O USDA divulgou a intenção de semeadura para a safra 19/20 de milho nos EUA. O departamento estima que a área fique em 37,55 milhões de hectares, o que representa um aumento de 4,0% em relação à safra anterior, voltando a liderar as áreas norte-americanas.

O crescimento está atrelado às indefinições que ainda permeiam o acordo comercial entre a China e os EUA, que tem comprometido a demanda pela soja do país, desmotivando a destinação de áreas do grão.

No entanto, é importante pautar que a tempestade de inverno que vem atingindo os EUA, sobretudo na região Meio-Oeste, ainda pode trazer impactos nos trabalhos de campo do país e na janela de cultivo.

Diante disso, é importante que o produtor continue atento ao mercado externo e aos impactos que ele pode acarretar nos preços do cereal mato-grossense, visto que a divulgação do relatório colaborou para a queda de 4,50% nas cotações da bolsa de Chicago (jul/19) nesta sexta feira (29/03).

Confira os principais destaques do boletim:

• Com a recuperação na Bolsa B3 (mai/19), além de outros fatores, o indicador de preço em Mato Grosso apresentou valorização de 2,32% nesta última semana, exibindo cotação média de R$ 23,76/sc.

• A paridade de exportação do milho matogrossense (jul/19) registrou aumento de 3,35%. Apesar da queda nas cotações da bolsa de Chicago, a recuperação do dólar pautou o avanço.



• O prêmio de exportação do milho em Paranaguá encerrou a semana com recuo de 1,96%, devido, sobretudo, à menor procura pelo cereal nos portos brasileiros.

• O dólar fechou a semana com alta de 2,51% e cotação média de R$ 3,90/US$. As preocupações dos investidores com a capacidade do governo brasileiro em aprovar a reforma da Previdência pautaram a oscilação.

Importância do dólar:

No fechamento do mês de março, a paridade de exportação do milho mato-grossense apresentou um recuo de 1,75% em relação ao fechamento do mês anterior, exibindo cotação de R$ 18,99/sc.

A queda foi pautada pela baixa nas cotações da bolsa de Chicago (jul/19) de 1,21% nesse período, principalmente após a divulgação dos relatórios do USDA de intenção de plantio e estoques trimestrais dos EUA.

No entanto, é importante salientar que, durante grande parte do mês de março, a paridade vinha exibindo valorização em virtude da recuperação do dólar nesse período, que acumulou ganhos de 4,23% no fechamento do mês.

Dessa forma, visto que o câmbio é um importante indicador na formação dos preços do milho mato-grossense e determinante na competitividade do Estado em relação ao mercado externo, é importante estar atento as suas oscilações, principalmente nesse momento em que fundamentos baixistas têm pressionado as cotações do milho na bolsa de Chicago.

Fonte: Imea

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.