Autor: Thomas Newton Martin – Professor da UFSM
Conhecer o solo, bem como o seu perfil, é fundamental para alcançar altas produtividades. Os condicionantes químicos, físicos e biológicos do solo fazem com que algumas lavouras de soja sejam mais produtivas que outras. Naturalmente o solo é heterogêneo, mesmo em locais próximos existem variações distintas da sua formação.
Dentre elas, a capacidade de armazenamento de água, pH, CTC, disponibilidade de nutrientes, compactação e porosidade (dentre outros). De quê adianta as raízes das plantas de soja terem a capacidade de explorarem mais de um metro de profundidade se efetivamente, em média, o sistema radicular fica “confinado” entre 10 e 20 cm? Nesse caso, pequenos estresses hídricos irão estimular o abortamento de flores, vagens e grãos, reduzindo a produtividade.
A foto “a” foi realizada nas margens da autovia E5, nas proximidades de Sevilha (Espanha), em que, após a colheita da aveia para afenação, imediatamente ocorre a aração do solo. Nesse caso, o solo está exposto ao clima temperado ou seja com precipitações médias de 500mm ao ano, a erosão hídrica não é um problema. Mas a conservação de água no solo é o grande objetivo.
Com a gradagem, destroem-se os microcanais da superfície, fazendo com que o solo destorroado haja como uma proteção para a evaporação de água. Além de controlar mecanicamente as plantas daninhas já instaladas e evitar que novas germinem, afinal, de junho a agosto são raríssimas as precipitações.
Diferentemente da foto “b” em que demonstra-se um solo para as condições brasileiras, sendo necessária a proteção com palhada para reduzir o impacto da gota de chuva causando compactação e erosão. Além disso, a camada de palha protege contra a evaporação de água do solo, garantindo que a germinação da soja seja mais satisfatória em condições de temperatura acima de 20 graus.
“O cuidado com o solo melhora a produtividade de soja”.
Confira o E-book completo aqui!
