Em jun/24, a comercialização da soja para a safra 2023/24 alcançou 84,34% da produção em Mato Grosso, avanço de 6,44 p.p. quando comparado com o mês anterior. O volume negociado é 4,83 p.p. maior que o do mesmo período de 2023, no entanto, está abaixo da média dos últimos cinco anos.
O ritmo das vendas em jun/24 está atrelado à valorização do dólar frente ao real, o que impulsionou o preço médio comercializado da soja. Desse modo, o valor da oleaginosa fechou o mês com média de R$ 121,19/sc, valorização de 3,24% em relação a mai/24.
No que tange à safra 2024/25, as negociações em jun/24 chegaram a 20,17% da produção estimada, aumento de 3,66 p.p. ante mai/24, pautado pela necessidade dos produtores em travar os custos para a temporada, vista a aproximação da semeadura no estado. Quanto ao valor da oleaginosa, o preço médio negociado ficou em R$ 108,05/sc, queda de 0,05% ante ao mês passado.
INDICADOR IMEA – MT: o preço da soja em Mato Grosso fechou a semana em R$ 120,75/sc, alta de 1,95% quando comparada com a semana anterior.
CME-GROUP CORRENTE: com as previsões de clima favoráveis nos EUA, o preço da soja na CME- Group para o contrato corrente fechou em US$ 11,59/bu.
DÓLAR CORRENTE: o dólar corrente valorizou 1,69% ante a semana anterior, e fechou na média de R$ 5,58/US$.
Segundo a Secex, as exportações da soja do Brasil para jun/24 exibiram recorde para o mês, enviando 13,95 milhões de t ao exterior
Desse modo, os envios do grão nacional exibiram acréscimo de 3,80% no comparativo mensal e 1,47% em relação ao mesmo período de 2023. Já para o acumulado atual (jan/24 a jun/24), foram escoados 64,14 milhões de t, alta de 2,18% quando comparado com o mesmo período de 2023.
A alta nos envios em 2024 está atrelada à maior demanda da China, que comprou 46,32 milhões de t no acumulado deste ano, participando com 72,22% do volume total exportado pelo Brasil até o momento.
Em relação a MT, o cenário é diferente, o estado enviou 3,75 milhões de t em jun/24, queda de 10,20% ante mai/24 e 21,29% ante jun/23. Analisando o acumulado de 2024, foram enviados 20,78 milhões de t, recuo de 8,07% em relação ao acumulado de 2023.
Por fim, a redução nos envios do estado é pautada pelo recuo de 13,84% na produção na safra 23/24 ante a passada e pela maior demanda interna pela oleaginosa.
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Fonte: IMEA