No RS, depois de alguns lotes destinados à exportação no início do ano, a maior demanda é no mercado interno, bem ativa. Os lotes começaram a semana negociados entre R$ 38,00/39,00 CIF, mas recuaram para R$ 37,00 nesta sexta-feira.

Em SC o mercado continua firme, com indicações de preços que nos remete a pensar que a maioria dos compradores estão curtos de estoques; os preços estão rodando na faixa de R$ 39,00 (Canoinhas, Chapecó, Mafra) a R$ 40,00/saca FOB (Campos Novos e Concórdia). Mas, há um detalhe preocupante: os fretes estão em franca ascensão.

No PR o mercado continua firme, com a demanda interna e externa em atividade, mas há problemas na classificação da qualidade do milho. Houve relatos de lotes rejeitados por uma Trading que, direcionado a outra, foram aceitos e embarcados. Fala-se em aflatoxina, devido ao excesso de chuvas ocorridos nos últimos dois meses.

Os preços são tradicionalmente um pouco menores do que em SC e no RS, que são dois estados que tem déficit de matéria prima, ao contrário do PR, que tem sobra não só para atender à sua grande indústria local de carnes, como para exportar para outros estados e para o exterior.

Com isto, terminaram a semana ao redor de R$ 33,50/34,00 no Oeste do estado, R$ 36,00 na ferrovia em Maringá, R$ 36,00 em Ponta Grossa e R$ 34,00 no Sudoeste. Os preços de exportação sobre rodas no porto de Paranaguá terminaram a semana, para embarque em 2019, entre 20/07 com 20/08 – ideia de R$ 41,00; 20/08 com 20/09 – ideia de R$ 40,00; 20/09 com 30/10 – ideia de R$ 40,20. Para embarques em 2020, em agosto com 30/09 – ideia de R$ 38,00.

Estima-se que tenham sido negociadas no estado 30.000 toneladas Em SP o mercado paulista de grãos opera de maneira calma nesta volta de feriado, ainda de olho nas referências de Chicago. Lá fora, as altas perderam força após a divulgação do relatório de acompanhamento do plantio norte-americano (que trouxe números “tranquilizantes”).

A incerteza quanto às exportações dos EUA e a demanda chinesa por grãos é grande e preocupa. O Relatório de exportação do USDA mostrou que não foram relatadas vendas para a China de grãos e derivados originados nos EUA na última semana, enquanto a FAO segue revisando, para cima, o número de animais eliminados pela peste suína africana (AFS).

No Brasil, a colheita da 2ª safra, em pleno vapor, colabora com o cenário baixista. No Paraná, o Deral mensura colheita em 21,0% do total, avanço de 9,00 p.p. na semana e melhor início já registrado. O Imea indica 16,85% colhido no Mato Grosso, avanço de 8,27 p.p. na semana e 2º melhor início entre todas as safras brasileiras.



A amostra da XP Investimentos tem média em R$ 38,52/sc, baixa de R$ 0,22/sc no dia. Nos portos nacionais, a indicação para Julho/19 recuou R$ 0,50/sc, agora em R$ 40,00/sc. Os line-ups do milho indicam quantidades de 3,00 MT para junho, enquanto os de soja seguem com robustos 9,56 MT.

No MS foram negociadas cerca de 30.000 toneladas de Origem, para embarques em 2019, a preços ao redor de R$ 31,00/saca. Para 2020 foram negociadas 50.000 toneladas, ao redor de R$ 29,00, restando um grande volume oferecido a R$ 30,00.

No MT o milho plantado/colhido mais cedo está quase todo avariado (acima de 60%) acima de 5%, muitas lavouras acima de 7%. Foi usada uma variedade de milho de grande produtividade, mas que tem pouca resistência à chuva, que ocorreu em quase todas as fases da cultura, desde floração, frutificação e maturação. Então, está difícil conseguir milho de boa qualidade, que só deverá entrar a partir de 15 de julho em diante, com o milho plantado mais tarde.

Assim mesmo, foram negociadas 50.000 toneladas de milho disponível com preços entre R$ 21,0 e R$ 28,00, de acordo com a localização do lote e outras 60.000 toneladas de milho para 2020, com preços entre R$ 20,00 e R$ 25,00. Em GO foram negociadas 53.900 toneladas de milho disponível nesta semana. Os preços terminaram a semana ao redor de R$ 30,00 em Formosa, Uberlândia e Patos de Minas, R$ 29,00 em Rio Verde. R$ 32,50 em Unaí e R$ 33,00 em Goiânia.

Fonte: T&F Agroeconômica

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