Você conhece os casos de biótipos de plantas daninhas resistentes aos herbicidas no Brasil?
No texto de hoje vamos falar das espécies com relatos de resistência aos herbicidas Inibidores da PROTOX.
Atualmente, estão registrados 13 espécies com casos de biótipos resistentes no mundo.
Destes 13 casos, 3 são referentes ocorrem no Brasil, referentes à:
- Conyza sumatrensis;
- Euphorbia heterophylla;
- Amaranthus retroflexus.
Herbicidas pertencentes aos Inibidores da PROTOX. Fonte: Heap (2019).
A seguir vamos ver cada um dos casos no Brasil.
- Euphorbia heterophylla (amendoim-bravo, leiteiro)
Este foi o primeiro registro de resistência aos herbicidas Inibidores da PROTOX no Brasil, correu em 2004, no Paraná, em lavouras de soja e milho.
O registro foi de leiteiro a dois mecanismos de ação: ALS e PROTOX.
- PROTOX: acifluorfen, fomesafen, lactofen e saflufenacil.
- ALS: cloransulam, diclosulam, flumetsulam, flumiclorac, imazethapyr, metsulfuron e nicosulfuron.
Euphorbia heterophylla (amendoim-bravo, leiteiro).
- Amaranthus retroflexus (caruru-gigante)
O caruru-gigante resistente a herbicidas da PROTOX foi registrado em 2014, no Mato Grosso, em lavouras de soja e algodão.
O registro foi de caruru-gigante resistente ao fomesafen.
Amaranthus retroflexus (caruru-gigante).
- Conyza sumatrensis (buva)
A buva resistente a herbicidas Inibidores da PROTOX foi registrado em 2017, em lavouras de soja.
O registro foi de buva resistente a saflufenacil.
Também em 2017, foi registrado um caso de resistência múltipla nesta espécie de planta daninha: 2,4-D (Auxinas Sintéticas), diuron (Fotossistema II), glyphosate (EPSPs), paraquat (Fotossistema I) e saflufenacil (PROTOX).
Conyza sumatrensis (buva).
Conclusão
No texto de hoje vimos sobre as plantas daninhas resistentes a herbicidas inibidores da PROTOX no Brasil.
São 13 casos de espécies resistentes a PROTOX no mundo, 3 deles no Brasil, com referência a 3 espécies.
O manejo proativo da resistência de plantas daninhas a herbicidas é a principal ação no combate ao desenvolvimento da resistência.
Gostou do texto? Tem mais dicas sobre à Família Lamiaceae? Adoraria ver o seu comentário abaixo!
Sobre a Autora: Ana Ligia Girardeli é Engenheira Agrônoma formada na UFSCar. Mestra em Agricultura e Ambiente (UFSCar) e Doutora em Fitotecnia (USP/ESALQ). Atualmente está cursando MBA em Agronegócios.