MILHO – COMENTÁRIOS DO RELATÓRIO WASDE DO USDA:
- 2.1. SAFRA 21/22 – ESTOQUES EUA maiores (38,86 MT) do que o esperado pelo mercado (38,4 MT) e bem maiores do que os da safra anterior (31,36 MT) – fator baixista a curto prazo;
- 2.2. SAFRA 21/22 – ESTOQUES MUNDO menores (311,84 MT) do que o esperado pelo mercado (312,4 MT), mas bem maiores do que os da safra anterior (293,25MT) – fator altista a curto prazo, baixista a longo prazo;
- 2.3. SAFRA 22/23 – ESTOQUES EUA menores (35,27 MT) do que o esperado pelo mercado (365,6 MT) e bem menores do que a safra anterior (38,86MT) – fator fortemente altista;
- 2.4. SAFRA 22/23 – ESTOQUES MUNDIAIS menores (306,7 MT) do que o esperado pelo mercado (309,8 MT) e bem menores do que a safra anterior (311,84 MT) – fator fortemente altista; Como resultado, preços do milho em alta de $ 7,25 cents/bushel na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira, mas tendem a se recuperar a médio e longo prazos.
WASDE EUA ALTISTA: O relatório NASS Crop Production mostrou o rendimento inicial do milho em 175,4 bpa (11.795,84 kg/hectare), queda de1,6 bpa (107,6 kg/hectare) em relação ao balanço WASDE em julho e 0,5 (33,63 kg/hectare) abaixo da estimativa média do mercado. Isto elevou a produção para 14.359 bbu (364,72 MT), uma queda de 146 mbu (3,71 MT). O USDA também elevou o estoque final da safra velha no relatório mensal em 20 mbu (508 mil t) para 1,53 bbu (38,87 MT) . Esse aumento veio por meio de um corte no uso do FSI. Os maiores estoques combinados com a redução da produção e uma maior previsão de exportação levaram os estoques da safra nova para 1.388 bbu (35,25 MT), uma queda de 82 mbu (2,08 MT) em relação ao relatório anterior.
WASDE MUNDO: O WAOB também estimou o número de estoques finais mundiais para 306,68 MT, uma redução de 6,22 MT. Isso foi liderado pelos cortes de produção dos EUA e da União Euripeia, com esta última caindo 8 MT para 60 MT. A produção ucraniana aumentou 5 MT para 30 MT, com as exportações subindo 3,5 MT.
FUNDOS APOSTAM NA ALTA DO MILHO: O relatório do CFTC Commitment of Traders mostrou que os fundos de especulação aumentaram sua compra líquida em futuros e opções de milho em 12.141 contratos na semana que terminou em 09/08. Eles levaram essa posição comprada líquida para 142.062 contratos na terça-feira.
B3: Milho fecha em leve baixa, puxado pela queda do dólar e apesar da alta em Chicago
CAUSAS DA OSCILAÇÃO DE HOJE: A forte queda de 1,71% do dólar, nesta sexta-feira, esfriou as negociações de milho que tinham sido intensas durante a semana, marcando a forte instabilidade (sobe e desce) do milho no mercado futuro da B3 em São Paulo.
Como a exportação é o driver da tendência de preços, qualquer fator que a atinja, afeta o comportamento dos mercados físico e futuro. De qualquer maneira, os preços subiram 1,93% na semana, 3,05% no mês, mas recuou 2,64% em 2022.
OS FECHAMENTOS DO DIA: Com isto, as cotações futuras fecharam em queda no dia e alta na semana: o vencimento setembro/22 fechou a R$ 88,74, queda de R$ 0,42 no dia e alta de R$ 1,68 na semana nos últimos 5 pregões (semana); já novembro/22 fechou a R$ 91,59, queda de R$ 0,26 no dia e alta de R$ 2,25 na semana e janeiro/23 fechou a R$ 94,09, queda de R$ 0,11 no dia e alta de R$ 1,49 na semana.
CHICAGO: Milho subiu pela 7ª vez consecutiva mais 1,15% puxado pelo USDA
FECHAMENTOS: A cotação do milho para setembro, que é o novo mês base, fechou em nova alta de 1,15% ou $ 7,25 cents/bushel a $ 636,50. A cotação para março 2023, início da nossa safra de verão, fechou em alta de 1,77% ou $ 11,25 cents ou a $ 645,75.
CAUSAS DA ALTA DE HOJE: O USDA estimou volume de colheita nos EUA abaixo das expectativas do mercado e os preços validaram avanços. No mesmo sentido, a projeção dos estoques finais apresentou uma redução. O balanço mundial também foi ajustado. O comportamento das exportações na Ucrânia e o clima nos EUA são acompanhados de perto.
DÓLAR E PETRÓLEO: Os ganhos foram limitados pelo fortalecimento do dólar ante as principais moedas e pelo recuo do petróleo. A alta da moeda norte-americana torna commodities produzidas nos EUA menos atraentes para compradores estrangeiros, enquanto a queda do petróleo diminui a competitividade relativa do etanol. Nos EUA, o biocombustível é feito principalmente com milho.
GIRO PELOS ESTADOS:
RIO GRANDE DO SUL: Pequenos negócios reportados a R$ 90,00 interior
Mercado segue estável, com compradores e vendedores locais, muito ausentes. Reporte de alguns negócios muito pontuais a R$ 90,00 FOB interior. Fábricas com foco total em comprar/receber contratos do centro-oeste, olham ofertas novas, mas suas indicações são muito aquém do que o vendedor pensa.
Interesse de compra no RS situa-se entre R$ 91,00 até R$ 92,50 POSTO FÁBRICAS, dependendo da localização, para o mercado diferido. Preços de balcão, em Panambi, mantiveram a alta do dia anterior para R$ 82,00 ao produtor.
SANTA CATARINA: Preços do milho foram subindo devagar, durante a semana
MERCADO INTERNO: Os preços foram firmando devagarzinho durante a semana. Em Campos Novos, saíram negócios a R$ 94,50 CIF e a R$ 93,00 FOB. No norte do estado, na região de Canoinhas, houve negócios na faixa de R$ 88,00, mas hoje tem muito pouca oferta e o que tem é a R$ 90,00 FOB.
EXPORTAÇÃO: O porto de São Francisco do Sul ainda recebe ofertas de milho, mas de outros estados, principalmente do Paraná.
PARANÁ: Mercado mais vendedor, mas com alguns grandes estoques no interior
FERROVIA: Negócios na ferrovia hoje a R$ 83,50/saca, onde três Tradings levaram pelo menos 10 k – vencimentos variam de meados de setembro ate inicio de outubro
MERCADO INTERNO: Em Cascavel foi pago FOB fazenda R$ 80,00 em 2k e CIF fabrica R$ 82,50 em 1k. Em Toledo uma empresa comprou milho a R$ 82 mais ICMS colocado na origem em Maracaju-MS. Em Ponta Grossa e Guarapuava o mercado esteve quieto, com compradores vendedores pedindo R$ 85,00 e compradores oferecendo não mais do que R$ 82,00 FOB interior. Em Guarapuava há produtores que ainda tem milho de verão. Maringá compradores a R$ 80,00 e vendedores a R$ 82,00, sem negócios. E soubemos que tem uma empresa com 1,0 milhão de sacas de milho estocada.
PARANAGUÁ: No porto rumores de que rodou 5k a R$ 91,00 entrega até 10 de setembro e pagamento meados de outubro.
MATO GROSSO: Já encerrou praticamente a colheita
COLHEITA ENCERRADA: A colheita de milho de inverno em Mato Grosso avançou 0,24 ponto porcentual até hoje, cobrindo 99,97% da área semeada na safra 2021/22, informou hoje o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em boletim.
As regiões médio-norte, nordeste, noroeste, oeste e norte já concluíram os trabalhos de campo. Já o centro-sul avançou 1,02 ponto porcentual na colheita, que está, agora, 99,98% concluída. No sudeste mato-grossense, o avanço foi de 0,77 ponto porcentual, com 99,84% dos trabalhos de campo concluídos.
ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO SAFRINHA: O último levantamento da Conab, divulgado nesta semana, registrou que a produção do milho Safrinha do Mato Grosso, nesta safra de 2022, deverá ser de 41,10 milhões de toneladas, cerca de 25,3% a mais do que as 32,80 milhões de toneladas colhidas na safra passada.
MATO GROSSO DO SUL: Mesmo com as novas altas, produtor não vendeu; Safrinha já está 55% colhida
Depois de boas vendas nos últimos dias e vendo que os preços continuam subindo, os
vendedores resolveram se retirar do mercado e deixar o preço subir, para ver um novo patamar de venda.
Sua pedida é de R$ 75,00/saca, mas, mesmo com a forte alta do dólar desta quinta-feira mais a alta de Chicago, os preços que os compradores puderam oferecer aos vendedores para exportação ainda não chegou neste nível.
Também os compradores do mercado interno, acuados pelas dificuldades de retorno dos fretes, não puderam melhorar os preços, de modo que o dia hoje passou praticamente em branco.
GOIÁS: Negociadas 101,5 mil tons somente da Safrinha 2022; comercialização atinge 32,0%
COMERCIALIZAÇÃO DA SAFRA: Nesta semana foram negociadas 101.500 toneladas de milho no estado, da Safrinha de 2022. Da Safrinha de 2033, zero negócios. Com isto, a comercialização da Safrinha de 2022 atingiu 32,0% e a de 2023 apenas 2,4% até o momento. A colheita chegou a 93,3% no estado, até esta sexta-feira.
COMPETITIVIDADE SOMENTE NA EXPORTAÇÃO: Os preços em Goiás continuam competitivos, mas somente para a exportação, que elevou significativamente os preços nesta semana, como mostra nossa tabela ao lado, entre 5 e 9 reais/saca. No mercado interno, a falta de retorno dos fretes compromete a logística, de modo que as vendas locais ficam restritas ao abastecimento do estado e exportação.
MATO GROSSO: Colheita do milho atingiu 99,97%
A colheita de milho de inverno em Mato Grosso avançou 0,24 ponto porcentual até hoje, cobrindo 99,97% da área semeada na safra 2021/22, informou hoje o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em boletim.
As regiões médio-norte, nordeste, noroeste, oeste e norte já concluíram os trabalhos de campo. Já o centro-sul avançou 1,02 ponto porcentual na colheita, que está, agora, 99,98% concluída. No sudeste mato-grossense, o avanço foi de 0,77 ponto porcentual, com 99,84% dos trabalhos de campo concluídos.
MILHO PARAGUAIO: Alguns negócios pontuais no mercado local e tentativas de venda para o Brasil
MERCADO LOCAL: Nova melhoria de preços em tela durante o dia, que se refletiu em pequenas melhorias no mercado de FAS, o que permitiu a concretização de negócios pontuais. Os vendedores continuam resistentes em fazer vendas para os portos devido à maior demanda por qualidade. A indústria local contraiu ligeiramente, após vários dias de boas compras, principalmente de produtos de menor qualidade, cobrindo grande parte de seu programa.
BRASIL: O mercado brasileiro manteve valores estáveis, sem conseguir estimular os negócios. Foram vistas indicações de compra entre US$ 275/280 em Santa Catarina (Videira), mas os vendedores pediram US$ 287.
MILHO BRASIL-EXPORTAÇÃO: Prêmios estáveis; alta CBOT elevou preços em US$, poucos compradores
Os negócios de exportação de milho são feitos à base de prêmios, aqui reproduzidos. Nós calculamos os preços flat para dar uma ideia do valor das exportações para poderem ser comparados aos do mercado interno.
PREÇOS: As ofertas foram poucas, hoje, no mercado brasileiro, mesmo com a alta de Chicago, devido à forte queda do dólar, porque os vendedores alongaram as suas pedidas.
Nos portos de Santos-SP e Tubarão-ES o prêmio permaneceu 120 para setembro, com comprador a 105; outubro, 125, comprador 105; novembro recuou para 138, comprador 110 e dezembro recuou para 140, com comprador a 115.
Nos portos de Barcarena-PA e Itaqui-MA houve prêmio de vendedor para setembro recuou para 130, sem comprador; outubro, vendedor para 125e comprador a 105; novembro vendedor 135, também sem e dezembro vendedor 145, sem comprador.
MILHO ARGENTINO: Preços equivalentes subiram em US$ com alta da CBOT
Os negócios de milho são feitos com base em prêmios, mas nós os convertemos aqui em US$/t para dar uma ideia do que poderiam significar em termos de custo efetivo para os importadores brasileiros.
Com a alta de Chicago, os preços equivalentes do milho argentino que utilizam navios Handysize nos portos do UpRiver para os embarques de agosto subiram para US$ 272. Setembro subiu para US$ 272, outubro para US$ 281, novembro a US$ 283, dezembro a US$ 285 e safra nova, março a US$ 270 e abril a US$ 265/t.
Para os embarques em navios Panamax, nos portos oceânicos de Bahia Blanca e Necochea foram cotados a US$ 288 para setembro e US$ 297 outubro
Fonte: T&F Agroeconômica