FECHAMENTOS DO DIA 31/05
A cotação de julho24, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -0,56 % ou $ -2,50 cents/bushel a $ 446,25. A cotação para setembro24, fechou em baixa de -0,82 % ou $ -3,25 cents/bushel a $ 454,00.
ANÁLISE DA BAIXA
O milho negociado em Chicago fechou o dia, semana e o mês em baixa. A desvalorização do milho nos últimos dias afetou o desempenho no mês das cotações do grão. A forte pressão pela entrada da colheita de milho da América do Sul fez a cotação da CBOT fechar o acumulado mensal em baixa de -0,11% ou $-0,50 cents/bushel. As vendas 11% abaixo da semana anterior também pressionou as cotações. Com isso o milho fechou o acumulado da semana em baixa de -3,98% ou $-18,50 cents/bushel.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Semana encerra no negativo, com pressão de boas condições no solo americano
Os principais vencimentos de milho fecharam o dia em variações negativas nesta sexta-feira (31). Os principais fatores de pressão foram o avanço do plantio nos EUA e início da colheita da safrinha no Brasil. No acumulado mensal, a alta prevaleceu, com destaque para o contrato janeiro/25 (+3,61%). A retenção da oferta no Brasil e a fraca demanda interna influenciaram os preços.
Especialistas ainda acreditam que para o médio e longo prazos, as projeções sejam positivas, com expectativa de preços mais altos no último trimestre do ano.
OS FECHAMENTOS DO DIA 31/05
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em variações negativas: o vencimento de julho/24 foi de R$ 58,22 apresentando baixa de R$ 0,45 no dia, baixa de R$ 1,17 na semana; setembro/24 fechou a R$ 61,45 baixa de R$ 0,36 no dia, baixa de R$ 1,31 na semana; o vencimento novembro/24 fechou a R$ 65,06, baixa de R$ 0,39 no dia e baixa de R$ 0,72 na semana.
Análise semanal da tendência de preços.
FATORES DE ALTA
- a) estoques mundiais sofreram uma leve retração, passando de 313,08 MT na safra 23/24 para 312,27 MT na safra 24/25, segundo o USDA;
- b) no Brasil, os preços tiveram uma recuperação de 2,47% no mês, segundo o CEPEA, diante dos problemas de fornecimento no Rio Grande do Sul e de aumento da demanda de carnes em outros estados e da exportação.
FATORES DE BAIXA
- a) maior oferta da América do Sul, com o avanço da colheita na Argentina e no Brasil. De acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, os trabalhos na Argentina alcançaram 30,1% da área apta na última semana, avanço de 2,1 pontos porcentuais ante a semana anterior. No Brasil, a colheita da primeira safra de milho alcançava no último domingo 78,4% da área apta, contra 81,8% em igual época de 2023. Enquanto isso, a colheita da segunda safra atingia 1,1% da área plantada, ante 0,4% na semana anterior e 0,4% há um ano. O vencimento julho do grão caiu 2,50 cents (0,56%), para US$ 4,4625 por bushel. Na semana, acumulou desvalorização de 3,98%.
- b) vendas menores para exportação nos EUA: O USDA disse nesta sexta que exportadores venderam 810,1 mil toneladas de milho da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 23 de maio. O volume representa recuo de 11% ante a semana anterior e de 2% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2024/25, foram vendidas 187,8 mil toneladas. O volume total vendido, de 997,9 mil toneladas, ficou dentro das estimativas de analistas, que iam de 650 mil a 1,3 milhão de toneladas;
- c) No Brasil, embora o basis da maior parte das regiões do interior do país esteja diminuindo, os preços da exportação são ainda menores do que os oferecidos pelas indústrias, tornando a exportação lenta. Com isto vai sobrando mercadoria, tranquilizando os compradores domésticos, que, assim, não aumentam os preços significativamente. Por outro lado, os preços, tano de Chicago (base da exportação, quanto da B3, estão muito abaixo dos custos de produção, sinalizando prejuízo nesta temporada para o milho.
Fonte: T&F Agroeconômica
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