Com o início do plantio da safra de verão 2025/26, o planejamento precisa considerar também as mudanças climáticas. Oscilações de temperatura, chuvas irregulares e custos adicionais com replantio são riscos que podem comprometer tanto o calendário agrícola quanto a rentabilidade da safra. Nesse cenário, o crédito estruturado passa a ser tão estratégico quanto a produção.

Segundo Victor Lemos Cardoso, Head Comercial da Agree, os produtores que se antecipam a esses desafios têm mais chances de preservar seus resultados. “O crédito estruturado garante fôlego para manter o fluxo de caixa em situações de instabilidade, enquanto o seguro agrícola funciona como proteção contra perdas inevitáveis. Essas são ferramentas que permitem atravessar períodos adversos sem comprometer a continuidade da produção”, afirma.

Estudos recentes reforçam a urgência desse cuidado no campo. Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), publicada na revista Nature Communications, apontou que o desmatamento da Amazônia é responsável por 74,5% da redução de chuvas e por 16,5% do aumento da temperatura nos meses de seca. O impacto chega também às finanças. “A irregularidade das chuvas pode exigir replantio, elevar custos com insumos e atrasar o ciclo produtivo. É nesse momento que o planejamento e o crédito estruturado fazem diferença”, explica Cardoso.

Outro levantamento, da Embrapa, indica que até culturas sensíveis como a alface podem se tornar inviáveis em campo aberto nas próximas décadas. As sementes exigem temperaturas abaixo de 22°C para germinar, e as projeções indicam, no cenário mais pessimista, elevação de até 4,3°C até o final do século. Para Cardoso, dados como esses mostram que os impactos climáticos já estão sendo sentidos no campo. “Não são apenas as grandes commodities que sofrem, mas também alimentos do dia a dia. O produtor precisa considerar esses cenários na hora de organizar seu caixa e desenvolver estratégias”, comenta.

No âmbito econômico, a preocupação também é global. Um estudo do Boston Consulting Group (BCG), em parceria com a Universidade de Cambridge, estima que o Brasil pode perder até 18% do PIB até 2050 em decorrência da inação climática. A América Latina, como um todo, teria retração de 14%. “Essas projeções evidenciam que o desafio climático ultrapassa a esfera ambiental e se torna também um risco econômico, capaz de afetar diretamente a produtividade, a competitividade e a renda do setor agropecuário”, finaliza Cardoso.

Sobre a Agree

Fundada em 2022, a partir da união de profissionais com mais de 15 anos de experiência no financiamento do agronegócio, a Agree é uma fintech especializada em soluções tecnológicas que aumentam a eficiência e a segurança na originação de crédito rural. Antes de lançar a plataforma de tecnologia Agree Hub, a empresa estruturou milhares de operações de crédito em todo o país, somando mais de R$ 1 bilhão em recursos liberados e R$ 2 bilhões em limites de crédito aprovados. Essa trajetória prática, ao lado de produtores e instituições financeiras, consolidou a expertise que hoje orienta o desenvolvimento de soluções digitais voltadas a toda a cadeia do agro. Hoje, a empresa concentra seus esforços em expandir o uso do Agree Hub, uma plataforma criada para trazer agilidade na análise do produtor rural desde o cadastro, fortalecendo toda a cadeia do agronegócio.

Fonte: Assessoria de Imprensa Agree



 

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