FECHAMENTOS DO DIA 31/05: O contrato de soja para julho23 fechou em alta de 0,25% ou $ 3,25 cents/bushel a $ 1299,75. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -0,56%, ou $ -6,75 cents/bushel a $ 1146,75. A cotação de maio24 fechou em baixa de -0,58% ou $ -6,75 cents/bushel a $ 1165,00. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 0,20% ou $ 0,8 ton curta a $ 393,4 e o contrato de óleo de soja para julho fechou estável a $ 46,20.
CAUSAS DO MIX: Apesar da correção técnica para julho23, que fechou em leva alta, a soja negociada em Chicago manteve a tendência de queda para os meses futuros nessa quarta-feira. Os dados do USDA divulgados no dia anterior, após o fechamento da sessão, mostram que 83% da área pretendida de soja foi semeada nos EUA, ante 65% da média histórica. O avanço do plantio com boas condições climáticas pressionaram a cotação. A valorização do Dólar frente o Real e a queda dos óleos vegetais e petróleo também foram fatores baixistas nessa quarta-feira.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 31/05
CHINA-COMMERZBANK-PMIS SUGEREM QUE CHINA CONTINUA A PERDER FORÇA, SOBRETUDO NA INDÚSTRIA: O Commerzbank afirma que a leitura oficial do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da China sugere que a economia do país “continua a perder impulso, após indicadores desapontadores em abril, especialmente para a indústria”. O banco diz que o impulso em serviços se mantém, mas o ritmo aparentemente diminui após um primeiro trimestre forte.
BRASIL-AgRESOURCE ELEVA PREVISÃO DE PRODUÇÃO MILHO DO BRASIL EM 2022/23: A AgResource Brasil, filial da empresa norte-americana AgResource Company, revisou as estimativas de produção e exportação de soja e de milho do País para a temporada 2022/23. Para a soja, a consultoria elevou em 1,2 milhão de toneladas a previsão de produção brasileira, para 155,15 milhões de toneladas, devido aos melhores rendimentos proporcionados pelas condições favoráveis nos principais Estados, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, assim como encerramento da colheita com recorde de produção. Além disso, a AgResource Brasil passou a projetar que a exportação de soja do Brasil chegará a 97 milhões de toneladas, aumento de 500 mil toneladas ante a previsão anterior, por causa da forte demanda global e do impacto da estiagem na Argentina, que fará com que o país “busque fontes brasileiras para suprir necessidades internas”. Ainda de acordo com a consultoria, a decisão do governo de aumentar a mistura do biodiesel para 12% coloca o esmagamento interno no patamar de 55,5 milhões de toneladas, gerando assim uma relação estoque/uso final de 4,1%.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Dia de quedas de até R$ 2,50/saca, negócios lentos
CONTEXTO DO DIA: A Volatilidade segue sendo a marca no mercado de soja nos últimos dias, o anuncio de que 9 membros da OPEP diminuirão a produção de petróleo permitiu a soja recuperar-se em mais de U$ 0,20 p/bu hoje no pregão, dando alguma oportunidade para que a comercialização evoluísse um pouco mais. Porém, do lado do produtor, o dia foi de mau humor, haja visto que os preços de pedra caíram (R$ 3,00), refletindo o mercado de ontem. NO PORTO: a indicação de preço para pagamento em maio é de R$ 141,00 sobre rodas no melhor momento, marcando manutenção. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço passou por manutenção, seguindo a R$ 134,00. Em Ijuí o valor foi a R$ 133,50, marcando baixa de R$ 0,50/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço passou por baixa de R$ 3,00/saca, indo a R$ 132,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço também passou por manutenção, permanecendo a R$ 133,50.
SANTA CATARINA: Sem variação de preços, negócios parados
CONTEXTO DO DIA: Preços seguem em terreno negativo em Santa Catarina. Embora os preços não tenham caído hoje, o fato de não terem melhorado diante de movimentações positivas do mercado é um mal sinal de que a estrutura interna do estado está indecisa sobre o que fazer. O mercado tem tido notável volatilidade e poucos negócios saem. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 136,50 para abril com entrega imediata, marcando queda de R$ 4,50/saca.
PARANÁ: Desvalorizações na casa dos R$ 2,00/saca, negócios seguem lentos
CONTEXTO DO DIA: Mais um dia parado no mercado paranaense, preços se desvalorizam de forma geral mesmo diante da recuperação da soja em Chicago. Apesar dos preços em queda, a movimentação dos preços segue sem gerar mudanças significativas no cenário que já fomos capazes de observar na semana passada. Os preços brasileiros estão sendo impactados pela melhora no clima dos Estados Unidos e por consequência a expectativa de maior oferta para o fim da safra. NO PORTO: cif Paranaguá marcou queda de R$ 2,00/saca, indo a R$ 133,00 com pagamento em 30/07 e entrega em julho. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou queda de R$ 4,00/saca, indo a R$ 126,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, os valores marcaram baixa de R$ 2,00/saca, indo a R$ 118,00, R$ 118,00 e R$ 117,00. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 125,00, marcando baixa de R$ 1,00/saca. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por altas, com o grão de soja passando por alta de 0,25%, o farelo em alta de 0,20% e o óleo em manutenção. O dólar por sua vez marca alta de 0,61%, sendo cotado a R$ 5,0730 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Preços em manutenção, 20.000 toneladas negociadas
CONTEXTO DO DIA: Produtor finalmente se vê obrigado a efetuar negócios, sejam volumes em parte por necessidade de manutenção das propriedades ou por liberação dos armazéns e bons negócios são efetuados hoje, com 20.000 toneladas sendo escoadas mesmo em um nível de preços considerado baixo. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram manutenção – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 120,00, em Maracaju a R$ 119,00, em Sidrolândia a R$ 118,00, em Campo Grande a R$ 120,00 e em Chapadão do Sul a R$ 117,00.
MATO GROSSO: Dia sem movimentos de preços, negócios seguem constantes
CONTEXTO DO DIA: Dia de pouca ação, com produtores e traders observando as movimentações do mercado extraordinariamente volátil. O dia fechou com valorizações tanto da parte de Chicago quanto do dólar, mas essas altas muito amenas ainda não atingirem os preços do Brasil. Apesar dos produtores aguardarem preços melhores, sempre há bons volumes saindo das regiões, pois assim como a safra de soja veio enorme, a de milho também será uma super safra, por isso é necessário manter essa consistência no escoamento. PREÇOS PRATICADOS: os preços de hoje marcaram manutenção: Campo Verde a R$ 106,51. Lucas do Rio Verde a R$ 111,53. Nova Mutum a R$ 112,69. Primavera a R$ 116,45. Rondonópolis a R$ 118,88. Sorriso, por fim, a R$ 110,76.
MATOPIBA: Preços congelados, assim como o mercado
CONTEXTO DO DIA: No caso destas regiões, pouco muda em períodos de tempo de oferta mais controlada, o mercado de MATOPIBA segue calmo e sem muita informação extra a dar, os negócios se mostram bastante lentos e os relatórios são sempre “mais do mesmo”. Não se sabe com precisão quanto volume de fato é escoado na região, mas percentualmente também esta acima dos níveis de RS que se atrasou de mais. PREÇOS PRATICADOS: no dia de hoje o mercado permaneceu sem movimentos. Balsas a R$ 117,00. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 120,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi a R$ 116,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 122,00. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 115,00.
Fonte: T&F Agroeconômica