Porto Alegre, 30 de maio de 2019 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais altos. Pela quarta sessão seguida, o mercado encontrou sustentação no atraso no plantio nos Estados Unidos devido ao excesso de umidade.
A previsão indica chuvas até a próxima semana, o que deverá manter os trabalhos em ritmo lento. “O mercado dá continuidade ao movimento positivo diante das condições climáticas adversas no cinturão produtor dos EUA”, avalia o analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Roque.
Os últimos mapas apontam para a manutenção de uma umidade excessiva sobre os principais estados produtores dos EUA na primeira quinzena de junho, o que deve impedir um melhor avanço dos trabalhos de plantio nos últimos dias da janela ideal.
Tecnicamente, acrescenta o analista, o mercado tem espaço para o teste do patamar de US$ 9,00 por bushel na posição spot, embora a linha de US$ 8,88 (média de 100 períodos) traga alguma resistência.
O grão se manteve no território positivo, mesmo com notícias de que a China teria suspendido novas compras de soja norte-americana pelo recrudescimento da disputa comercial entre os dois países.
Conforme fontes entrevistadas pela Agência Blooomberg, a China suspendeu as compras de soja dos Estados Unidos em virtude da escalada da tensão comercial entre os dois países.
Os compradores estatais de grãos da China não receberam mais pedidos para continuar com a chamada “compra de boa vontade” e não esperam que isso aconteça, devido à falta de acordo nas negociações comerciais, disseram as fontes. De qualquer forma, a China, no momento, não tem planos de cancelar as compras de soja norte-americana já realizadas.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 17,00 centavos de dólar por libra-peso ou 1,94%, a US$ 8,89 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 8,95 1/2 por bushel, com ganho de 17,00 centavos de dólar por libra-peso ou 1,93%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com alta de US$ 8,40, ou 2,63%, a US$ 327,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 27,78 centavos de dólar, com ganho de 0,05 centavo ou 0,18%.
Fonte: Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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