Os impasses geopolíticos da última semana envolvendo, principalmente, a Rússia e a Ucrânia impulsionaram os preços das commodities no mundo. Para o milho o impacto foi ainda maior, isso porque, de acordo com a última estimativa do USDA, a produção na Ucrânia apresentou um incremento de 5,00% ante o relatório passado, e alcançou 42 milhões de t (6º maior produtor mundial).

Cabe destacar que esse aumento na oferta mundial foi um contraponto ao cenário pessimista visto na América do Sul e, além disso, o relatório apontou que esse volume pressionou as exportações dos EUA, visto que a Ucrânia é um grande exportador de milho para a China.

Diante desse cenário, as cotações do milho na CMEGroup apresentaram elevação de 2,75% e fecharam a última semana com valor médio de US$ 6,23/bu.

Por fim, é valido ressaltar que, para nas próximas semanas, as oscilações do preço do cereal podem continuar sendo influenciados, conforme o mercado acompanha os desdobramentos do impasse.

Confira agora os principais destaques do boletim:

  • Subindo: o preço médio do milho disponível em MT apresentou uma elevação de 6,51% em relação à última semana de levantamento do Imea, ficando cotado na média de R$ 74,25/sc.
  • Aumento: o preço médio na bolsa brasileira também apresentou valorização de 1,05% em relação à semana passada e ficou cotado em média a R$ 100,09/sc.
  • Estável: as cotações do cereal, de acordo com indicador Cepea, apresentaram uma variação de -0,07% em relação à semana passada, com valor médio de R$ 97,67/sc.

Com o avanço na colheita da soja em Mato Grosso, a semeadura do milho para a safra 21/22 segue ritmo acelerado.

De acordo com o levantamento feito pelo Imea, a semeadura do cereal apresentou um incremento na última semana de 16,99 p.p. e totalizou 26,70% das áreas esperadas até a sexta-feira (28/01). Assim, a safra passa a ficar 12,44 p.p. à frente da média dos últimos cinco anos e 24,57 p.p. à frente da safra passada, que neste mesmo período contava com apenas 2,13% das áreas semeadas.

Mesmo com o avanço, as regiões centro-sul, sudeste e oeste ainda estão com o foco voltado para a semeadura do algodão e, segundo informantes, a tendência é de que a evolução nessas regiões ganhe ritmo acelerado a partir de fevereiro.

Por fim, com relação às previsões de chuva, o Tempo Campo estima acumulados expressivos para os próximos sete dias em alguns municípios produtores, o que é um ponto de atenção para os trabalhos no campo na próxima semana.

Fonte: IMEA

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