A safra de soja do Rio Grande do Sul segue sendo penalizada em virtude das condições climáticas adversas, caracterizadas pela ausência de chuvas e pelas altas temperaturas. Os prejuízos sobre a produção da oleaginosa se agravam a cada dia. Os números de um novo levantamento realizado pelas cooperativas por meio da Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL) apontam que, em média, os prejuízos relacionados à quebra de safra já são superiores a 60% em relação à expectativa de produção inicialmente traçada pelas cooperativas. Em diversas regiões já são apontadas perdas superiores a 80% e produtividades inferiores a 10 sacos/hectare. O levantamento contempla dados coletados entre os dias 14 e 16 de fevereiro de 2022 junto a 21 cooperativas ligadas à RTC/CCGL. Em meio a este cenário, a média de produtividade apontada pelo levantamento até o momento e ponderada pela área de atuação de cada cooperativa estaria próxima a 24 sacos/ha, alavancada por algumas regiões que ainda esperam colher médias entre 30 e 40 sacos/ha.
O levantamento aponta, ainda, que o cenário segue crítico e indicando uma redução ainda maior na expectativa de produtividade caso as chuvas não retornem de imediato e em volume significativo para todo o Estado. Diante dos números, o potencial de produção de soja no RS estaria atualmente limitado a 8,5 milhões de toneladas, número que pode ser revisado para baixo se as condições adversas persistirem. A segunda quinzena do mês de fevereiro é considerada chave para o restante da safra gaúcha, uma vez que o levantamento aponta que, neste momento, mais de 85% das lavouras estão em fase reprodutiva (entre os estádios R2 e R6), momento em que a demanda hídrica da cultura é muito elevada.
Fonte: Facebook RTC CCGL