Rio Grande do Sul: Com a maior disponibilidade pela colheita, os compradores estão mais retraídos
A colheita transformou o mercado gaúcho de milho: os compradores estão mais retraídos, com a maior disponibilidade e os vendedores, capitalizados, decidem também não vender, à espera de preços melhores.
A maioria dos compradores ainda oferece R$ 82/82,00 para a compras de lotes. No picado, os preços chegam a R$ 85,00.
Mas, a maioria dos vendedores está também capitalizado e prefere esperar. Sabem da escassez do produto e da perspectiva de alta do milho no primeiro semestre de 2021, o que torna mais difícil a compra.
Além disso, como já informamos na última sexta-feira, há dois navios programados para carregar em Rio Grande nos dias 2 e 3 de fevereiro, respectivamente 63.000 e 20.000 toneladas. São os Navios “Jhonny P” e “Tomini Nobility”, o primeiro para o Vietnã e o outro para mais de um porto. Além da seca, houve exportação de milho que enxugou ainda mais as disponibilidades locais.
Assim como SC, o RS tem um déficit ao redor de 2,43 milhões de toneladas, acima das 3,57 milhões de toneladas que deverá produzir no total da temporada.
Santa Catarina: Epagri estima em 2,34 MT, redução de 19,4% na safra do estado
Os preços continuam: R$ 86,00 base Campos Novos, R$ 87,00 para cima na região de Chapecó e R$ 85,00 na região de Canoinhas.
Os vendedores locais continuam pedindo R$ 90,00/saca.
Mesmo assim, o preço do milho paraguaio continua competitivo e há ofertas disponíveis e há negócios feitos. Também há ofertas no Mato Grosso do Sul (da safrinha de 2020, com um lote negociado hoje), Paraná e Rio Grande do Sul, que estão colhendo suas safras de verão.
Paraná: Mercado continua retraído nesta terça-feira
Com vendedores e compradores se estudando todos os dias, os mercados avançam muito lentamente. Sem a referência da B3 ficou mais difícil ainda para os grandes compradores movimentar preços (a menos que fosse para baixo) e as indicações seguem as mesmas para o início desta terça-feira.
Preço de comprador do milho spot se manteve em R$ 80,00 nos Campos Gerais, mas com poucas ofertas. Vendedor continua pedindo R$ 83,00/saca ou mais. Sem indicação nas fábricas dos Campos Gerais.
Milho futuro manteve não teve indicações em Paranaguá para fevereiro/março de 2021.
Indicação de comprador manteve a cotação do dia anterior em R$ 76,00 para março/abril de 2021, posto fábrica.
Indicações para a Safrinha 2021 na Ferrovia, em Maringá, entrega Agosto com pagamento 04/09/21 subiu para R$ 64,30.
No Porto de Paranaguá, milho Safrinha entrega 15/06 a 15/07 com pagamento 30/08/21 a R$ 69,70; entrega Agosto com pagamento em 05/09/21 aR$ 70,20.
Mato Grosso do Sul: Agricultores mais atentos à safra de soja do que à venda de milho
Os agricultores mato-grossenses do Sul estão mais atentos à chuvas que ocorrem em seu estado e que são benéficas para a soja do que ativos na comercialização de milho.
A semana continua com preços inalterados, para os grandes compradores de dentro e de fora do estado. Com as chuvas existe a possibilidade de melhora da produtividade, que vinha sendo comprometida até o momento.
O último Relatório Granos informa que a Safrinha de 2020 (ainda sendo comercializada no estado) já atingiu 78,60% das 10,68 milhões de toneladas produzidas naquela safra.
Minas Gerais: Mercados continuam travados, compradores subiram mas vendedores não cedem
O mercado de milho continua travado, com poucos negócios de lotes, apenas abastecimento de granjas, aceitando preços dos vendedores. Os grandes compradores estão fora de mercado ou oferecendo preços mais baixos.
Vendedores pedindo R$ 80,00 e compradores subindo preços para R$ 78,00/saca.
Com isto o mercado mineiro continuou vazio de negociações conhecidas, nesta segunda-feira. Minas Gerais foi um dos raros estados onde a produção da safra 2021 tem previsãode aumento, devendo passar de 7,52 milhões de toneladas para 7,70milhões de toneladas, alta de 2,4%.
Fonte: T&F Agroeconômica