FECHAMENTOS DO DIA 02/08: A cotação para setembro23, referência para a nossa safra de inverno, fechou em baixa de -1,76 % ou $ -8,75 cents/bushel a $ 488,25. A cotação de dezembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -1,33 % ou $ -6,75 cents/bushel a $ 500,50.
CAUSAS DA BAIXA: O milho negociado em Chicago fechou em baixa pela sétima sessão consecutiva. Os fatores baixistas se mantém e continuam exercendo uma pressão sobre o cereal. O clima mais favorável para as lavouras no cinturão do milho/soja nos EUA, o avanço da grande safra brasileira e a adesão do produtor argentino ao programa de incentivo a exportação não dão espaço para uma recuperação das cotações do milho. A produção de etanol nos EUA ficou abaixo da expectativa do mercado, o que colaborou para a queda. Novos ataques aos portos ucranianos no Rio Danúbio não surtiram o mesmo efeito que na semana passada e o mercado parece ter precificado essa etapa do conflito.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
ARGENTINA JÁ FECHOU 4 MT COM DOLAR MILHO: Vendas de milho desde a implantação da quarta edição do agrodólar ultrapassaram quatro milhões de toneladas. Embora seja um número importante, vale lembrar que a comercialização do milho – junto com a colheita – foi muito tardia. O último dado oficial divulgado, correspondente a 26 de julho, indica que as compras de milho 2022/23 totalizaram 16,3 milhões de toneladas contra 31,9 milhões na mesma data em 2022.
MILHO/ANEC-BRASIL DEVE LIDERAR EXPORTAÇÃO EM 2022/23, COM 52 MILHÕES DE T; EMBARQUE À CHINA SE ACELERA NO 2º SEM: A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) disse, em relatório mensal, que as exportações de milho do Brasil em 2022/23, previstas em 52 milhões de toneladas, devem superar em 10 milhões de toneladas os embarques ao exterior dos norte-americanos, projetados em 41,9 milhões de toneladas no último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Com isso, o Brasil deve assumir o posto de maior exportador. A Anec destacou o apetite chinês pelo milho brasileiro, apontando que, no primeiro semestre, a China já havia importado 934 mil toneladas de milho e que em julho importou mais 1,292 milhão de toneladas, totalizando 2,23 milhões de toneladas nos sete meses de 2023. “O volume deverá se intensificar no segundo semestre”, disse a Anec. Ainda conforme a associação, até o momento as cargas destinadas à China saíram, principalmente, pelo Porto de Santos (SP) e, em volumes menores, pelos portos de Barcarena (PA) e Itaqui (MA).
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
Milho fechou com leve alta, amparado na alta do dólar, mas disponibilidade interna ficou maior.
CAUSAS DA ALTA: O mercado futuro do milho na B3, de São Paulo voltou a fechar em queda, pressionada pelas quedas das cotações na Bolsa de Chicago e na pressão sobre as exportações brasileiras, que deixam uma grande disponibilidade interna, transmitindo alívio aos compradores locais.
OS FECHAMENTOS DO DIA 02/08: Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista: o vencimento setembro/23 fechou a R$ 55,43, baixa de R$ -0,14 no dia e baixa de R$ -1,17 na semana; o vencimento de novembro/23 foi de R$ 59,15, baixa de R$ -0,06 no dia, baixa de R$ -1,42 na semana; janeiro/23 fechou a R$ 62,88, baixa de R$ -0,13 no dia e baixa de R$ -1,47 na semana.
Fonte: T&F Agroeconômica