FECHAMENTOS DO DIA 12/01: O contrato de soja para janeiro23 fechou em alta de 0,95% ou $ 14,50 cents/bushel a $ 1529,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 1,50%, ou $ 22,75 cents/bushel 0 $ 1519,25. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 1,58% ou $ 8,0/ton curta a $ 513,0 e o contrato de óleo de soja para março fechou em alta de 1,38% ou $ 0,86/libra-peso a $ 63,25.
CAUSAS DA ALTA: Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta quinta-feira, após dados de produção nos Estados Unidos que vieram abaixo da expectativa do mercado; também os estoques trimestrais foram reduzidos. Por outro lado, a produção do Brasil foi aumentada e a da Argentina, foi reduzida. A alta foi completada pelo recuo do dólar e pela alta do petróleo.
RELATÓRIO DO USDA:
OLEAGINOSAS EUA: Produção de oleaginosas nos EUA para 2022/23 é estimada em 126,0 milhões de toneladas, queda de 2,0 milhões em relação ao relatório anterior sobre safras menores de soja, girassol, canola e amendoim.
SOJA EUA: Produção de soja é estimada em 4,276 bilhões de bushels (116,37 MT), queda de 69 milhões (1,88 MT) liderada por reduções para Missouri, Indiana, Illinois e Kansas. A área colhida é estimada em 86,3 milhões de acres (34,92Mha), queda de 0,3 milhão em relação ao relatório anterior. O rendimento é estimado em 49,5 alqueires por acre (3.300 kg/hectare), 0,6 bushels a menos.
A previsão de exportação de soja é reduzida em 55 milhões de bushels para 2,0 bilhões (54,43 MT), refletindo menor oferta, menor demanda de importação para a China e uma previsão de exportação mais alta para o Brasil. Com menor oferta apenas parcialmente compensada por exportações reduzidas, os estoques finais são projetados em 210 milhões de bushels (5,71 MT), 10 milhões abaixo da previsão anterior. O preço médio da safra de soja dos EUA para 2022/23 é projetado em US$ 14,20 por bushel, alta de 20 centavos. O preço do farelo de soja é projetado em $ 425 por tonelada curta, alta de 15 dólares. A previsão do preço do óleo de soja permanece inalterada em 68 centavos de dólar por libra.
SOJA MUNDO: As projeções de oferta e demanda externa de soja 2022/23 incluem estoques maiores e menores produção, esmagamento e comércio. Os estoques iniciais foram aumentados devido a uma revisão em cima para Safra brasileira de soja 2021/22 que atinge 129,5 milhões de toneladas, impulsionada por aproveitamento acima do esperado até o final do ano local. Produção estrangeira de soja 2022/23 foi reduzida em 1,3 milhão toneladas, uma vez que a menor produção da Argentina e do Uruguai foi parcialmente compensada pela maior produção de China e Brasil.
A safra de soja da Argentina foi reduzida em 4 milhões de toneladas, para 45,5 milhões em baixa área e calor no início da temporada e condições de clima seco. A safra de soja da China foi aumentada 1,9 milhão de toneladas para 20,3 milhões em relatórios do Escritório Nacional de Estatísticas da China. Do Brasil a safra foi aumentada em 1,0 milhão de toneladas para 153,0 milhões com área superior. O esmagamento da soja estrangeira 2022/23 foi reduzido em 2,0 milhões de toneladas principalmente para Argentina e China.
O esmagamento da Argentina foi reduzido devido à menor oferta, enquanto o esmagamento da China foi reduzido em um ritmo menor do que o esperado durante o primeiro trimestre do ano comercial. A compensação parcial é maior esmagamento de soja do Brasil. As exportações estrangeiras de soja foram reduzidas com menores exportações da Argentina, que foram parcialmente compensados por maiores exportações para o Brasil. As importações da China foram reduzidas 2 milhões de toneladas para 96 milhões devido à menor demanda de esmagamento. Com estoques iniciais mais altos e uso, os estoques finais globais de soja aumentaram 0,8 milhões de toneladas para 103,5 milhões.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Dia de baixas expressivas, nada de negócios no porto
MERCADO define, afinal, seu caminho e passa por nova baixa de preços. Ad expectativa segue sendo a de que isso será temporário, pois os fundamentos de Chicago indicam a soja bastante cara mais para frente, com estoques menores do que o esperado. No entanto, por enquanto, as variações cambiais têm dado direção aos movimentos e as quedas do dólar puxam os preços para baixo. O preço portuário de hoje foi deixado estável, mas a informação mais correta é a de que não houve novas fixações. Isso se deve ao fato de que as tradings passam por um período de baixíssima competitividade se comparado com o mercado interno.
PROBLEMAS DE SAFRA: Alguns problemas estão sendo enfrentados. Segundo a Emater-RS A cultura está sendo implantada, mas a evolução da semeadura não afetou a proporção estadual, que permaneceu em 96%. Cerca de 80% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, mas há variações devido a diferenças nos teores de umidade do solo. Onde há déficit hídrico, as plantas apresentam menor crescimento e amarelamento, e há risco de morte em áreas com solo raso.
Em áreas com chuvas, as plantas estão em melhores condições. 19% das lavouras estão em floração, mas precisam de umidade para evitar o abortamento floral. A produtividade está diminuindo em algumas regiões devido à falta de chuvas, mas ainda é incerto se essas perdas serão permanentes ou não. Dado o panorama, vamos aos preços: No porto, não houve novas indicações de preços, os R$ 187,00 deixados na tabela ao lado são apenas simbólicos. No interior, todas as posições marcaram quedas de expressividade variada, com Santa Rosa sendo a menos afetada ao se desvalorizar em R$ 1,00/saca e ir a R$ 183,00.
Ijuí marcou perda de R$ 2,00/saca, indo a R$ 183,00 e Passo Fundo caiu em R$ 3,00/saca, indo a R$ 182,50. Cruz Alta por sua vez se desvalorizou em R$ 2,50/saca e caiu a R$ 182,00.
SANTA CATARINA: Mercado passa por baixa de R$ 1,00/saca, nada de volumes negociados
Alta de preços de SC recebe uma força de parada com a expressiva desvalorização do dólar. Além disso, nada de reportes de negócios. A demanda segue alta por todo o Brasil e a preocupação com o clima e qualidade da sagra também, no entanto, a esses preços os vendedores saem. No cenário repleto de dúvidas de hoje não há muito para se julgar em um mercado que já tem escoamento lento pela maior porção do ano, os produtores desejam valores mais altos. São francisco do Sul a R$ 181,00 após queda de R$ 1,00/saca.
PARANÁ: Mercado se desvalorizando, sem fixações em Paranaguá
De forma análoga ao que foi visto no RS, Paraná se desvaloriza, com o porto mantendo-se sem fixações, isso é um sintoma das desvalorizações presentes nesse momento. Embora os preços estejam claramente passando por quedas, bastante expressivas por sinal, isso é reflexo da paridade preço internacional, ou seja, do câmbio norte americano, pois em termos de grãos o sentido é oposto, valorizações consideráveis estão ocorrendo. Ademais, o escoamento de negócios não tem sido expressivo, e as preocupações com o clima e as projeções de preços ainda são evidentes, assim como nas demais regiões, o produtor aguarda preços melhores.
A demanda permanece robusta e, portanto, mesmo em dias de incerteza, a estabilidade dos preços não foge muito do padrão, quedas mais expressivas foram vistas em Ponta Grossa hoje, mas isso é reflexo também dos dias em que deveria haver queda, mas não ocorreu por conta da forte demanda, mesmo que a demanda ainda seja forte, está diminuindo lentamente.
Quanto às cotações internacionais, o complexo de soja fechou com a soja grão a +0,95%, farelo +1,58% e óleo a +1,38%. O dólar segue marcando quedas e perdeu -1,55%, cotando a R$ 5,1005. PREÇOS NO PORTO FUTUROS: preços sem indicação, os ultimos valores foram com a indicação mais próxima a R$ 180,00, fevereiro trouxe preços a R$ 173,50, Março a R$ 171,00 e Abril a R$ 169,00. PREÇOS NO INTERIOR: Ponta Grossa marcou queda expressiva de R$ 5,00/saca, indo a R$ 173,00. Cascavel e Maringá passaram por desvalorização de R$ 1,00/saca indo a R$ 161,00. Pato Branco acompanhou, indo também a R$ 161,00.
MATO GROSSO DO SUL: Quedas gerais de R$ 3,00/saca, nada de negócios
Mercado parece ter entrado em baixa novamente, mas sem sair do canal onde esteve pelo ultimo mês. Os preços de hoje representam um fundo que já havia sido visto semana passada, reflexo apenas das variações de dólar que tem afetado a região com maior intensidade do que Chicago. Ainda assim, diferente das demais posições as quedas não fugiram a regra, a demanda segue pesada sobre a soja e por isso a condição de perda de valor não se aprofunda. Apesar disso, nesse contexto de quedas de preços muitos produtores ainda não estão satisfeitos com os preços e por isso seguem concentrados no campo. Esses são os preços da soja após desvalorização de R$ 3,00/saca: Dourados a R$ 170,00. Campo Grande a R$ 170,00. Maracaju a R$ 169,00. Sidrolândia a R$ 168,00. Chapadão do Sul a R$ 167,00.
MATO GROSSO: Queda expressiva em Sorriso, poucos movimentos no geral
Assim como visto nos demais estados estudados nesse relatório, o dia foi de baixas, mas diferente das demais posições, essas baixas atingiram apenas algumas das regiões aqui. Embora o dólar continue a se desvalorizar devido a perspectiva pessimista dos investidores em relação a inflação norte americana, os subprodutos de soja de forma geral se valorizam, isso porque a condição das plantações é preocupante e espera-se um estoque inferior. Neste cenário de constantes desvalorizações o produtor segue mais defensivo, sem efetuar grandes volumes em negócios. Os preços atuais são os seguintes: Campo Verde a R$ 158,00. Lucas do Rio Verde a R$ 152,30, Nova Mutum a R$ 151,00 (queda de R$ 4,50). Primavera do Leste a R$ 158,00, Rondonópolis a R$ 160,00 (queda de R$ 2,50) e Sorriso a R$ 149,50 (baixa de R$ 4,00).
MATOPIBA: Dia dividido entre altas e baixas
Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado marcando alta expressiva de R$ 4,00/saca e indo a R$ 161,00. O Porto Franco-MA marcou queda de R$ 1,50/saca e foi R$ 152,50. Pedro Afonso que agora substitui Porto Nacional nas cotações trouxe valor de R$ 149,90, marcando nova perda de R$ 2,00/saca. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 161,00, marcando manutenção. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 160,00, também com novas perdas de R$ 3,00/saca.
Fonte: T&F Agroeconômica