FECHAMENTOS DO DIA 23/06: O contrato de soja para julho23 fechou em baixa de -0,40% ou $ -6,00 cents/bushel a $ 1494,50. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -2,20%, ou $ -29,50 cents/bushel a $ 1310,00. A cotação de maio24 fechou em baixa de -1,61% ou $ -21,50 cents/bushel a $ 1310,50. O contrato de farelo de soja para julho fechou em baixa de -3,30% ou $ -14,50 ton curta a $ 410,7 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em alta de 2,17% ou $ 3,89/libra-peso a $ 57,94.

CAUSAS DA BAIXA: A soja negociada em Chicago fechou o dia em baixa, e com altas e baixa no fechamento semanal. Após altas expressivas no começo da semana, o mercado devolveu os ganhos nos dois últimos dias, principalmente para as cotações futuras. Parte do movimento de baixa foi por realização de lucros pelos Fundos de Investimento, parte foi pelo boletim climático indicar chuva para áreas com déficit hídrico nos próximos dias. Tanto a soja, quanto o milho estão operando em um “mercado climático” que reage de forma abrupta e com grande oscilação em poucos dias a depender da previsão do tempo. Com isso Chicago fechou em alta semanal para julho23 de 1,91% ou $28,00 cents/bushel e baixa de -2,40% ou $-32,25 cents/bushel para novembro23. Técnicos (novembro)

Os contratos futuros de soja para novembro atingiram a mínima de ontem e as vendas aceleraram durante a manhã, o que levou os preços a território negativo durante a semana. Agora estamos nos aproximando do suporte, que descrevemos no relatório de ontem como 1295-1302 1/2. Assim como no caso do milho, continuamos acreditando que é prudente que os produtores administrem o risco nesses níveis. Lembre-se de que também temos um relatório trimestral do USDA na próxima semana, que historicamente levou a grandes oscilações de preços. Tomar opções de venda (CALL) continuam a ser uma excelente ferramenta e vale a pena considerar para aqueles que desejam alguma proteção de curto prazo. Viés: Neutro/Baixa, Viés da Sessão Anterior: Neutro/Baixo, Resistência: 1364 3/4**, 1381-1387***, Pivô: 1335-1341 1/4, Suporte: 1295-1302 1/2***, 1250-1258

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA

CANAL DO PANAMÁ- ÁGUAS MUITO RASAS: As águas rasas devido à seca estão forçando o Canal do Panamá a expandir as restrições aos maiores navios que utilizam a hidrovia, aumentando os custos de frete marítimo de grãos e tudo o mais que passa pelo Canal. El Niño no trabalho. Por este canal passa toda a soja e milho americanos embarcados no Golfo e toda a soja e milho embarcadas no Arco Norte do Brasil.

ARGENTINA-SEGUNDO MAIOR IMPORTADOR MUNDIAL DE SOJA: O mercado não percebe que a Argentina se tornou o segundo importador mundial de soja depois qu a seca reduziu a produção em 30 milhões de toneladas. Claro, o Brasil teve uma safra enorme, mas 20 a 30 milhões de toneladas vão para a Argentina. A produção total de soja na América do Sul em 2023 é, na verdade, menor do que o esperado quando a safra foi plantada.

EUA-AGRICULTORES VENDENDO MUITO: Um agricultor, Mike, no nordeste de Ohio, enviou para nosso correspondente nos EUA a seguinte mensagem, que mostra que aproveitaram as altas da semana e venderam: “O comerciante de grãos de nossa cooperativa regional reivindica na quinta-feira passada um recorde em volume de compras que foi batido na sexta-feira e parece ser batido novamente hoje. Os agricultores estão vendendo grandes volumes neste rali em Ohio, pois recebemos chuvas para manter nossa safra crescente”.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Semana encerra próxima aos níveis anteriores, comercialização avança bem

CONTEXTO DO DIA: Semana se encerra praticamente sem alterações nos preços, e no ritmo de comercialização adequado em comparação com as demais regiões do relatório. Players de mercado estimam que a comercialização tenha atingido 46% de uma safra estimada em 15,0 milhões de toneladas no estado. Destaque para aproximadamente 700.000 tons de soja vindas de outros estados até o momento, parte com destino a ser elevada em Rio Grande, parte para esmagamento. Comprador está olhando julho em diante, com foco maior já no agosto, e começa a mirar também o setembro. NO PORTO: No porto melhor preço do dia foi de R$ 145,00 para 25/07, marcando queda manutenção. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço passou por alta de R$ 0,50/saca, indo a R$ 138,50. Em Ijuí o valor foi a R$ 138,10, subindo em R$ 0,60/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço caiu em R$ 0,20/saca e foi a R$ 137,80. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 138,10, subindo R$ 0,60/saca.

SANTA CATARINA: Preço parado, negócios seguem lentos

CONTEXTO DO DIA: Santa Catarina segue parada na evolução dos preços, marcando manutenção para o dia de hoje depois de mais um dia irrelevante. Apesar da aparente falta de presença do mercado a comercialização segue avançando bem já tendo chego aos 46% segundo fontes internas. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 140,00 para abril com entrega imediata, marcando manutenção.

PARANÁ: Semana finalizada no mesmo nível de sexta-feira passada, negócios fluindo

CONTEXTO DO DIA: Da mesma forma como visto nas demais regiões estudadas nesse relatório, não há pressão atípica por parte dos negócios, que seguem fluindo a ritmo normal e se aproximam dos 50% de comercialização, o que é bom, pois ocasiona na liberação doss armazéns, mas tem impactos negativos para o agente do mercado, pois faz com que poucas ações de qualquer tipo sejam tomadas por um longo período. De forma geral, os próximos 2 meses já estão fechados em termos de necessidade de soja, fazendo com que o mercado congele. NO PORTO: cif Paranaguá marcou queda de R$ 3,00/saca, indo a R$ 138,00 com pagamento em 30/07 e entrega em julho. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou manutenção, permanecendo a R$ 130,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, os valores também não se moveram, permanecendo a R$ 120,00, R$ 120,00 e R$ 119,00 respectivamente. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 127,00, marcando manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações divididas, com o grão de soja passando por baixa de 0,40%, o farelo em baixa de 3,30% e o óleo em alta de R$ 0,89%. O dólar por sua vez marca alta de 0,12%, sendo cotado a R$ 4,7779 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Preços se valorizam em R$ 2,00/saca, negócios parados

CONTEXTO DO DIA: Da mesma forma como visto nas demais posições do relatório, os preços de MS voltaram aos níveis de semana passada nessa sexta-feira, nem um pouco mais altos ou mais baixos. Esse padrão para se repetir na soja nesse momento em especial devido a conjuntura do mercado financeiro. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram alta de R$ 2,00/saca – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 123,00, em Maracaju a R$ 122,00, em Sidrolândia a R$ 121,00, em Campo Grande a R$ 124,00 e em Chapadão do Sul a R$ 120,00.

MATO GROSSO: Preços caem novamente, negócios bem lentos

CONTEXTO DO DIA: Após as últimas informações trazidas pelo IMEA e a situação da safra norte americana o mercado não retornou aos níveis pré relatório, terminando a semana em desvalorização relativa. PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 110,16 marca baixa de R$ 0,85/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 107,21, com baixa de R$ 1,08/saca. Nova Mutum a R$ 108,07, com baixa de R$ 1,06/saca. Primavera a R$ 111,89 após baixa de R$ 0,89/saca. Rondonópolis a R$ 113,66 após baixa de R$ 0,84/saca. Sorriso, por fim, a R$ 106,26, após baixa de R$ 1,11/saca.

MATOPIBA: Mercado em queda, desvalorizações de até 1,50/saca

CONTEXTO DO DIA: Novamente, assim como a maioria das regiões do Brasil, o mercado do complexo de MATOPIBA não parou em situação diferente da semana anterior, passando por todo esse período marcando flutuações seguido de retornos dia após dia. Apesar desse contexto, sempre que leves altas ocorriam o fluxo de negócios acelerava levemente, a safra não teve complicações e por conta disso a comercialização está a par das demais regiões em termos percentuais. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 118,00, desvalorizando-se em R$ 0,50/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 118,50, queda de R$ 1,50/saca. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 113,50 após queda de R$ 1,40/saca. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 115,00 após queda de R$ 1,00/saca. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 114,00, com queda de R$ 1,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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