FECHAMENTOS DO DIA 26/01: O contrato de soja para janeiro23 fechou em leve alta de 1,40% ou $ 21,0 cents/bushel a $ 1523,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 1,22%, ou $ 18,25 cents/bushel a $ 1514,75. A cotação de maio24 fechou em alta de 0,43% ou $ 5,75 cents/bushal a $ 1339,50. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 2,49% ou $ 11,6/ton curta $ 477,1 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em alta de 0,41% ou $ 0,25/libra-peso a $ 60,79.

CAUSAS DA ALTA: Os futuros de soja na CBOT fecharam em alta, nesta quinta feira, impulsionados pelas vendas de exportação dos EUA acima do esperado pelo mercado. Além disso, houve outra venda extra de 106 mil tons parta a China, algo que não ocorria desde 8 de dezembro último. Os ganhos foram limitados pela ocorrência de chuvas na Argentina e pela perspectiva de uma safra maior do que a esperada, no Brasil.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA

EUA AUMENTA ÁREA DE SOJA: S&P Global Commodity Insights vê a área de soja dos EUA em 2023 atingindo 88 milhões de acres (35,61 milhões de hectares). Isso representaria um aumento de 0,6% em relação ao plantio da safra antiga.

EUA-EXPECTATIVA EXPORTAÇÕES: Sobre o relatório semanal de vendas de exportação, os traders esperam que entre 600k MT e 1,2 MMT de soja da safra antiga foram vendidos durante a semana que terminou em 19/01. Espera-se que as encomendas de soja da nova safra fiquem abaixo de 60k MT. Para os produtos, os analistas estimam entre 150k MT e 400k MT de vendas de farelo e menos de 10k MT para óleo de soja. No anúncio oficial, O Departamento de Agricultura do país (USDA) disse que exportadores venderam 1,146 milhão de toneladas de soja da safra 2022/23 na semana encerrada em 19 de janeiro. O volume representa aumento de 16% ante a semana anterior e de 53% em relação à média das quatro semanas anteriores.

EUROPA IMPORTA MENOS SOJA: A UE relatou 6,08 MMT de importações de soja para a temporada até 22/01. Isso está 19% atrás do ritmo da temporada anterior. As importações de colza atingiram 4,26 MMT na temporada, 41% acima do ritmo do ano passado.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Mercado com pequena recuperação com alta expressiva de Chicago, nada de negócios

MERCADO: O mercado do Rio Grande do Sul passa por dia de recuperação, graças à alta expressiva do mercado de Chicago. No entanto, a situação ainda é incerta para os produtores, que enfrentam dificuldades para vender os saldos velhos de soja e não se sentem seguros para firmar contratos futuros para a nova safra.

De acordo com fontes do setor, o domínio absoluto das fábricas tem sido o principal fator limitando as vendas, inclusive no porto. No porto, as indicações para as fábricas foram de R$
178,00 para pagamento em março sobre rodas marcando alta de R$ 2,00/saca. No interior do estado, as indicações foram de R$ 171,00 em Cruz Alta (+ R$ 1,00/saca), R$ 170,00 em Passo Fundo (+R$ 3,00/saca, R$ 170,00 em Ijuí e R$ 172,00 em Santa Rosa / São Luiz (manutenção). Já os preços de pedra em Panambi caíram para R$ 162,00 a saca, retrocedendo em R$ 3,00/saca. Apesar do cenário atual, os produtores esperam que as condições melhorem nos próximos meses, com a entrada da nova safra e a possível recuperação da economia mundial. No entanto, é importante observar que a situação ainda é incerta e pode haver mudanças inesperadas.

SANTA CATARINA: Preços em manutenção, dia sem diferença e com poucos negócios

Os preços da soja se mantiveram estáveis hoje, com cotações na faixa de R$ 171,50 a R$ 172,00. Apesar disso, o dia foi marcado pela falta de negociações no mercado, o que tem sido ação para proteção do produtor. De acordo com fontes do setor, a safra está evoluindo muito bem, com poucas perdas, o que deverá garantir uma produção satisfatória. A quebra de safra não será significativa, apesar da estiagem ter sido maior no oeste do estado, onde as condições são mais secas. Com isso, os produtores esperam que a situação melhore nos próximos meses, com a entrada da nova safra. Até o momento, as informações mais positivas são Intenções de compra até 173,00 para o janeiro com pagamento final de fevereiro e 173,00 pagamento final de abril, mas sem volumes fechados.

PARANÁ: Preços continuam em queda mesmo diante das valorizações de Chicago

Mesmo diante das valorizações de Chicago, os preços da soja no Paraná continuam em queda. Um dos principais aspectos que seguem impedindo que a soja brasileira tenha o apoio necessário é a parada do mercado chinês que ainda se encontra em feriado, outra questão marcante é a melhora das expectativas sobre a Argentina. No mercado de soja, os preços variam entre as regiões do interior e do porto. No interior, começando pela região de Ponta Grossa, as ofertas são de R$ 160,00 no balcão. Para futuro, os preços foram de R$ 168,00 para entrega em janeiro e pagamento em 03/02, R$ 170,00 para entrega em janeiro e pagamento em 22/03, e R$ 171,00 para entrega em janeiro e pagamento em 10/03, todas as posições marcaram queda de R$ 2,00/saca.

Além disso, Cascavel, Maringá e Pato Branco, em preços de produtor, seguem na mesma posição a R$ 155,00/saca. No porto de Paranaguá, as ofertas são de R$ 172,00 para entrega em fevereiro e pagamento em 30/03, e R$ 173,00 para entrega em fevereiro e pagamento em 05/05, ambos marcando perda de R$ 1,00/saca. As indicações de preço para a safra 2023 também variam entre regiões. No interior posto de Ponta Grossa, o preço nominal indicado é de R$ 168,00 para entrega em março/abril e pagamento em maio de 2023, marcando queda de R$ 2,00/saca.

Já no posto de Paranaguá, a indicação é de R$ 172,00 para entrega em fevereiro/março e pagamento em abril de 2023, também marcando redução de R$ 2,00/saca. Com as quedas expressivas vistas ontem e a falta de negócios, é esperado que o mercado continue instável nos próximos dias. Quanto as cotações internacionais do complexo de soja de hoje, o SOJA GRÃO subiu 1,40%, o FARELO subiu 2,49% e o ÓLEO subiu 0,41%. O dólar, por sua vez, caiu 0,11%, cotado a R$ 5,0545.

MATO GROSSO DO SUL: MS continua marcando quedas expressivas e se desvaloriza em mais R$ 2,00/saca

Mato Grosso do Sul registrou mais um dia de quedas expressivas nos preços da soja, com desvalorizações de até R$ 3,00/saca. Os principais fatores que impactam o mercado são a possibilidade de estoques argentinos serem maiores e a soja futura ficar mais barata, além da queda do dólar. Apesar disso, a reação do mercado é muito especulativa e baseada em fundamentos, e os indicadores ainda podem trazer a soja bastante cara mais para frente, fazendo com que muitos agricultores e traders esperem para ver como a situação se desenrola antes de fazer negociações. O dia foi marcado por poucas fixações de preços e nenhuma negociação, deixando o mercado em um estado de incerteza. Atualmente, os preços da soja após as desvalorizações são os seguintes: Dourados a R$ 155,00 (-R$ 2,00/saca) Maracaju a R$ 156,00 (-R$ 2,00/saca), Sidrolândia a R$ 153,00 (-R$ 2,00) Campo Grande a R$ 157,00 (-R$ 2,00) São Gabriel a R$ 153,00 (-R$ 2,00) Chapadão do Sul a R$ 153,00 (-R$ 3,00)

MATO GROSSO: Marca recuperação parcial das quedas expressivas de ontem, negócios seguem no mínimo

O mercado de soja no estado de Mato Grosso enfrentou mais um dia parado em termos de comércio e com recuperações consideráveis de até R$ 3,00/saca devido às valorizações de Chicago. Ainda assim, não houve negociações significativas no mercado local. Além disso, chuvas têm sido vistas por todo o estado, o que atrapalha um pouco a colheita, mas esta tem ocorrido em ritmo dentro da normalidade para o período do ano em que estamos. Ademais, o produtor continua extremamente inseguro para se livrar da soja velha.

A variedade de condições climáticas e a diferença de produção entre as regiões podem ser algumas das principais razões para essa insegurança. Neste cenário o produtor segue mais defensivo, sem efetuar grandes volumes em negócios e isso serve como termômetro dos próprios preços também. Os preços atuais são os seguintes: Campo Verde a R$ 146,00 (+R$ 2,00/saca). Lucas do Rio Verde a R$ 144,00 (+R$ 2,00/saca). Nova Mutum a R$ 148,00 (+R$ 2,00/saca). Primavera do Leste a R$ 150,00 (+R$ 3,00/saca). Rondonópolis a R$ 149,00 (+R$ 2.00/saca) e Sorriso a R$ 144,50 (+R$ 2,00/saca).

MATOPIBA: Dia dividido entre altas e baixas, mercado segue sem praticamente nenhuma resposta

Com o mercado seguindo sem praticamente nenhuma resposta. Em Balsas, no Maranhão, as cotações marcaram alta, fechando a R$ 151,50 (+R$ 0,60/saca). o Porto Franco-MA registrou baixa expressiva, fechando a R$ 151,00 (-R$ 2,50/saca). Pedro Afonso, que agora substitui Porto Nacional nas cotações, após desvalorização, trouxe o valor de R$ 145,90 (-R$ 4,00/saca). Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 154,00 sem diferenças e em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, o preço ficou a R$ 158,00 também sem novas atualizações.

A situação na região de MATOPIBA é bastante complexa em relação à produtividade, pois, assim como nas demais posições do Brasil, ela cresce ano a ano, mas as dificuldades de estrutura, inovação e transporte tem sido um importante obstáculo nesses momentos de perda de valor.

Fonte: T&F Agroeconômica



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