FECHAMENTOS DO DIA 31/05
O contrato de soja para julho24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,39%, ou $ -4,75 cents/bushel a $ 1205,00; A cotação de setembro24, fechou em baixa de -0,37 % ou $ -4,50 cents/bushel a $ 1203,50. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 0,30 % ou $ 1,1 ton curta a $ 364,7 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em baixa de -0,44 % ou $ -0,20/libra-peso a $ 45,52.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou o dia e a semana em baixa, mas o acumulado do mês em alta. As vendas para o mercado externo são o maior ponto de pressão na CBOT. Enquanto os grãos brasileiros estão entrando no mercado, com o real desvalorizado em relação ao dólar, as vendas americanas não emplacam.
As vendas totais das duas safras em de 336,3 mil toneladas teve 11% destinado aos portos chineses, maior comprador da soja no mundo. O mercado ainda espera chuvas para os próximos dias nas áreas de plantio nos EUA, o que pode melhorar os rendimentos, visto que o ritmo de semeadura se mantém em linha com a média histórica.
Segunda-feira será divulgado o relatório de esmagamento de abril, onde os analistas esperam uma redução de 13,9% do volume total em relação a março e 6,1% em relação ao mesmo mês de 2023.
Com isso a soja fechou o acumulado da semana em baixa de -3,45% ou $-43,00 cents/bushel e alta de 3,61% ou $42,00 cents/bushel no mês. O farelo caiu -5,64% ou $21,80 ton curta na semana e subiu 3,64% ou $12,80 ton curta. O óleo de soja ganhou 1,27% ou $ 0,57 libra/peso, no mês a alta foi de 5,84% ou $2,51 libra/peso.
Análise semanal da tendência de preços
FATORES DE ALTA
- a) Atrasos no plantio do Meio-Oeste dos EUA. O último relatório do USDA registra que o plantio está em 68%, contra 78% na mesma época do ano passado, embora à frente dos 63% da média histórica;
- b) Muito além das perdas nos campos, a crise do segundo maior produtor de soja do Brasil, também deu suporte aos preços, principalmente internos. As chuvas afetaram grãos estocados em armazéns e silos, e a infraestrutura necessária para retirar a produção dos campos, transportá-la, processá-la e exportá-la. Quanto ao grão, segundo a Emater, a área colhida no Estado alcançou 94%, e os 6% restantes da lavoura estão em maturação. “Nas áreas em colheita, além das perdas por grãos germinados, mofados e pela debulha natural, que aumentam a cada dia de atraso, os custos têm sido elevados em razão da colheita em solo úmido”, destacou a Emater. Conforme a empresa, a entrega da soja nas unidades de secagem e armazenamento também está comprometida, “em razão da alta umidade dos grãos, muitas vezes próxima a 30%;
- c) No Brasil, a grande demanda por farelo de soja para o setor de carnes, um dos mais pujantes do agro brasileiro, veio se juntar à demanda por óleo de soja para biocombustível e fez os preços do grão subirem 6,77% no mês, mas recuaram 1,37% na semana. Já os preços do farelo subiram mais: 17,10% no mês e 0,58% na semana. As indústrias esmagadoras estão cobrindo os estoques de julho e agosto e a disponibilidade está ficando cada vez menor.
FATORES DE BAIXA
- a) vendas fracas dos EUA: vendas externas dos Estados Unidos vieram mais próximos do piso das estimativas do mercado e, também pesaram sobre os contratos. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) exportadores venderam 329,4 mil toneladas de soja da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 23 de maio. O volume representa aumento de 18% ante a semana anterior, mas queda de 5% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para o ano comercial 2024/25, foram vendidas 6,9 mil toneladas. A China comprou 71,1 mil toneladas do volume total, de 336,3 mil toneladas. Analistas esperavam vendas totais entre 250 mil e 700 mil toneladas.
- b) As perspectivas da soja no mercado internacional, que afetam as exportações brasileiras, são de baixa a médio e longo prazo, impulsionadas pelo aumento dos estoques finais, que passaram de 100,53 MT na safra 22/23, para 111,78 MT na safra 23/24 e estão previstos para serem 128,50 MT na safra 24/25.
Fonte: T&F Agroeconômica
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