FECHAMENTOS DO DIA 04/01: O contrato de soja para janeiro23 fechou em nova queda de 0,60% ou $ 9,0 cents/bushel a $ 1478,25. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,50%, ou $ 9,0 cents/bushel a $ 1491,50. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 1,19% ou $ 5,7/ton curta a $ 482,50 e o contrato de óleo de soja para março fechou em queda de 0,08% ou $ 0,5/libra-peso a $ 63,15.

CAUSAS DA QUEDA: O mercado de soja aprofundou as perdas do dia anterior. O avanço das infecções por Covid na China transmite pessimismo do lado da demanda. Petróleo com quedas importantes adicionou fraqueza. A evolução do clima na América do Sul é acompanhada de perto, com previsões complicadas para a Argentina.


FATORES QUE INFLUENCIARAM A CBOT:

a) As inspeções de soja para exportação nos EUA foram fixadas em 1,46 MT, elevando o total de 22/23 inspeções para 28,63 MT;

b) Exportadores privados relataram novas vendas de 124.000 toneladas de soja para entrega a desconhecidos durante a safra 22/23;

c) Demanda na China continua preocupante com aumento de casos de Covid e questões econômicas;

d) As margens de esmagamento da China caíram;

e) Centro e norte do Brasil ainda parecem favoráveis (em termos de condições climáticas);

f) A soja de março na bolsa de Dalian da China está em torno do equivalente a US$ 19,65 por bushel (contra US$ 14,8 em Chicago).

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA

EUROPA-IMPORTAÇÕES: A União Europeia informou 5,52 MMT de importações de soja para a temporada de 1º de julho a 1º de janeiro. Isso fica 16% abaixo do ano passado. As importações de colza aumentaram 38% ano/ano, com 3,73 MMT. As importações de farelo de soja foram de 8,04 MMT para a temporada, em comparação com 8,3 MMT no ano passado.

EUA-ESMAGAMENTO MENOR EM NOVEMBRO: Os dados mensais de Gorduras e Óleos mostraram que os esmagadores usaram 5,16 mt de soja em novembro, queda de 3,6% em relação a outubro e uma queda de 0,6% maisleve do que em novembro de 21. Até o primeiro trimestre, foram esmagados 20,34 mt de soja. Isso é 55,79 miltons a mais do que o ritmo da temporada passada – com o WASDE de dezembro prevendo um aumento de 1,12 MT ano/ano. O ritmo da atual temporada é de 24,7% da previsão atual, precisando de um ritmo de 5,12 MTmês.

BRASIL EXPORTA MENOS SOJA EM DEZEMBRO: Os dados das exportações brasileiras mostraram 2.019 MMT de exportações de soja em dezembro. Isso se compara a 2.712 MMT em dezembro de 21.

BIODIESEL: PRODUÇÃO DE SOJA E DE RENOVÁVEIS SINALIZA PARA MERCADO PRÓSPERO EM CINCO ANOS

Apesar das incertezas em relação ao cenário externo e das dúvidas no curto prazo quanto ao aumento da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel fóssil no Brasil, as perspectivas para o mercado do biocombustível melhoram expressivamente quando acrescentamos alguns anos à conta, afirmam analistas do setor. O Rabobank espera que a safra brasileira de soja alcance 165 milhões de toneladas em 2026/27, ante cerca de 150 milhões previstas para 2022/23. A soja é a principal matéria-prima para produção do biodiesel, o que sugere um bom cenário. “Eu acredito que o Brasil está muito bem posicionado e está muito competitivo. No médio prazo, em cinco anos poderemos ter um cenário positivo (para o biodiesel)”, ressalta a analista de Grãos e Oleaginosas do Rabobank Brasil, Marcela Marini.

BOAS PERSPECTIVAS PARA OS PREÇOS DA SOJA A PARTIR DE 2023: Aumento da demanda de soja em grão para a produção de biodiesel, que deverá crescer 50% sobre os atuais B10, para chegar ao B15 a partir de março de 2023 e abertura do mercado chinês para o farelo brasileiro, são dois fatores que deverão impulsionar os preços da soja em 2023. “Não adianta aumentar a demanda apenas para o óleo, porque o esmagamento produz óleo e farelo. Por isto, esta abertura para a exportação de farelo para a China é tão importante”, afirmou Luiz Carlos Pacheco, Analista Sênior da TF Agroeconômica. “O ideal é abrir mais mercados para o farelo que será produzido a mais no Brasil”, concluiu.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Perda de R$ 2,00/saca no porto, interior em manutenção


Mercado segue apático, com fábricas no interior mais competitivas do que as tradings no porto. Hoje, os preços passaram por poucos movimentos e o mercado em si também foi menos volátil do que o de ontem, com o principal aspecto de mudança ainda sendo o dólar. Estimativas trazidas pelo mercado a respeito das perdas de potencial produtivo da safra causam insegurança financeira. Até o momento, as perdas não chegam a 1% do total, no entanto, indicam problemas climáticos que afetam todo o Sul do país. As perdas devem afetar consideravelmente o Rio Grande do Sul se a condição for mantida.

Além disso, o mercado financeiro como um todo se vê passando por expressivas inconsistências devido às tensões políticas internas no Brasil, havendo um trade-off entre a compra/venda de mercadoria e o investimento desse capital. Todas as decisões são cautelosamente pesadas. Ainda assim, a demanda interna volta a aumentar com a entrada de janeiro e deve encontrar nova expressão mais para o meio do mês. Dado o panorama, vamos aos preços: No porto, preço passa por manutenção e segue a R$ 189,00. No interior, todas as posições marcaram expressiva alta, com Ijuí e Passo Fundo marcando altas de R$ 3,00/saca e indo a R$ 185,00. Cruz Alta superando ao se valorizar em R$ 4,00/saca e ir a R$ 186,00. Santa Rosa por fim, se valorizando um pouco menos ao subir em R$ 2,0/saca e ir a R$ 185,00.

SANTA CATARINA: Permanece parado, nada de negócios

Os preços de Santa Catarina se mantêm firmes e estáveis sem grandes variações sendo vistas em um escopo de quase 3 semanas. Embora tenham sido observadas boas altas no Dolar no dia de ontem, Chicago marcou quedas, no dia de hoje o cenário respondeu de forma mais amena, com quedas sendo vistas em ambas as frentes, mas ainda sem resultados em SC.

PARANÁ: Dia de poucos movimentos, pequena queda em Ponta Grossa

O mercado de hoje apresentou um panorama mais negativo, apesar das expectativas de perdas de safra no Paraná. A demanda, no entanto, ainda atua como uma barreira para que as quedas observadas em Chicago e no dólar afetem o mercado. Apesar disso, os volumes de negócios continuam sendo pouco expressivos, o que deve continuar enquanto não houver interesse estratégico em realizar transações. É esperado que o mercado de grãos experimente altas expressivas de preço em breve, já que a soja Argentina já vendeu 80% de seu volume total de estoque. Antes de tomar quaisquer decisões, é importante observar o cenário fundamentalista, levando em consideração as condições climáticas e a competitividade do mercado. Além disso, é preciso estar atento ao cenário político volátil do Brasil com a posse do novo presidente. Diante de todos esses fatores, ninguém deseja mergulhar de cabeça no mercado no momento. Dado o panorama, vamos as cotações internacionais: o complexo de soja fechou com a soja grão a -0,60%, farelo +1,19% e óleo a -0,08%. O dólar, por sua vez, passou por alta de +0,005%, cotando a R$ 5,4524.

PREÇOS NO PORTO FUTUROS: preços passaram por manutenção, com a indicação mais próxima a R$ 181,00, fevereiro trouxe preços a R$ 174,50, Março a R$ 172,00 e Abril a R$ 171,00. PREÇOS NO INTERIOR: de forma geral também viu manutenções, apenas Ponta Grossa marcou perda de R$ 1,00/saca, indo a R$ 183,00. Cascavel, maringa e Pato Branco se mantiveram respectivamente a R$ 169,00, R$ 169,00 e R$ 168,00, sem variações.

MATO GROSSO DO SUL: Dia ausente de novos movimentos

O mercado de soja do Mato Grosso do Sul segue funcionando como dito nos relatórios de dias anteriores, passando por pequenas quedas e manutenções, seguido de altas simbólicas, manutenção e novas quedas, em outras palavras, não há movimento consolidado. Há mais de um mês, os preços não fogem dessa regra, apesar de oscilarem e, às vezes, se distanciarem por algumas sessões, mas sempre retornando aos níveis anteriores. Neste cenário, muitos produtores optaram por não fixar preços e se concentrar na colheita de outros grãos. Além disso, a maioria espera por valorizações para metade de janeiro e, por isso, não estão dispostos a negociar além de volumes bem dispersos. Vamos aos valores de soja: Dourados a R$ 170,00. Campo Grande a R$ 170,00. Maracaju a R$ 169,00. Sidrolândia a R$ 168,00. Chapadão do Sul a R$ 167,00.

MATO GROSSO: Mercado passa por dia ausente de movimentos, negócios saindo

Após as altas valorizações observadas ontem, o mercado de soja em Mato Grosso parece ter alcançado um ponto em que os produtores se sentem satisfeitos o suficiente para começar a escoar suas mercadorias. No entanto, ainda não foi registrado um escoamento expressivo, e as negociações seguem muito lentas, mas finalmente começam a tomar forma. Algumas compras foram efetuadas em Campo Verde e Primavera a valores próximos de R$ 172,00, embora o volume exato não seja conhecido. Além disso, algumas dessas transações foram realizadas por meio de trocas de mercadoria e não de fato por troca financeira. Enquanto isso, alguns produtores aproveitam o período mais tranquilo para iniciar a colheita, que já chega a 1% de seu volume máximo. Vamos aos valores: Campo Verde a R$ 173,00. Lucas do Rio Verde a R$ 149,60, mantendo-se. Nova Mutum a R$ 154,00. Primavera do Leste a R$ 172. Rondonópolis, por sua vez, a R$ 170,00. Sorriso, por fim, a R$ 153,50.

MATOPIBA: Dia de pouca mudança, mercado totalmente apático

Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado marcando manutenção e mantendo-se a R$ 163,00. O Porto Franco-MA marcou alta pouco expressiva de R$ 1,50/saca e com isso o preço foi a R$ 163,50. Pedro Afonso que agora substitui Porto Nacional nas cotações trouxe valor de R$ 158,40, vendo manutenção. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 161,00, marcando manutenção. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 164,00, também sem mudanças de preços.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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