Em MT, com o plantio da soja para a safra 22/23 perto do fim, o ritmo nas lavouras começou a diminuir devido à menor extensão de área disponível e à entrada de talhões com características de solo arenoso ou de difíceis acessos. Além disso, houve relatos de falta de chuvas em municípios pontuais, prejudicando o progresso do cultivo. Diante desse cenário, a semeadura avançou apenas 2,60 p.p. no comparativo semanal, alcançando 96,17% das áreas finalizadas até sextafeira (11/11). O percentual cultivado é 3,35 p.p. menor que o do mesmo período do ano passado, no entanto, está 4,59 p.p. maior que a média dos últimos cinco anos. Com destaque para as regiões noroeste e norte, que encerraram o cultivo em todos os municípios. Por fim, para a próxima semana, as precipitações podem chegar entre 15 mm e 25 mm, na maior parte do estado, segundo os dados do NOAA, o que pode auxiliar o desenvolvimento das lavouras.

Confira os destaques do boletim:

CHICAGO VALORIZA: o mercado fechou a semana com valorização de 0,96%, reflexo das dificuldades climáticas nos principais paises produtores de soja.

SOJA MT: devido à alta na cotação da soja na CMEGroup, o valor da oleaginosa em MT apresentou aumento semanal de 1,82%, precificado na média de R$ 164,33/sc.

DÓLAR EM ALTA: diante das incertezas quanto ao cenário político dos EUA e no Brasil, o
dólar exibiu aumento de 2,01% ante a semana
passada e fechou com média de R$5,25/US$.

Na última quartafeira (09/11), o USDA divulgou os dados de oferta e demanda mundial da soja para a safra 22/23

A produção mundial da soja ficou estimada em 390,53 milhões de t, recuo de 0,12% ante o relatório passado. A queda foi pautada pelo corte na produção da Argentina de 1,50 milhão de t para a temporada, que vem enfrentando problemas climáticos. Para se ter uma ideia do cenário argentino, apenas 5,00% das áreas foram semeadas até a semana passada, contra os 50,00% observados no mesmo período do ano passado, segundo a Bolsa de Rosário. Pelo lado da demanda, o consumo global quase não teve alteração nesta projeção, apresentando leve redução de 0,02% no mês de nov.22, ficando estimada em 380,17 milhões de t. Já para o estoque final, o relatório apontou uma alta de 1,64% ante o mês passado, com previsão de 102,17 milhões de t, puxado pela maior disponibilidade da oleaginosa nos EUA, devido à alta na produção e os problemas logísticos no país.

Fonte: Boletim Semanal – Soja – n° 726



 

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