A eficiência do agronegócio e da estrutura de distribuição de alimentos (no ponto de vista logístico) do Brasil, nesta pandemia, é um modelo a ser seguido pelo mundo. A afirmação é do consultor da MB Agro Alexandre Mendonça de Barros, durante a live no canal do Youtube da Integrada, realizada na última quinta-feira (23/04). A gravação já está disponível no canal da cooperativa.
Campanha – Durante a abertura, o superintendente comercial da Integrada, João Bosco Azevedo, deu as boas-vindas e apresentou a campanha “Cooperar em todo tempo”, que visa arrecadar recursos para compra de EPI’s e materiais de higiene e limpeza para hospitais das regiões de atuação da Integrada.
Atentas – Com o tema “O efeito da Covid-19 no Agro Brasileiro”, Barros pontuou que as pessoas estão cada vez mais atentas à importância do agronegócio para a manter a população abastecida. E esta constante tem ajudado o setor a manter um ritmo positivo em termos econômicos.
Demanda em queda– Barros observou que a demanda mundial de alimentos vem caindo no mundo, devido ao declínio natural do poder de compra das pessoas, consequência natural de uma crise. No entanto, a alta valorização do dólar frente ao real tem favorecido as exportações brasileiras. Somado aos altos preços das commodities, neste primeiro momento, o agro segue em um ritmo favorável, na opinião do consultor.
Cautela – Contudo, ele recomendou cautela. Isso porque haverá, de acordo com suas análises, uma recessão mundial na economia. Barros explica que essa recessão reduzirá ainda mais o poder de compra da população. “Um dos primeiros itens a ser cortado são os mais caros, ou seja, as carnes”. A diminuição do consumo de carnes resultará na queda da produção que, por sua vez, reduzirá a aquisição de ração, cuja principal matéria-prima são grãos exportados pelo Brasil.
Preço menor – Com a alta oferta de soja e milho, o valor das commodities tende a diminuir. Por isso, Barros indicou os produtores a trabalharem com troca e/ou fixação da produção. “Por enquanto, é o câmbio que está dando segurança”, observou Barros. O consultor da MBAgro afirmou que para 2020 não há espaço para o produtor correr riscos, principalmente nos próximos três meses, por isso a importância da precaução por parte do agricultor.
Covid a reboque – Há dois anos, a China, um dos maiores produtores de suínos e, consequentemente, um dos principais compradores de soja e milho do mundo, começou a ter problemas com a peste suína (PSA), altamente contagiosa, causada por um vírus, que acomete suínos e javalis, sem efeito em humanos. Desde então, mais de 40% da produção de suínos do país foi descartada, porque ainda não há tratamento e nem cura para a doença.
Carne suína – Com a baixa oferta de carne suína no mercado chinês e o aumento do preço do produto, os chineses começaram a consumir carnes exóticas. E em um desses produtos, uma espécie semelhante a um tatu, foi contaminado por um morcego com o Sars Covid 2. A partir de então, o vírus se disseminou pelo mundo.
Produção nacional – De acordo com o último levantamento da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), a produção de grãos no país poderá atingir, nesta safra (2019/20), um volume de 251,8 milhões de toneladas, 4% ou 9,7 milhões de toneladas superior à obtida na safra anterior.
Fonte: Imprensa Integrada, disponível em sistema Ocepar