FECHAMENTOS DO DIA 10/01: O contrato de soja para janeiro23 fechou em leve alta de 0,43% ou $ 6,50 cents/bushel a $ 1510,0. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,28%, ou $ 4,25 cents/bushel a $ 1489,25. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 0,84% ou $ 4,2/ton curta a $ 500,9 e o contrato de óleo de soja para março fechou em queda de 1,22% ou $ 0,78/libra-peso a $ 63,13.

CAUSAS DA ALTA: Os futuros da soja fecharam em queda, aguardando os resultados dos relatórios do Wasde, vendas externas, relatório trimestral de estoques e o relatório da Conab” nesta quinta-feira. O mercado espera que o USDA aumente os estoques de soja dos EUA de 5,99 MT para 6,42MT. O enfraquecimento do dólar e o tempo seco na Argentina limitaram as perdas.

FATORES QUE INFLUENCIARAM A CBOT:

a) A soja foi negociada em alta, já que o clima na Argentina esteve quente e seco, mas tem chances muito melhores de chuva em vários dias esta semana;

b) Exportadores privados registraram vendas de 174.181 toneladas de grãos para entrega ao México no ano-safra 22/23;

c) O petróleo bruto estava inicialmente sendo negociado em alta esta manhã, mas caiu trazendo o óleo de soja para baixo, mas o farelo de soja está ligeiramente mais alto;

d) Apesar dos preços mais baixos, as margens de esmagamento estão subindo, dando aos processadores mais incentivos para comprar grãos à vista e mantendo a demanda doméstica forte.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 10/01

ESTIMATIVAS DE ESTOQUE: Os entrevistados da pesquisa estão esperando que a contagem de grãos do NASS, em estoque, chegue a 3.162 bbu (86,05 MT) em 1º de dezembro. Isso seria superior aos 3.151 bbu (85,75 MT) do ano passado, apesar de uma produção menor de 119 mbu (3,24 MT). A gama completa de estimativas está entre 3,088 bbu (84,04 MT) e 3,466 bbu (94,33 MT). A demanda do primeiro trimestre está implícita em 1,458 bbu (39,68 MT) descontando importações e/ou ajustes de produção.

EXPORTAÇÕES SEMANAIS EUA: Os dados das inspeções semanais mostraram que 1.438 MMT de soja foram embarcados na semana encerrada em 05/01. Isso caiu 37k MT em relação à semana anterior, mas aumentou 452k MT em relação à mesma semana do ano passado. O USDA listou o Golfo como a principal região de exportação de soja da semana, com a China como principal destino. As exportações acumuladas de soja foram listadas como 30 MMT de acordo com os dados semanais, ou seja, um atraso de 5,3% em relação ao ritmo do ano passado.

BRASIL-TOTAL JÁ NEGOCIADO: Uma consultoria brasileira relatou que 43,7MMT, ou ~36,5% da produção esperada, de soja tinha sido vendida pelos agricultores até 1/06, em comparação com a média de 41%. O Adido Agrícola do USDA no país elevou sua estimativa para a produção de soja do Brasil para 153 MMT.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Dia de completa manutenção de preços e negócios

O mercado de soja tem se mantido estável, com fábricas localizadas no interior do país mostrando-se mais competitivas do que as empresas de comércio no porto. Hoje, o dólar apresentou desempenho abaixo do esperado, devido às pressões causadas pela divulgação da inflação de dezembro e, além disso, Chicago também se manteve levemente negativo. Em geral, o dia pode ser considerado de desvalorizações, mas a demanda fortalecida tem desempenhado um papel importante na manutenção dos preços estabilizados. Além disso, o clima ainda é uma preocupação devido à possibilidade de perdas na colheita, embora até o momento essas perdas não tenham ultrapassado 1% do total. Se essa situação continuar, o Rio Grande do Sul pode ser significativamente afetado por essas perdas.

Dado o panorama, vamos aos preços: No porto, não houve novas indicações de preços, os R$ 187,00 deixados na tabela ao lado são apenas simbólicos. No interior, todas as posições marcaram manutenção, com exceção de Santa Rosa que se desvalorizou em R$ 1,00/saca e foi a R$ 184,00. Ijuí e Passo Fundo permanecem a R$ 185,00. Cruz Alta a R$ 186,00.

SANTA CATARINA: Preços passa por alta, volumes negociados

Finalmente o ano parece ter começado para a soja catarinense. Claro que alguns outros volumes saíram anteriormente, mas curiosamente, nesse dia sem positividade expressiva por parte do mercado internacional, os preços se elevaram em R$ 2,00/saca e volumes levemente melhores saíram, tanto no porto de São Francisco do Sul a R$ 179,00 quanto da soja catarinense no porto de Paranaguá.

PARANÁ: Preços em manutenção, negócios parados

O mercado de grãos mantém-se estável, sem variações significativas de preços, algo recorrente nos últimos tempos. O escoamento de negócios não tem sido expressivo, e as preocupações com o clima e as projeções de preços ainda são evidentes. No entanto, a demanda permanece robusta e, portanto, mesmo em dias de incerteza, a estabilidade dos preços é mantida. A volatilidade do mercado financeiro tem sido moderada, contudo, os dados de inflação dos EUA e as repercussões políticas em Brasília ainda são uma fonte de preocupação.

A dinâmica da soja também tem afetado o mercado, pressionado pelo clima, especialmente na região sul do país, incluindo Paraná e pela especulação de estoques. Contudo, é esperado que o mercado de grãos experimente aumentos expressivos de preços em breve, já que a Argentina já vendeu mais de 80% de sua produção de soja.

Quanto às cotações internacionais, o complexo de soja fechou com a soja grão a -0,18%, farelo -0,36% e óleo a -0,90%. O dólar também teve uma desvalorização considerável de -0,94%, cotando a R$ 5,2030. PREÇOS NO PORTO FUTUROS: preços passaram por manutenção, com a indicação mais próxima a R$ 180,00, fevereiro trouxe preços a R$ 173,50, Março a R$ 171,00 e Abril a R$ 169,00. PREÇOS NO INTERIOR: Ponta Grossa marcou manutenção, mantendo-se a R$ 178,00. Cascavel e Maringá também repetiram seus preços, permanecendo a R$ 164,00. Pato Branco manteve-se em R$ 164,00.

MATO GROSSO DO SUL: Preços imóveis, nada de negócios

Como mencionado em relatórios anteriores, o mercado de soja no Mato Grosso do Sul tem apresentado oscilações, com pequenas quedas, altas simbólicas e manutenções, sem um movimento consistente. mais de um mês, os preços têm seguido essa tendência, embora às vezes variem por alguns dias, mas sempre retornando aos níveis anteriores. Os preços de hoje mostram momento de imobilidade, mesmo que devesse ocorrer desvalorização se seguido a risca o que ocorreu no mercado internacional. O que ocorre é claro e se repete por todas as posiões estudadas nesse relatório: a demanda interna impede que essa lógica se aplique corretamente. Nesse cenário, muitos produtores continuam não fixando preços e focados na colheita de outros grãos. Vamos aos valores de soja: Dourados a R$ 170,00. Campo Grande a R$ 170,00. Maracaju a R$ 169,00. Sidrolândia a R$ 168,00. Chapadão do Sul a R$ 167,00.

MATO GROSSO: Poucos movimentos registrados, alta amena em Lucas do Rio Verde

Em geral, a estabilidade de preços no Estado de Mato Grosso tem se mantido, com pequenas divergências dependendo da região. A forte demanda tem conseguido manter os preços estáveis mesmo diante de pressões negativas. Embora o dólar tenha voltado a se desvalorizar e os subprodutos da soja tenham perdido levemente o valor nas cotações de Chicago, o mercado está respondendo à demanda com maior intensidade, impossibilitando que essas tendências tenham algum reflexo na região. Neste cenário, alguns produtores aproveitam o período pacífico para iniciar a colheita, que segue avançando de forma gradual. Os preços atuais são os seguintes: Campo Verde a R$ 170,00, Lucas do Rio Verde a R$ 150,80 (alta de R$ 1,30), Nova Mutum a R$ 150,00, Primavera do Leste a R$ 168,00 (perda de R$ 2,00), Rondonópolis a R$ 170,00 (sem alteração) e Sorriso a R$ 149,00.

MATOPIBA: Dia de perdas de até R$ 3,00/saca

Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado marcando manutenção e mantendo-se a R$ 63,00. O Porto Franco-MA marcou expressiva queda  de R$ 3,00/saca e foi R$ 157,00. Pedro Afonso que agora substitui Porto Nacional nas cotações trouxe valor de R$ 151,90, após quedas de também R$ 3,00/saca. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 161,00, marcando manutenção. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 163,00, com perda de R$ 1,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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