O fechamento da safra 18/19 de soja norte-americana encerra em agosto e até a semana do dia 22/08 observou-se um acumulado próximo a 45 milhões de toneladas embarcadas. Ainda assim, em uma análise histórica, observa-se que este é o menor volume desde 2014, sobretudo, em reflexo aos impasses comerciais entre os EUA e a China.

Com a safra 19/20 em cena, o que se observa até o momento é que o país asiático está com um share menor que o da safra 18/19, apresentando 4,63% de participação nos volumes comercializados da safra 19/20 ante a média de 10,07% da 18/19.

Em suma, neste momento uma janela de oportunidade de venda se abre, não somente em relação à menor disputa dos EUA pela demanda chinesa (maior importadora mundial do grão), como também a alta do dólar e dos prêmios portuários brasileiros, o que é bastante benéfico, sobretudo, aos produtores de MT.

Confira os principais destaques do boletim:

• O preço da soja disponível em MT fechou a última semana com uma cotação média de R$ 72,59/sc, avanço de 3,01%. A demanda chinesa e a alta do dólar seguem impulsionando as cotações.

• Assim como na semana passada, o contrato corrente na bolsa CME-Group registrou queda nesta semana, desta vez de 0,08%, cotado a US$ 8,53/bushel.



• O prêmio corrente para o porto de Santos– SP finalizou a semana com retração de 2,09% ante a semana anterior, cotado a US$ 1,50 cents/bu. Cabe salientar que, para este mesmo período no ano passado, este valor era de US$ 2,19 cents/bu.

• A relação soja farelo/óleo apresentou queda de 6,80% ante a semana passada, influenciada pela alta nas cotações da oleaginosa.

BASE-MT:

O indicador de Base-MT consiste na diferença do preço médio de MT em relação ao preço de Chicago do contrato corrente. Assim, quanto menor o valor, mais distantes os preços de MT estão da equivalência nos portos brasileiros dos valores oferecidos na CME.

Neste sentido, ao longo da média dos últimos cinco anos, o histórico é de um movimento de alta entre os meses de julho a novembro. Em agosto deste ano a movimentação não foi diferente, com a alta do dólar – aumento cambial mensal de 7,44% – os preços melhoraram em Mato Grosso e ficaram mais próximos aos preços oferecidos em Chicago.

Na sexta-feira (30/08) a BASEMT fechou em R$ -5,25/sc, sendo este valor 53,96% menor do que no mesmo período do ano passado, porém 11,25% maior do que a média dos últimos cinco anos.

Sendo assim, a alta volatilidade do dólar e do prêmio pode oportunizar negócios e por isso a atenção dos produtores a estes indicadores é muito importante neste momento.

Fonte: IMEA

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