FECHAMENTOS DO DIA 16/02: O contrato de soja para janeiro23 fechou em alta de 0,05% ou $ 0,75 cents/bushel a $ 1526,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 0,11%, ou $ 1,75 cents/bushel a $ 1521,25. A cotação de maio24 fechou em alta de 0,49% ou $ 6,75 cents/bushel a $ 1370,25. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 0,06% ou $ 0,3/ton curta $ 491,4 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em alta de 1,09% ou $ 0,66/libra-peso a $ 61,90.
CAUSAS DA LEVE ALTA: Os futuros da soja fecharam praticamente estáveis, em um mercado condicionado pelo andamento da safra recorde no Brasil. Os EUA perderiam sua janela temporária para exportar. Na Argentina, especula-se sobre novos ajustes no rendimento e na produção devido às altas temperaturas recentes e à falta de chuvas.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 16/02
EUA-EXPORTAÇÃO SEMANAL DE SOJA: O relatório semanal de vendas de exportação do USDA mostrou que 512.802 toneladas de soja da safra antiga foram vendidas, o que estava dentro do intervalo das estimativas. Na semana passada, 374k MT foram vendidos, mas na mesma semana do ano passado foram 1.317 MMT reservados. Os principais compradores da semana foram China (incluindo 252k MT trocados de desconhecido) e México (incluindo 47,5k MT trocados de desconhecido). O relatório semanal também teve 260k MT de vendas de novas safras, principalmente para a China. Os compromissos de safra antiga foram de 1.767 bbu (48,09 MT), correspondendo ao ano passado e 89% da previsão WASDE. Os compromissos de safra nova ficaram em 42,7 mbu (1.162,08 mil tons), ante 165 mbu (4,49MT) no mesmo período do ano passado.
EUA-EXPORTAÇÃO SEMANAL FARELO/ÓLEO: Para os produtos, os dados da FAS tiveram 295.853 MT de vendas de farelo, com 271k para 22/23 e 25k para entrega 23/24, e 8,3k MT de vendas de óleo de soja. As estimativas pré-relatório foram de 300k MT para farelo e 10k MT para óleo para 22/23.
BRASIL-SOJA: COM SECA NO RIO GRANDE DO SUL, PREVISÃO DE SAFRA NO PAÍS CAI PARA 150,9 MT: A consultoria AgRural revisou para baixo sua previsão de safra de soja no Brasil, referente ao ciclo 2022/23. Em boletim publicado há pouco, a empresa agora prevê a colheita de 150,9 milhões de toneladas da oleaginosa, queda de 2,1 milhões de toneladas em relação à projeção de janeiro, que era de 152,9 milhões de toneladas, e de 2,8 milhões de toneladas ante a estimativa de dezembro (153,6 milhões de toneladas). A nova estimativa baseia-se em área de 43,3 milhões de hectares e produtividade média de 58,1 sacas por hectare.
O corte na produção, segundo nota da consultoria, ocorre em razão de nova redução na estimativa da safra de soja gaúcha, calculada agora em 16,1 milhões de toneladas, queda de 4,3 milhões de t ante a projeção de janeiro. “Naquela ocasião, a AgRural já havia cortado a produção gaúcha em 1,1 milhão de toneladas devido à estiagem – que desde então se agravou devido às altas temperaturas e à manutenção do padrão irregular das chuvas”, diz, na nota. A consultoria observa, porém, que a quebra da safra no Rio Grande do Sul tem sido parcialmente compensada pela alta produtividade esperada em outros Estados, com destaque para Mato Grosso, Goiás e Norte/Nordeste.
SOJA GLOBAL: IGC REDUZ EM 7 MT PRODUÇÃO GLOBAL DE SOJA: Para a soja em 2022/23, o IGC diminuiu a estimativa de produção em 7 milhões de toneladas, baseando-se na redução da perspectiva de safra da Argentina e dos Estados Unidos. A previsão passou de 385 milhões de toneladas estimadas em janeiro para 378 milhões de toneladas no relatório atual, em comparação com os 356 milhões de toneladas de 2021/22. A projeção de consumo da soja foi diminuída em 2 milhões de toneladas em relação a janeiro, para 374 milhões de toneladas, ante 366 milhões de toneladas no ciclo anterior. Já a projeção de estoques caiu para 49 milhões de toneladas, ante 54 milhões de toneladas previstas em janeiro. O volume do estoque final de soja de 2021/22 foi mantido em 45 milhões de toneladas.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Preços recuam até R$ 1,00/saca por todo o interior, nada de negócios
O mercado de soja no Brasil está sofrendo quedas nos preços em todo o país, segundo relatos do interior. Os preços caíram em média R$ 1,00/saca em diversas regiões do interior, e praticamente não se reportaram negócios no mercado futuro (abril/maio). NO PORTO: A indicação de preço para pagamento em março é de R$ 178,00 sobre rodas no melhor momento. Isso representa uma diferença de cerca de R$ 6,00/saca em relação aos preços de pedra em Panambi, que caíram para R$ 163,00 a saca. NO INTERIOR: as indicações de preços são um pouco menores do que no porto, variando de R$ 172,00 a R$ 173,00 em algumas cidades como Cruz Alta, Passo Fundo, Ijuí, Santa Rosa e São Luiz. No entanto, esses preços ainda estão bem acima dos valores observados em Panambi. Todas as regiões marcaram baixa igual de R$ 1,00/saca.
A lentidão no mercado de soja disponível é evidente, com os produtores fixando apenas aquilo que é essencial para a manutenção de sua família e propriedade. Isso pode ser explicado pela nova estimativa de safra apresentada pela RTC-Fecoagro, que aponta para quebras na soja de 43% sobre a expectativa inicial de 22,44 MT, o que indica que a safra no RS será de apenas 12,8 MT. O ciclo da soja também está atrasado, o que indica que a colheita em março será muito pequena. Apesar das dificuldades enfrentadas pelo mercado de soja, ainda é possível fazer uma safra na casa de 14,0 MT, mas só o tempo dirá se isso ocorrerá. Veremos em breve se os números apresentados pela RTC-Fecoagro serão comprovados, ou não, com a colheita, o que significa que os preços da soja podem continuar a sofrer flutuações no futuro próximo.
SANTA CATARINA: Alta expressiva de R$ 4,00/saca no porto, alguns negócios
Os preços do mercado registraram um dia de recuperação expressiva, mas sem fundamentos muito claros, visto que os prêmios são fortemente pressionados no momento. Isso pode partir de um surgimento de demanda interno para necessidade de manutenção das fábricas, pois o produtor se mostrou confortável em permanecer guardando a soja até o momento, sem perdas expressivas na safra. As negociações de hoje alcançaram 2,100 toneladas, quantidade considerável para esse momento de completo controle de oferta, mas que não representa muito em termos gerais para os estoques do Estado. No porto de São Francisco do Sul, os preços atingiram R$ 177,00 hoje, passando por alta de R$ 4,00/saca para março.
PARANÁ: Perda pontual de R$ 1,00/saca em Ponta Grossa, nada de negócios
No Paraná, o mercado de soja spot registrou perda pontual de R$ 1,00/saca em Ponta Grossa, mas as demais posições permaneceram paradas, sem variação de preços. Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 162,00 no balcão, R$ 172,00 cif Ponta Grossa com entrega em fevereiro e com pagamento em 15/03 e R$ 173,00 cif POG entrega em fevereiro com pagamento em 30/03. NO PORTO: as indicações para soja spot registraram manutrenção, com cif Paranaguá a R$ 174,00 com pagamento em 30/03 e entrega em fevereiro, e cif Paranaguá a R$ 175,00 com pagamento em 30/04 e entrega em fevereiro. NO INTERIOR: Além dos movimentos vistos em Ponta Grossa e destacados no começo, temos manutenções de preços em Cascavel, Maringá e Pato Branco, com as duas primeiras permanecendo a R$ 158,00 e a ultima a R$ 157,00.
SAFRA 2023: há uma indicação de preço nominal de R$ 174,00 posto Ponta Grossa para entrega em março/abril e pagamento em maio de 2023. Enquanto no porto, a indicação é de R$ 176,00 posto Paranaguá para entrega em fevereiro/março e pagamento em abril de 2023. No momento, não há muitos negócios sendo reportados no mercado de soja no Paraná, e os preços estão em um patamar mais baixo. É importante acompanhar as próximas semanas para avaliar se haverá alguma mudança significativa nos preços e na disponibilidade de negócios.
AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja marcou pouca variação, com o grão de soja subindo +0,05%, o farelo subindo +0,06% e o óleo subindo +1,08%. Já o dólar voltou a cair em -0,15%, sendo cotado a R$ 5,2115 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Quedas gerais de até 1,00/saca, nada de negócios
Mato Grosso do Sul passou mais um dia sem movimentos expressivos no mercado, com a semana seguindo o foco no campo e com pouca atenção dada às negociações. O mercado continua pouco motivado a efetuar novas transações, e a fixação de preços tem sido um desafio para os produtores, mesmo em dias de alta. Como tem ocorrido em outras regiões do país, os produtores do MS têm se sentido inseguros em abrir mão de seus estoques, tanto de soja velha quanto de soja nova, devido à incerteza sobre a disponibilidade futura. Além disso, os produtores parecem estar aguardando preços de pelo menos R$ 160,00 para começar a negociar com mais intensidade.
Os preços praticados na região seguem em queda, com reduções gerais de até R$ 1,00 por saca. Em Dourados, os preços foram cotados a R$ 155,00 (baixa de R$ 1,00/saca), em Maracaju a R$ 153,00 (queda de R$ 1,00/saca), em Sidrolândia a R$ 153,00 (alta única de R$ 1,00/saca), em Campo Grande a R$ 155,00 (queda de R$ 1,00/saca), em São Gabriel a R$ 152,00(queda de R$ 1,00/saca), e em Chapadão do Sul a R$ 151,00(queda de R$ 1,00/saca).
MATO GROSSO: Altas de preços de até R$ 3,00/saca motivadas pelo crescimento da demanda
Mato Grosso registrou um dia altas gerais, mas permanecendo sem efetuar novos negócios. O foco permanece notavelmente na colheita de milho que acaba por deixar a soja de lado e avança a passos largos. De forma análoga a praticamente todo o ultimo mês, o produtor segue totalmente calmo em relação ao mercado, pois sabem que as expectativas são de super safra para a região, com esse sucesso absoluto a maioria deve aguardar a confirmação da situação argentina que ao piorar deixa os estoques mundiais cada vez menores e gera preços cada vez maiores para o produtor mato-grossense. Nota-se, no entanto que esse movimento não será inicialmente claro, a priori veremos os preços sendo pressionados pelos prêmios por conta da própria super safra. PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 153,00 (alta de R$ 1,68/saca). Lucas do Rio Verde a R$ 147,59 (alta de R$ 2,41/saca). Nova Mutum a R$ 152,00 (alta de R$ 2,00/saca). Primavera do Leste a R$ 152,51 (alta de R$ 0,49/saca). Rondonópolis a R$ 155,06 e Sorriso a R$ 151,00 (alta de R$ 2,00/saca).
MATOPIBA: Dia de poucos movimentos, quedas de até 4,00/saca em MA
Dias seguem quase que completamente vazios, progressão natural visto que as últimas sessões trouxeram variações de preços cada vez mais pontuais, exceto por reajustes de preço. As varrições no MA vistas hoje até são consideráveis, mas não geram efetivamente nenhuma mudança no mercado, em especial pela inconsistência. PREÇOS PRATICADOS: Em Balsas, Maranhão, as cotações fecharam em R$ 151,00, registrando baixa de R$ 4,30/saca. No Porto Franco-MA, também marcou pontos negativos ao cair R$ 2,00/saca e ir a R$ 155,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço ficou a R$ 151,90, sem mudança. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 160,00 marcando manutenção. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 153,50, também sem variações.
Fonte: T&F Agroeconômica