Quando pensamos em altas produtividades independe da cultura em questão, dentre os vários fatores responsáveis para o aumento do rendimento, o manejo da fertilidade do solo é sem dúvida muito importante. Para um manejo eficiente e correta tomada de decisão buscando chegar a uma boa fertilidade, o solo precisa receber adequados níveis de macro e micronutrientes, pH na faixa de 6 a 6.5 e baixas concentrações de alumino tóxico ao longo do perfil do solo, que se busca através da adubação e da calagem fundamental para a correção do solo.

Para realizar a aplicação na quantidade ideal, sem que ocorra potenciais perdas por excesso ou deficiências por aplicações de sub doses de produto, além de perdas financeiras e de investimentos, é necessário que essa recomendação seja realizada fortemente embasada na análise da fertilidade do solo feita corretamente.

Porém, muitas vezes, devido ao medo na perca de produtividade e sem o auxílio de uma amostragem, levam produtores a aplicação de fertilizantes em excesso de forma irracional sem a devida atenção com relação ao seu impacto no ambiente (lixiviação, gases de efeito estufa etc…) e a própria saúde, o que tem intensificado estudos dentro dessa linha, uma vez que o mercado consumidor mundial cobra cada vez mais a produção de alimentos de forma racional e com mínimo impacto ao ambiente.

Além de oferecer uma base científica, a amostragem de solo, permite avaliar a disponibilidade de alguns nutrientes presentes no solo, produtividade e consequentemente, maior eficiência no manejo do mesmo. Mas, para que isso ocorra, é fundamental que se faça o diagnóstico correto da lavoura através de uma analise representativa do solo.



De acordo com a situação apresentada, existem alguns critérios a serem seguidos para realizar uma amostragem da forma mais assertiva: primeiro é dividir a propriedade em glebas uniformes quanto à posição do relevo, cor, textura, vegetação ou manejo anterior e histórico de cultivo. Em áreas pequenas o recomendado é uma amostra para cada hectare, as quais irão compor no final uma amostra composta que será bem homogeneizada e uma parte dessa enviada ao laboratório para a análise.

Em áreas maiores muitos produtores optam por uma amostragem a cada 10 hectares. O que deve ficar claro é que quanto mais amostragem melhor já que aumenta a representatividade da área. O segundo é realizar a amostragem na profundidade 0-10 e 10-20 cm para sistemas de plantio direto e culturas perenes (coletar na linha e entrelinha) ou de 0-20 e 20-40 cm para sistema de plantio convencional e culturas anuais (coletar na projeção da copa).

As amostras então devem ser postas em recipientes, homogeneizadas e identificadas, para posterior envio ao laboratório que realizará a análise laboratorial da amostra. Recomenda-se fazer a amostragem 03 meses antes da implantação da cultura de interesse, essa pode ser feita pelo próprio produtor com o auxilio de trados, pá-de-corte e baldes ou através da contratação de empresas especializadas na área.

Dadas às informações é imprescindível que o produtor faça uma análise em um intervalo de tempo de 2 a 3 anos no mínimo e a coleta da maneira mais eficiente possível, pois nem o melhor laboratório consegue corrigir os erros cometidos no momento da coleta no campo, sendo que o erro pode resultar em perdas significativas tanto em produtividade como no lucro.

Autores: Álex Theodoro Noll Drews e Denise Maria Vicente, Membros do Grupo PET Ciências Agrárias UFSM – FW

2 COMENTÁRIOS

  1. Parabéns ao autores pelo pertinente texto!!
    Entretanto, alguns apontamentos: no sexto parágrafo constam as seguintes informações – O segundo é realizar a amostragem na profundidade 0-10 e 10-20 cm para sistemas de plantio direto e culturas perenes (coletar na linha e entrelinha) ou de 0-20 e 20-40 cm para sistema de plantio convencional e culturas anuais (coletar na projeção da copa). – o correto não seria “O segundo é realizar a amostragem na profundidade 0-10 e 10-20 cm para sistemas de plantio direto e culturas anuais (coletar na linha e entrelinha) ou de 0-20 e 20-40 cm para sistema de plantio convencional e culturas perenes – pomares, por exemplo (coletar na projeção da copa).” Além disso, no último parágrafo no trecho -“… tempo de 2 a 3 anos no mínimo…”, esse mínimo é confuso, uma informação mais precisa seria “…intervalo de tempo de 1 a 3 anos”.
    Atenciosamente, Douglas.

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