A mosca-da-haste da soja, Melanagromyza sojae (Diptera: Agromyzidae), praga invasiva nas Américas, expande a cada safra sua ocorrência nas lavouras de soja do Sul do Brasil e países que cultivam soja na América Latina (Paraguai e Bolívia). Após a safra de soja, a praga busca se manter nas áreas já colonizadas e ampliar a sua dispersão, utilizando estratégias, como permanecer dentro das hastes das plantas de soja na forma de pupa (ou colonizar plantas guaxas –Figura 1) ou utilizar hospedeiros alternativos, para realizar novos ciclos/gerações durante a época fria sem soja.

O Molecular Insect Lab da UFSM (MIL-UFSM) vinha monitorando lavouras com leguminosas de cobertura de inverno (ervilhaca, trevos, etc.) em busca da praga. Hoje (20 de agosto de 2019) na Área Didático Experimental do Grupo de Pesquisa em Arroz Irrigado da UFSM, este Coordenado pelo Prof. Dr. Enio Marchesan, integrantes do MIL-UFSM coletaram amostras de larvas e pupas suspeitas de mosca-da-haste, Melanagromyza sp. em plantas de Trevo (Trifolium resupinatum L.).


Não há relatos de ocorrência dessa praga em hospedeiros que não a soja, e pouco se conhece sobre o comportamento da mosca-da-haste no inverno. Agora, técnicas moleculares de identificação serão usadas para confirmar a espécie. Além disso, as coletas serão ampliadas para outros hospedeiros e regiões para compreender melhor o uso de hospedeiros alternativos pela praga durante a entressafra.
Produtores e técnicos que encontrarem plantas de leguminosas de inverno com ataque típico causado pela mosca-da-haste (ver imagens), entrar em contato com o Prof. Jonas Arnemann pelo e-mail ou telefone: jonasarnemann@gmail.com / 55 99227-5075.
Elaboração: Professores Jonas Arnemann e Enio Marchesan, Daniela Moro, Dener Ribas, Guilherme Padilha, Henrique Pozebon e Rafael Paz Marques.
Grupos de Pesquisa: Molecular Insect Lab e Grupo de Pesquisa em Arroz Irrigado da UFSM.