O mofo branco, causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, é hoje uma das doenças mais preocupantes da agricultura brasileira. Altamente agressivo, o patógeno pode atacar mais de 700 espécies de plantas cultivadas, incluindo soja, feijão e algodão — culturas economicamente importantes para o país. Além dessas espécies, algumas plantas daninhas também podem hospedar o fungo, dificultando seu controle. É o caso do amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla), caruru (Amaranthus deflexus), corda-de-viola (Ipomoea nil), picão preto (Bidens pilosa), entre outras.
No Brasil, a primeira ocorrência foi registrada em 1964, em São Paulo, nas lavouras de batata e, desde os anos 1970, a doença se consolidou como um dos maiores desafios da sojicultura paranaense. Já na Bahia, o problema ganhou força em 2010, com prejuízos expressivos não só nas áreas de soja como também nas plantações de algodão.
De acordo com a Embrapa, estima-se que o mofo branco já esteja presente em mais de 10 milhões de hectares de soja no país, com destaque para estados como Paraná, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Em situações severas, a doença pode comprometer até 70% da produção.
As condições ideais para o surgimento e avanço do mofo branco incluem alta umidade, temperaturas amenas e baixa luminosidade. Nessas situações, o fungo gera lesões nas plantas, que evoluem para um crescimento cotonoso branco, semelhante ao algodão, seguido do apodrecimento dos tecidos.
Um dos fatores que dificultam o manejo é a produção de estruturas de resistência chamadas escleródios. Essas formações escuras permanecem no solo por anos, garantindo a sobrevivência do fungo e sua disseminação por meio de máquinas agrícolas ou sementes contaminadas.
Estratégias de manejo integrado
Para reduzir os impactos do mofo branco, Paulo Moraes Goncalves, Especialista em Desenvolvimento de Mercado da Ourofino Agrociência, recomenda um conjunto de medidas culturais, biológicas e químicas:
- Sementes sadias: utilizar lotes livres do patógeno.
- Variedades eretas: plantas mais abertas reduzem o microclima favorável ao fungo.
- Rotação de culturas: alternar com espécies não hospedeiras.
- Controle biológico: o uso de fungos de solo do gênero Trichoderma é promissor, pois esses microrganismos competem por nutrientes, parasitam os escleródios (estruturas de resistência do S. sclerotiorum) e produzem enzimas que inibem o patógeno.
- Aplicação de fungicidas: ferramenta essencial, especialmente em períodos críticos, da floração até a formação das vagens.
Segundo Gonçalves, o manejo do mofo branco precisa ser preventivo e integrado: “A combinação de medidas culturais, biológicas e químicas é fundamental para reduzir a pressão do fungo e garantir maior produtividade. No caso da soja, a aplicação de fungicidas foliares deve ser adotada para proteger as plantas da infecção pelo patógeno, no período de maior vulnerabilidade da espécie, que compreende o início da floração ou fechamento das entrelinhas até o início de formação de vagens”.
Entre as opções disponíveis para o controle químico, destaca-se o fungicida ParrudoBR®, da Ourofino Agrociência. Desenvolvido especialmente para as condições tropicais, o produto se tornou uma das principais ferramentas contra o mofo branco, por reunir formulação líquida, que proporciona facilidade de dosagem e melhor homogeneização da calda, fixação superior e maior tolerância à chuva, além de distribuição uniforme na planta, proporcionando cobertura eficaz e controle aprimorado.
Sobre a Ourofino Agrociência
A Ourofino Agrociência é uma empresa de origem brasileira, fabricante de defensivos agrícolas, com 15 anos de atuação. Sua fábrica — considerada uma das mais modernas do mundo no segmento — está localizada em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e possui capacidade de produção de 200 milhões de quilos/litros por ano. São mais de 50 mil m² de área construída, com equipamentos de última geração e ambiente automatizado. A empresa desenvolve produtos, serviços e tecnologias com base nas características do clima tropical, seguindo o propósito de reimaginar a agricultura brasileira.
Mais informações acesse: www.ourofinoagro.com.br
Fonte: Assessoria de Imprensa Ourofino