As negociações futuras da pluma (safra 20/21) em Mato Grosso avançaram 9,39 p.p. em relação ao mês de março, alcançando 77,32% da produção. Esse maior volume negociado é reflexo da valorização na cotação da pluma na bolsa de NY e do alto patamar do dólar futuro no mês de abril.
Assim, o preço médio da fibra valorizou 17,31% no comparativo mensal, chegando ao recorde de R$ 157,87/@ na média do estado. Ademais, com as lavouras apresentando desenvolvimento satisfatório até o momento, o produtor conseguiu negociar um maior volume da sua produção aguardada.
Já para as vendas da safra 21/22, a comercialização da pluma alcançou 25,29% da produção, avanço mensal de 7,95 p.p. ante a março. Os principais motivos da ampliação nas negociações foram a demanda aquecida pela pluma e o avanço do preço no mercado futuro, refletindo no valor médio do estado, com cotação média de R$ 133,09/@.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• Com o declínio do dólar, o preço ImeaMT desvalorizou 6,87% na semana passada, cotado a um preço médio de R$ 154,03/@.
• Devido à maior demanda pela pluma na última semana, a cotação do basis para o contrato jul/21 desvalorizou 13,00% no comparativo semanal, chegando a ₵ US$ 2,58/lp.
• Diante da elevação da taxa Selic, a moeda norte-americana caiu 1,01% em relação à semana passada, com média semanal de R$ 5,35/US$.
• Os subprodutos do algodão em Mato Grosso avançaram na última semana, com variações de 0,09%, 1,48% e 1,11%, para o caroço, a torta e o óleo, cotados a R$ 1.804,39/t, R$ 1.711,09/t e R$ 5.734,89/t, respectivamente.
China:
As exportações da pluma nacional alcançaram 908,36 mil t em 2021, segundo a Secex, acréscimo de 28,00% em relação ao mesmo período de 2020 (jan – abr). O principal comprador da fibra até o momento é a China, que adquiriu até abril o total de 242,60 mil t. Apesar dos envios aquecidos, a participação do Brasil no mercado chinês representa apenas 25,01% do volume consumido pelo país no ano, enquanto os EUA, atendeu 40,14% da demanda.
Embora o percentual norte-americano seja significativo, a participação do país neste ano está menor em relação ao ano passado, devido ao aumento das tensões em relação aos produtos feitos com algodão produzido na região de Xinjiang, o que acarretou alguns cancelamentos por parte da China de lotes de pluma dos EUA neste ano.
Ademais, a pluma nacional poderá ganhar ainda mais visibilidade no mercado chinês, devido à assinatura do memorando de entendimento entre a Abrapa e a China Cotton Association (CCA), que representa cerca de 60% do setor têxtil na China.
Fonte: IMEA