Com o dólar fechando em fortíssima queda de 1,78% e Chicago também caindo 1,07% os preços de exportação definitivamente se enfraqueceram, afastando quaisquer preocupações dos compradores domésticos do milho a curto prazo, que, assim, não tiveram que voltar às compras para garantir preços adequados, podendo oferecendo preços menores. Com isto, os preços médios em Campinas, principal praça de referência no Brasil, voltaram a cair 0,80% para R$ 36,07/saca, contra R$ 36,36/saca do dia útil anterior, segundo o Cepea.

Como temos afirmado insistentemente nas últimas semanas, a exportação é a chave da tendência dos preços para os próximos meses. Nesta quarta-feira, o setor de milho teve uma boa notícia: a possibilidade de a Argentina reduzir a sua safra de milho, por ser um plantio 70% mais caro que o da soja e diante da forte possibilidade da volta das retenciones a partir da próxima eleição em 27 de outubro.

A Argentina é o terceiro maior exportador de milho do Mundo, atrás dos EUA (1º) e Brasil (2º). Se ela plantar menos, terá grande chance de produzir menos e, com isto, se somará aos problemas que também estão ocorrendo nos EUA, abrindo mais espaço para as exportações brasileiras na temporada 2019/20.

Mais exportações, mais concorrência, preços maiores, é o que se configurando no horizonte dos produtores brasileiros de milho para a próxima safra. Os preços oferecidos pela exportação, para vendedores distantes 600 km do porto, caiu para R$ 29,29 (30,08 do dia anterior) para setembro, R$ 31,46 (33,56) para dezembro e R$ 32,96 (34,22) para março de 2020. Já os milhos importados do Paraguai chegariam ao Oeste do Paraná ao redor de R$ 31,52 (R$ 31,09 anterior); ao Oeste de Santa Catarina ao redor de R$ 34,98 (35,62) e ao Extremo Oeste de SC ao redor de R$ 34,49 (35,11) /saca. O milho argentino a R$ 49,97 (50,78) e o americano a R$ 56,60 (57,38) no oeste de SC.

Com relação aos preços dos principais consumidores de milho, os preços do frango permaneceram inalterados, como acumulado do mês ficando em 0,44%; os preços dos suínos também permaneceram inalterados, pelo terceiro dia consecutivo. Por sua vez os preços dos bovinos voltaram a cair 0,25%, contra a alta de 0,87% do dia anterior, mantendo o acumulado do mês em 0,25% (contra zero do dia anterior).

Fonte: T&F Agroeconômica


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