O agricultor brasileiro está por demais amarrado ao mercado físico e não enxerga a solução que está bem à sua mão: o mercado de Bolsa, ou mercado de futuros, usado por 100% dos agricultores americanos e 75% dos agricultores argentinos, que tem muitas vantagens. Entre as principais delas é que você não fica obrigado a entregar a mercadoria e a segunda é que você pode adaptar o seu preço de venda em caso de o mercado subir, coisa que você não pode fazer quando vende no físico.

O mercado futuro é uma espécie de seguro do preço. Quando o nível chega num ponto que cobre 100% dos seus custos de produção, mais 100% das suas necessidades pessoais e da fazenda no ano, você trava o preço na Bolsa e garante o retorno de todo o seu investimento.

  • Ao fixar o preço na Bolsa você garante o preço, mas não precisa entregar a mercadoria, porque é um mercado de contratos (papel) e não de entrega. Se tiver quebra de safra, recompra o contrato e liquida a posição, sem precisar entregar nada;
  • No mercado físico, quando você vende não pode mais mexer no preço. Se o preço aumentar, você não ganha. No mercado futuro você pode adaptar a sua posição e recolocar o contrato em nível mais alto.

Quando, então, você entrega o que produziu?

Entrega depois de colher, mas o preço já está fixado bem antes, na Bolsa. Ao entregar o produto você tem duas opções: entrega junto a posição da Bolsa e o comprador paga o preço que você fixou. Ou você entrega o produto ao preço do dia no físico e ganha a diferença da Bolsa.

No caso do milho deste ano, por exemplo, em que os agricultores venderam, veio a seca e não tiveram produto para entregar, tendo que fazer wash-outs e recompras de contrato ou pagar multas. Nada disto ocorreria se eles tivessem apenas fixado preço do milho quando estava a R$ 100,00 na B3, por exemplo. Fixar o preço significa vender um contrato a R$ 100,00. Do outro lado está um especulador que acredita que o mercado vai subir e ele vai ganhar 1 ou mais reais com este contrato. Mas, o seu preço e o retorno das suas necessidades está garantido.

Exemplo prático, feito sobre dados REAIS:

  • MERCADO FÍSICO: 07 JUL 2021 Preço de balcão no MT: R$ 80,00 02 SET 2021 Preço de balcão no MT: R$ 79,50 (-R$ 0,50/saca)
  • MERDADO FUTURO: 07 JUL 2021 Preço B3 Setembro: R$ 97,23/saca (agricultor vende) 02 SET 2021 Preço B3 Setembro: R$ 90,31/saca (agricultor recompra o contrato, apurando um lucro de R$ 6,92/saca)

RESULTADO FINAL: Somando o que ganhou na Bolsa (R$ 6,92/saca) com o preço do dia em 02 de setembro (R$ 79,50) o preço final do agricultor seria de R$ 86,42, bem maior do que: a) estava em 07 de julho (R$ 80,00/saca); b) do que o do seu vizinho que não fez cobertura na Bolsa, porque irá vender hoje a R$ 79,50.

Outra vantagem importante: Vendendo e recomprando o contrato na Bolsa, o agricultor não precisa entregar a mercadoria. Então, se não produziu nada, não ganha os R$ 79,50 do físico, mas ganha, sim, os R$ 6,92/saca da Bolsa, tendo um lucro sobre um milho que não colheu e sem precisar brigar com as Tradings por entrega.

NA PRÁTICA O QUE FAZER?

Duas coisas importantes: a) adquirir conhecimento e b) dar o primeiro passo. Claro que isto demanda conhecimento de mais detalhes e um aprendizado. Mas, há quantos anos você vem vendendo soja e milho e não conhece isto? Então, comece agora. Dê o primeiro passo. Mande um email para nossa empresa (contato@tfagroeconomica.com.br) e obtenha os conhecimentos e a ajuda que você precisa para já aplicar isto nas safras de verão deste ano.

Como você está planejando o plantio das suas lavouras de verão – milho e soja – inclua neste planejamento os custos de um curso de comercialização de grãos de um ano com a TF Consultoria/Mais Soja (você acha que um cursinho de 2 dias ensina um piloto a dirigir um jato?) e exercícios de cobertura (no máximo 5% do valor da saca de soja ou de milho). Para fazer este planejamento, conte com nossa assessoria completa, do início ao fim da safra.



Fonte: T&F Agroeconômica

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