A alta de 0,59% das cotações em Chicago, nesta quarta-feira, suplantou a pequena queda de 0,10% na cotação do dólar, fazendo os preços no porto subirem algo ao redor de 0,54% para a média de R$ 78,39, reduzindo as perdas do mês para 4,17%. Já os preços do mercado interno subiram a metade, 0,27%, para R$ 73,05/saca, reduzindo as perdas de julho para 3,45%.

Continuam os boatos de que a China estaria interessada na compra de soja americana sem impostos não mexeu com o mercado porque, mesmo sem estes encargos, a soja americana não é competitiva e porque nenhuma ordem efetiva foi colocada no mercado. Mas, há controvérsias.

No porto de Dallian, na China, a soja física fechou a US$ 492,30 (494,13)/t, o farelo de soja a US$ 409,35 (413,16) e o óleo de soja a US$ 773,89 (785,30)/t.

Em Rotterdam, o principal porto não-China de demanda de soja e subprodutos, a soja-grão foi negociada a US$ 382,40 (379,5), o pellets de soja foi negociado a US$ 368,00 (367,00 t.

No que se refere aos óleos vegetais, o óleo de canola foi negociado em Rotterdam a US$ 855,55 (849,78)/t, o óleo de linhaça, a US$ 767,50 (770,0), o de soja a US$ 746,38 (736,03), o óleo de girassol a US$ 750,00 (780,00), o óleo de palma a US$ 510,00 (495,00).



China discute planos para comprar mais soja dos EUA

Oficiais do governo chinês estão se reunindo com compradores estatais e privados de soja para discutir planos para aumentar as compras de suprimentos dos Estados Unidos, informou a Bloomberg.

O governo se reuniu com empresas em 19 de julho em Pequim para discutir o plano, que pode incluir a suspensão de tarifas de retaliação sobre as importações dos EUA, informou a Bloomberg, citando pessoas que pediram para não serem identificadas. Nesse caso, o governo está pedindo feedback das empresas e a proposta está sujeita a mudanças.

O plano acrescenta sinais de que Pequim está preparada para fazer uma série de gestos de boa vontade a fim de avançar nas negociações comerciais que renderam pouco desde que os líderes dos EUA e da China se reuniram em Osaka no mês passado.

A China e os EUA estão envolvidos em uma guerra comercial durante a qual o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas de 25% sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses. Em resposta, a China aumentou os impostos sobre bilhões de dólares de produtos importados dos EUA.

No início do ano, os dois países até iniciaram uma tentativa de trégua nessas tarifas impostas, mas isso logo foi deixado de lado com novas imposições bilaterais e ameaças de outras retaliações. No entanto, ultimamente, os dois países estão retomando as conversas, tanto que essas reuniões estão até impactando nos preços das commodities, até mesmo com boatos e expectativas.

Nos Estados Unidos, por exemplo, até no setor imobiliário, em que os chineses demonstram um apetite absurdo ao redor do mundo, nos Estados Unidos, houve uma redução drástica de 56% na aquisição de residências.

Por outro lado, segundo avaliação da FCStone, a China não necessita de novas importações de soja dos Estados Unidos no momento. Em relatório enviado a assinantes, a consultoria atribui a falta de demanda pelo país asiático aos embarques expressivos de oleaginosa oriunda da América Latina e ao declínio na demanda doméstica pela commodity e seus derivados para utilização como ração animal, em virtude da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) que afetou o plantel de suínos do país.

A FCStone considera que, mesmo que a China possa realizar novas aquisições de produtos agrícolas dos EUA, como a soja, para gerar manchetes e sinalizar boa vontade nas negociações comerciais entre as duas potências, “não há razão para que a compra seja grande ou imediata o suficiente para ter um impacto real nos preços futuros.”

Fonte: T&F Agroeconômica


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