De acordo com a Secex, em out22, MT exportou 160,67 mil toneladas de pluma da safra 21/22, volume equivalente a 61,76% dos embarques brasileiros. Em relação ao acumulado,
de ago
22 a out22, o total escoado pelo estado foi 16,44% superior ao registrado no mesmo período de 2021, totalizando 278,36 mil toneladas de pluma. Cabe destacar que esse cenário é reflexo do adiantamento da colheita, que contribuiu para o andamento dos embarques, em conjunto com a maior produção nesta safra ante a 20/21. Em relação ao principal comprador da pluma matogrossense, no acumulado, a China se destacou com uma participação de 41,44% dos embarques, aumento de 9,29 p.p. ante o registrado no mesmo período da safra passada. Por fim, diante da maior produção neste ciclo, o Imea estima que MT exportará 1,37 milhão de t de pluma até jul23, volume 13,00% maior que o da safra passada.

Confira os destaques semanais:

AVANÇO: na reta final, o beneficiamento do algodão da safra 21/22 progrediu 2,67 p.p. no comparativo semanal, atingindo 93,61% da produção total do estado.

INCREMENTO: acompanhando a bolsa de NY, o indicador Imea da pluma apresentou alta de
4,02% no comparativo semanal, cotado na
média de R$ 163,08/@.

BAIXA: reflexo da demanda ainda fraca no estado, o preço do caroço de algodão disponível
expôs queda de 0,74% na semana, indicando um
preço médio de R$ 1.390,45/t.

No dia 09/11 o USDA divulgou a nova estimativa de O&D mundial do algodão para a safra 22/23

Diante disso, a produção da fibra ficou estimada em 25,35 milhões de toneladas, 1,37%  inferior ao que foi projetado no mês de out22. Apesar de o relatório trazer um incremento de 1,59% na produção dos EUA (terceiro maior produtor mundial de pluma), a diminuição foi puxada pelo declínio de 13,46% e 8,33% na produção do Paquistão e da Austrália, respectivamente, uma vez que ambos tiveram as suas lavouras comprometidas pelo excesso de chuva registrado no ciclo. Em relação ao consumo, esse ficou em 25,03 milhões de toneladas, recuo de 0,56% ante o relatório passado, pautado pela menor demanda oriunda de Bangladesh e Paquistão, grandes consumidores mundiais da fibra. Por fim, mesmo com a menor produção projetada para o ciclo e os estoques finais pressionados, o mercado não esperava o incremento na produção dos EUA, o que refletiu em uma queda diária de 1,35% no contrato corrente da pluma na bolsa de NY, no dia da divulgação do relatório.

Fonte: Boletim Semanal – Algodão – n° 651



 

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