A ocorrência de casos de “quebra” da planta de soja ao nível da haste principal tem preocupado técnicos e produtores rurais. Esse fenômeno tem ganhado força especialmente nas regiões Sul e Cerrado do Brasil e até então não tem agente causal ou causa provável definida.

Pode-se dizer que provavelmente uma série de fatores apresentam relação, podendo estar interligados com a ocorrência desse fenômeno, variando desde a genética da cultivar, condições climáticas e ambientais como alternância de temperatura (figura 1) e de fertilidade do solo, contudo, infelizmente ainda não se conhece a principal causa da quebra de plantas.

Figura 1. Tipos de danos na haste da soja CD 206, obtidos em estudos realizados com alternância de temperatura em fitotrons.

Fonte: Corrêa-Ferreira et al. (2006)

As plantas de soja na fase vegetativa apresentam uma depressão na haste, logo acima do nó cotiledonar, que poderia evoluir para um anelamento, resultando, posteriormente, no tombamento ou na quebra das plantas (Corrêa-Ferreira, 2006). Esse complexo fenômeno vem assolando diversas lavouras de soja, causando perda de plantas e consequentemente, de produtividade da cultura. Conforme destacado pelo Professor e Pesquisador Marcelo Madalosso, ainda que não se conheça a principal causa do quebramento de plantas, é possível observar condições que intensificam o surgimento desse fenômeno.

Figura 2. Plantas de soja quebradas com a lesão logo acima do nó cotiledonar.

Fonte: Corrêa-Ferreira et al. (2006)

Dentre as principais condições podemos destacar o cultivo em áreas com revolvimento do solo, áreas sem palhada ou com pouca palha, cultivo após gado e áreas com palhada residual de canola. Além disso, o professor e pesquisador destaca que a nível de campo, é possível observar que em cultivos irrigados, tem-se a amenização desse efeito, sendo essa, uma possível medida de intervenção.



Visando atenuar esse problema, Madalosso destaca que se deve realizar um manejo preventivo, visando trabalhar com condições de boa cobertura do solo para a semeadura da soja, especialmente se tratando do uso de cultivares que apresentaram a característica de quebramento na safra anterior.

Confira abaixo o vídeo com as dicas e contribuições do Professor e Pesquisador Marcelo Madalosso.


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Referências:

CORRÊA-FERREIRA, B. S. et al. QUEBRA DE PLANTA DE SOJA NO ESTADO DO PARANÁ. Embrapa, Documentos, n. 277, 2006. Disponível em: < https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPSO-2009-09/27136/1/doc277_quebra_plantas.pdf >, acesso em: 25/01/2022.

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