Por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 08/08

Milho: A cotação de setembro24, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -1,04% ou $ -4,00 cents/bushel a $ 379,25. A cotação para dezembro24, fechou em baixa de -0,94% ou $ -3,75 cents/bushel a $ 397,00.

ANÁLISE DA BAIXA

O milho negociado em Chicago fechou em queda nesta quinta-feira. A terceira queda consecutiva do milho puxou as cotações de 2024 para a casa dos US$ 3 bushel. Setembro fechou em $379,25 e dezembro $ 397,00 cents/bushel. As boas condições das lavouras e as fracas vendas externas pressionaram as cotações. O mercado buscou ajustar suas posições, visto a grande possibilidade de o USDA aumentar o volume final da safra em seu próximo relatório WASDE.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Novos relatos de melhoria nas lavouras derrubam a Bolsa de Chicago, e B3 cai com a pressão

Os principais contratos de milho encerraram o dia com preços mistos nesta quinta-feira (07). Poucas novidades aparentes foram vistas para o cereal no dia de hoje, onde houve relativamente pouca movimentação, tanta na bolsa de Chicago quanto na B3. No cenário internacional, os contratos futuros caíram nas negociações durante a noite em meio a condições favoráveis de cultivo em grande parte do Centro-Oeste dos EUA; e no Brasil, segue o acompanhamento do bom ritmo de colheita na safrinha, em que, conforme dissemos aqui ontem, beira os 85% na opinião da maioria das casas de análise.

OS FECHAMENTOS DO DIA 08/08

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam preços em baixa no dia: o vencimento de setembro/24 foi de R$ 60,06, apresentando baixa de R$ 0,06 no dia, alta de R$ 0,47 na semana; novembro/24 fechou a R$ 63,60, baixa de R$ 0,31 no dia, alta de R$ 0,04 na semana; o vencimento janeiro/25 fechou a R$ 66,72, baixa de R$ 0,19 no dia e baixa de R$ 0,23 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-CLIMA CONTINUA FAVORÁVEL (BAIXISTA)

A pressão é mantida pelo bom estado das lavouras e pela vigência de condições ambientais majoritariamente favoráveis ao desenvolvimento das plantas. Razões que, face ao relatório mensal que o USDA publicará na próxima segunda-feira, levam os analistas a fixarem um rendimento médio superior ao recorde projetado pela organização – 11361 kg por hectare – que até poucas semanas atrás era questionado.

Depois de atualizar o mapa que monitoriza a seca nos Estados Unidos, o USDA manteve a área coberta com milho que sofre algum nível de seca em 5%, valor muito inferior aos 49% da mesma altura em 2023.

EUA-VENDAS DE AGRICULTORES PARA ABRIR ESPAÇO (BAIXISTA)

Além disso, assim como no caso da soja, os preços do milho foram ainda mais deprimidos pela venda do grão restante da safra 2023/2024 com o único propósito de abrir espaço para a nova safra que começará a ser colhida daqui a pouco, em menos de um mês. Os agricultores aceitaram que no futuro imediato não verão preços muito superiores aos atuais, razão pela qual esperar pela liquidação dos estoques perde o sentido.

EUA-EXPORTAÇÕES NÃO FORAM POSITIVAS (BAIXISTA)

Focado mais na nova safra do que na antiga, o relatório semanal sobre as exportações dos EUA não foi positivo para o mercado. O USDA reportou vendas de milho 2023/2024 de 485,4 mil toneladas, acima das 167,9 mil toneladas do relatório anterior e do intervalo esperado pelas empresas privadas, entre 100 mil e 400 mil toneladas. O México, com 309,4 mil toneladas, foi o principal comprador.

Relativamente ao milho 2024/2025, a entidade reportou negócios de 249,1 mil toneladas, abaixo das 710,9 mil toneladas e do intervalo estimado pelos operadores, entre 475 mil e 1.000 mil toneladas. Os destinos desconhecidos, com 127,1 mil toneladas, ficaram no topo da procura.

EUROPA-MENOS MILHO (ALTISTA)

No seu relatório mensal, a consultora europeia Stratégie Grains reduziu a sua estimativa do volume da colheita de milho na União Europeia de 62 para 60 milhões de toneladas e da produção de cevada de 51,30 para 50,60 milhões de toneladas. Ambos os números ficaram abaixo dos projetados em julho pelo USDA, de 64 e 52,80 milhões de toneladas, respectivamente.

ARGENTINA-COLHEITA ATINGE 96,3% E PRODUÇAO DEVE SER 46,5MT (BAIXISTA)

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) indicou em seu relatório semanal de lavouras que a colheita argentina de milho avançou mais de 96,3% da área apta, com rendimento médio de 6500 kg por hectare.

“Estamos encerrando a colheita no Núcleo Norte, com rendimento médio para os plantios antecipados de 10300 kg por hectare e 5820 kg para os tardios. Em toda a área agrícola centro-norte, a colheita foi antecipada devido ao estresse sofrido durante o ciclo da cultura, com mais de 98% já colhidos e rendimentos muito variáveis, mas baixos na maioria dos casos, exceto no Sul de Córdoba, onde ficaram dentro das médias históricas da região da área agrícola está progredindo lentamente. Como resultado da alta umidade dos grãos que os colaboradores ainda relatam, informando um rendimento médio zonal de 6250 kg por hectare. Neste contexto, mantemos nossa projeção de produção em 46,50 milhões de toneladas”, disse a Bolsa de Cereais.

Fonte: T&F Agroeconômica



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