“Com o mapeamento do genoma da ferrugem asiática, vamos conhecer o inimigo por dentro”. A afirmação foi feita por Ricardo Abdelnoor, chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Soja, durante encontro realizado em São Paulo sobre o tema, em conjunto com a Bayer. “De qualquer forma, visualizo soluções tecnológicas de médio e longo prazo para a doença”, adverte.
Abdelnoor lembra que, mesmo com a presença da ferrugem, o Brasil tem conseguido boas produtividades. “Desde 2001, estamos buscando soluções para o problema”, comenta. Mas, com o mapeamento, será possível achar as vulnerabilidades do fungo.
Conforme Francismar Marcelino-Guimarães, pesquisadora da Embrapa Soja, foi preciso uma força-tarefa global para chegar ao mapeamento, por ser um fungo que tem muita mutação. “É muito variável e adaptável”, explica.
Para Dirceu Ferreira Jr, diretor do Centro de Expertise em Agricultura Tropical da Bayer (CEAT), o impacto do mapeamento será muito grande, porque a soja é a proteína mais barata do mundo. “Vai ajudar o Brasil a se tornar o maior produtor de soja do mundo em 10 anos, que é a previsão do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), com a área devendo subir de 35 milhões para 45 milhões de hectares no período”, completa.
Fonte: Agência SAFRAS