Influência do regime de chuvas
Nesse ano algumas regiões produtoras foram agraciadas com bastante chuva, ainda mais no momento que a planta fez melhor uso. Essa sincronia trouxe assim a promessa de safra abundante que, segundo estimativas do Conab, deve alcançar 95,2 milhões de toneladas.
Um bom exemplo é a região do Centro Oeste, com destaque para cidades com um alto acumulado de chuvas entre janeiro e maio de 2019. Contudo outras regiões, como Linhares no Espírito Santo, tiveram acumulados de chuva na safra de aproximadamente 80 mm entre fevereiro a maio de 2019.
O valor acumulado de chuva de 80 mm é abaixo da média climatológica para o período em Linhares. De acordo com os dados do INMET, esse volume corresponde apenas a 19,3% do volume normal da região.
Manejo da segunda safra
Na região Centro Oeste, o sucesso da colheita da safrinha começa desde a escolha da cultivar, em sua maioria precoce, do manejo da fertilidade do solo, manejo de daninhas, pragas, doenças e a contribuição da chuva bem distribuída nas fases fenológicas do milho.
Em especial, a semeadura do milho pode ser realizada entre janeiro e fevereiro, para evitar altas temperaturas no primeiro mês do ano ou veranicos entre abril e/ou maio, época importante para se obter boa produção.
Necessidade em cada fase
Cada fase do milho possui diferentes exigências e existem pontos críticos que devem ser observados. O período entre a germinação e emergência ideal é em torno de 18°C sem déficit hídrico.
A fase de pendoamento, também denominada de VT, é muito prejudicada pela frequência de alta temperaturas e combinadas com o déficit hídrico levam à assincronia da emissão dos órgãos reprodutivos, o que pode reduzir a produtividade drasticamente.
Já no estágio R1, a alta frequência de temperaturas acima de 35°C reduz a viabilidade dos grãos e a produtividade, sendo consideradas condições favoráveis as temperaturas acima de 16°C e abaixo de 35°C.
E por fim, da formação do grão leitoso ao grão duro, entre as fases fenológicas R2 e R5, uma alta frequência de dias nublados ou déficit hídrico podem reduzir principalmente o peso dos grãos.
Resultados obtidos
De uma maneira geral, as condições para boa produção dessa safrinha atenderam as necessidades do cultivo de forma mais que satisfatória, ocasionando o fenômeno da super-safrinha.
A super-safrinha impacta diretamente o valor do produto no mercado, pois torna a oferta muito grande, fazendo o valor cair.
Muitos agricultores se preocupam com a variação de preço da safrinha, pois ela tem se tornado cada ano mais importante para a renda do produtor rural. A evolução do preço infelizmente ainda não é tão animadora quanto a estimativa desta safra do milho para esse ano.
Caso de sucesso
O consultor agrícola José Domingos, proprietário da Chuva e Sol, é responsável por atender 15 produtores no noroeste do Rio Grande do Sul. Uma de suas maiores preocupações está relacionada ao clima, uma vez que ele influencia diretamente em suas recomendações e resultados na lavoura. Após começar a utilizar a tecnologia da Agrosmart, plataforma de agricultura digital, José passou a contar com informações precisas e em tempo real para as lavouras que atende, gerando mais valor e credibilidade ao negócio. Confira o aumento da produtividade de milho neste case.
Sobre a Agrosmart
Agrosmart, plataforma de agricultura digital líder na América Latina, que oferece informações que auxiliam produtores rurais a tomarem melhores decisões na irrigação, manejo de pragas e doenças, plantio e colheita, aumentando a eficiência da produção. A empresa monitora lavouras, integra diferentes fontes de dados e gera modelos agronômicos e climáticos, com base nas condições de solo, microclima e genética. Da agroindústria à empresas de alimentos e bebidas, a Agrosmart transforma dados em inteligência, tornando a agricultura mais produtiva, sustentável, transparente e resiliente ao clima.
Sobre Mariana Vasconcelos
Mariana Vasconcelos formou-se em Administração pela Universidade Federal de Itajubá/MG (UNIFEI) e está cursando MBA em Agronegócio na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP). Em 2014 fundou a Agrosmart, que monitora plantações para auxiliar o agricultor em uma melhor tomada de decisão, depois de detectar a necessidade de melhorar a agricultura que seus pais tinham, no interior de Minas Gerais. Mariana foi chamada para participar de um programa na Singularity University, escola de inovação da NASA, representando a Agrosmart, além de ter sido convidada pelo Google para ser parte do programa Blackbox Connect e compor um plantel de 18 líderes femininas de 14 países diferentes.
Fonte: Assessoria de imprensa Agrosmart