFRA GLOBAL: A perspectiva de grãos forrageiros estrangeiros para 2023/24 deste mês é de maior produção, comércio e estoques finais em relação ao mês passado. Prevê-se que a produção estrangeira de milho seja mais elevada, uma vez que os aumentos na Ucrânia, Rússia, Birmânia e Paraguai são parcialmente compensados pelos declínios no México, no Egito e na Indonésia. A produção de milho na Ucrânia e na Rússia aumenta com base nos resultados da colheita até o momento. A produção do México está reduzida, refletindo um declínio relatado na área de milho de verão. A produção estrangeira de cevada aumenta à medida que a maior produção da Rússia, Ucrânia e Índia é parcialmente compensada por reduções na Argentina, na UE e na Turquia.

As principais mudanças no comércio global incluem maiores exportações de milho para os Estados Unidos, Rússia, Turquia, Ucrânia e Paraguai. As importações de milho aumentam para o Canadá, o Egito, o México, a UE e a Arábia Saudita, mas diminuem para o Irão e o Bangladesh. As exportações de cevada aumentam para a Ucrânia, mas diminuem para Argentina. Os estoques finais de milho estrangeiro são mais elevados, refletindo principalmente aumentos na Ucrânia, Paraguai e China, que são parcialmente compensados por um declínio no Irã. Os estoques finais globais de milho, de 315,0 milhões de toneladas, aumentaram 2,6 milhões.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL

B3 fecha em alta após relatório da CONAB.

CAUSAS DA ALTA: Os contratos de milho na BMF fecharam em alta nas cotações futuras nesta quinta-feira. Com a liquidação próxima, a cotação de novembro praticamente não se moveu, mas os contratos futuros após janeiro fecharam e alta com a divulgação do relatório da Conab. A redução na produção da safra 22/23 e a redução no estoque final apontado pelo relatório deu suporte a alta do milho nacional. O movimento da bolsa brasileira contrastou a de Chicago, que caiu nesta quinta-feira, refletindo o aumento nos dados de produção e estoque nos EUA.

OS FECHAMENTOS DO DIA 09/11: Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta: o vencimento de novembro/23 foi de R$ 59,91, baixa de R$ -0,05 no dia, baixa de R$ -0,29 na semana; janeiro/24 fechou a R$ 63,92 alta de R$ 0,01 no dia, baixa de R$ -0,12 na semana; o vencimento março/24 fechou a R$ 67,89, alta de R$ 0,30 no dia e baixa de R$ -0,14 na semana.

Fonte: T&F Agroeconômica



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