Os 16 nutrientes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento do arroz, como para
qualquer outra cultura, são divididos em dois grupos principais, de acordo com a quantidade absorvida e exigida pelas plantas: macronutrientes e micronutrientes. Os que pertencem ao primeiro grupo são absorvidos em grande quantidade, e a unidade de medida é kg/ha. Os do segundo grupo são absorvidos em pequena quantidade e medidos em g/ha. Os macronutrientes, em ordem decrescente, de acordo com as quantidades
absorvidas, são: K > N > Ca > P > S > Mg. Os micronutrientes, também em ordem decrescente, são: Mn > Fe > Zn > Cu > B > Mo.

A quantidade extraída de nutrientes pelo arroz depende do nível de produtividade alcançada. Para se ter uma ideia disso, uma lavoura de arroz de terras altas, para produzir 1 tonelada de grãos, extrai do solo cerca de 30 kg de N (50%), 5 kg de P (70%), 30 kg de K (20%), 6 kg de Ca (25%), 2,5 kg de Mg (25%), 4 kg de S (25%), 12,5 g de B  52 (30%), 18 g de Cu (60%), 65 g de Zn (50%), 140 g de Fe (22%) e 355 g de Mn (25%).

Ressalte-se que uma elevada quantidade desses nutrientes é exportada pelos grãos (valores porcentuais expressos entre parênteses) após a colheita, havendo necessidade de repô-los no solo por meio de adubações.

Qual é a importância da adubação nitrogenada para a cultura do arroz?

A adubação nitrogenada é muito importante, não somente para o arroz, mas para todas as culturas pois, além de promover aumentos consideráveis de produtividade e qualidade de grãos, o nitrogênio exerce muitas funções essenciais à planta. O nitrogênio faz parte da molécula de clorofila e, portanto, é necessário para a realização da fotossíntese. Como componente das moléculas de aminoácidos essenciais formadores de proteínas, é diretamente responsável pelo aumento do teor de proteínas nos grãos. No caso específico do arroz, além de promover aumento de crescimento das plantas, certos componentes da produção são influenciados pela adubação nitrogenada.

Os efeitos mais importantes da adubação nitrogenada que se observam são, em geral, aumento nos números de panículas e de grãos por panícula.

 Que fonte de nitrogênio deve ser usada na adubação em cobertura no arroz?

A adubação em cobertura com nitrogênio é indispensável para a cultura do arroz. Porém, o sucesso dessa prática depende, basicamente, da eficiência do adubo nitrogenado, do estádio de desenvolvimento e da capacidade de o arroz absorver nitrogênio.

A ureia e o sulfato de amônio são os fertilizantes nitrogenados mais utilizados na agricultura brasileira. Ambos apresentam baixa eficiência de utilização pelas culturas, variando, geralmente, em torno de 50%.

A ureia, por suas características e reação no solo, apresenta grande potencial de perda de NH3 por volatilização e não contém enxofre em sua composição. O sulfato de amônio, além da possibilidade de perda, apresenta alta capacidade de acidificação do solo e contém, em sua composição, 24% de enxofre. Os resultados das pesquisas indicam, em geral, que não há diferença entre as duas fontes quanto à eficiência para a cultura do arroz, mas a utilização desses fertilizantes como fontes de nitrogênio requer certos cuidados em seu manejo em cobertura (como a incorporação no solo após a sua aplicação), de forma que os produtores possam obter o máximo benefício econômico de sua utilização.

Fonte: Série: 500 Perguntas – 500 Respostas da Embrapa

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