A forte alta de 1,86% do dólar foi neutralizada, nesta quarta-feira, pela queda de 1,91% nas cotações do milho em Chicago, não estimulando as vendas de exportação do dia. Por seu lado, os compradores domésticos, razoavelmente abastecidos, também se ausentaram do mercado para não impulsionar os preços.

Com isto, a pesquisa diária do Cepea continuou registrando queda nos preços médios do milho em Campinas, desta vez de expressivos 1,03%, para R$ 35,52/saca. Por tanto, o acumulado do mês se torna negativo em 0,62%.

Depois de subir durante toda a semana passada e cair na segunda e terça-feira, os preços médios do milho voltaram a cair nesta quarta-feira, na esteira da forte queda de Chicago, que suplantou a alta do dólar no Brasil. Tradings se afastaram das negociações no mercado à vista após a forte retração dos futuros na Bolsa de Chicago (CBOT).

Segundo corretores do Centro-Oeste e do Sul do Brasil, a referência nominal de compra em portos brasileiros recuou consideravelmente, até R$ 5/saca em comparação com a semana passada. Mas, na prática, como consumidores domésticos mantiveram os valores propostos no spot e vendedores já se mostravam reticentes em negociar por preços inferiores, compradores tendem a observar o comportamento do produtor e também se a oferta aumentará ou não.

Também para 2020 as Tradings não estão conseguindo fazer compras. Não estão fora, mas oferecem preços que não satisfazem os agricultores, inferiores aos preços oferecidos pelas empresas do mercado interno.

Mesmo assim, o volume exportado de milho até o último dia 9 de agosto foi maior do que o exportado em todo o mês de agosto de 2018, devendo bater recorde neste mês. “Quem tem milho sabe que vai ter de esperar setembro a outubro para negociar,” afirmou um corretor nesta quarta-feira.

Muitas tradings estão afastadas das negociações para exportação, porque, mesmo que fechem novos negócios para importadores lá fora, não têm certeza se conseguirão originar lotes no País por preços muito mais baixos do que os que vinham praticando até semana passada.

Os preços oferecidos pela exportação, para vendedores distantes 600 km do porto, subiu para R$ 30,26 (30,08 do dia anterior) para setembro, R$ 32,57 (31,11) para dezembro e R$ 34,01 (32,57) para março de 2020. J

á os milhos importados do Paraguai chegariam ao Oeste do Paraná ao redor de R$ 29,81 (29,74 anterior); ao Oeste de Santa Catarina ao redor de R$ 33,22 (33,09) e ao Extremo Oeste de SC ao redor de R$ 32,73 (32,61)/saca. O milho argentino a R$ 51,21 (51,33) e o americano a R$ 56,54 (58,53) no oeste de SC.

Com relação aos preços dos principais consumidores de milho, os preços do frango aumentaram a queda para de 0,64% no dia e para para 1,27% no acumulado do mês; os preços dos suínos também voltaram a cair forte 0,71% no dia e 8,11% no mês. Por sua vez os preços dos bovinos também caíram forte 1,13% no dia e 0,23% no mês.

Fonte: T&F Agroeconômica


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