*COMENTÁRIO SEMANAL DE MILHO INTERNACIONAL: Os futuros do milho subiram fortemente no meio da sessão de sexta feira passada; no entanto, chegaram ao final mancando. Set. terminou 1-1/4 centavos mais firme, terminando a sessão em 6,16-1/4. Dezembro fechou em 6,20, alta de 1 centavo para a sessão e 16-1/2 centavos de alta do dia. Na semana, setembro ganhou 52 centavos e dezembro 55-3/4. Algumas notícias de menos calor e mais chuva até o final do fim de semana podem ter pressionado os preços de sua alta no meio da sessão, assim como os traders provavelmente reduziram as posições no fim de semana. A soja nitidamente mais alta novamente forneceu suporte.

*PERÍODO CRÍTICO NOS EUA: A safra de milho americana está abaixo do ritmo de sedação médio de cinco anos (62% na segunda-feira versus a média de 70 anos de 5 anos), o que sugere que nas próximas três semanas a chuva é crítica para a produção agrícola. Tenha em mente que a média de cinco anos também inclui 2019, uma safra historicamente tardia.

A implicação é que a colheita está longe de começar a ser efetivada.

*OS OTIMISTAS: Os otimistas argumentarão que com 14% da safra classificada como ruim ou muito ruim, juntamente com a safra atrasada, isso sugere que uma média nacional de 177 bpa (11.903,44 kg/hectare) não é provável.

*OS PESSIMISTAS: Os pessimistas argumentarão que uma pequena queda no rendimento é esperada e uma previsão no meio do dia, diferente das últimas perspectivas da NOAA, está oferecendo chuva no final deste fim de semana para partes do Centro-Oeste.

*UCRÂNIA: Além disso, hoje uma foto do presidente Zelensky da Ucrânia parado em um porto pronto para embarcar grãos pode ter dado um voto de confiança ao mundo de que o grão está prestes a deixar a zona de guerra. Não se sabe quanto e quando para os navios futuros, mas é um avanço positivo para as exportações ucranianas não visto desde fevereiro. Segundo noticias, 16 navios estão carregados para serem exportados.

ANÁLISE DO MERCADO NACIONAL DE MILHO

O mercado brasileiro de milho enfrenta um fator de baixa e um fator de alta, neste momento:

FATOR DE BAIXA: A grande oferta de produto de Safrinha: Os dados oficiais falam em uma segunda-safra de milho no Brasil de 88,45 milhões de toneladas, cerca de 45,6% a mais do que as 60,74 MT produzidas na safra passada, que foi atingida pela seca. Mas, várias consultorias falam em mais de 90 milhões de toneladas, aumentando a oferta. Isto pressiona os preços, especialmente no Centro-Oeste, maior região produtora do país, como mostramos nas tabelas dos respectivos estados abaixo, com repercussão também sobre os preços do RS e de SC, que são os mais altos do país, mas que se mantém baixos pela oferta vinda de outras regiões.
No lado internacional, a retomada das exportações de milho da Ucrânia, quarta maior exportadora mundial do produto, poderá arrefecer um pouco o interesse por milho brasileiro, mas ela ainda enfrenta incertezas.

FATOR DE ALTA: As duas grandes possibilidades de exportação apresentadas nesta semana O forte interesse da China (novo)  da Europa (antigo, mas acentuado nesta semana) pelo milho brasileiro suscitou grande movimento de empresas exportadoras (Tradings, uma chinesa especialmente ativa na semana, apresentando preços superiores às demais). Com isto, uma importante consultoria, especializada em milho, já elevou sua estimativa dos 37,5 milhões de toneladas, da Conab, para “mais de 40 MT”, nesta temporada.
Como já dissemos aqui nas duas semanas anteriores, este “enxugamento” de produto interno (que poderá ser maior do que o agora anunciado, porque o potencial é de 10 MT (China) + 16 MT(Europa)) reduz a disponibilidade interna e provoca uma disputa entre as indústrias e os exportadores, podendo gerar uma alta do milho de até R$ 20,00/saca até o final do ano.

Fonte: Esta é uma publicação da T&F Agroeconômica, Editor responsável: luiz.pach@hotmail.com.

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