As vendas da pluma para a safra 20/21 ampliaram 1,55 p.p. no mês de agosto, alcançando
82,52% da produção. Em relação ao valor da fibra, o preço valorizou 4,20% ante a jul., ficando cotado a uma média de R$ 142,68/@, devido ao avanço do dólar, menor disponibilidade da pluma e a forte demanda do mercado doméstico.
Para a safra futura (21/22), a comercialização alcançou 40,29% da produção, avanço de 5,69 p.p. em relação a julho, pautado pelo aumento do preço da pluma na bolsa de Nova York.
Assim como para a safra 20/21, o alto patamar do dólar em conjunto com a forte demanda no período, impulsionou o preço médio do ciclo 21/22 em MT — valorização mensal de 1,76%. Por fim, as primeiras negociações para a safra 22/23 já estão acontecendo em MT de forma adiantada e, no último mês, 3,62% da produção aguardada para a temporada já foi vendida, segundo os informantes do Imea.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Desvalorização: Com a maior oferta da pluma no mercado, o preço Imea apresentou queda de 0,41%, quando comparado à semana passada, cotado a R$ 173,02/@.
- Valorização: A paridade para o contrato dezembro/21 registrou alta de 1,99% quando comparada à semana passada, alcançando R$ 164,56/@.
- Declínio: O preço da torta de algodão apresentou queda de 5,68% ante a semana passada, precificada a R$ 1.668,00/t, devido ao avanço do beneficiamento.
O ritmo do envio da pluma em MT no mês passado foi menor quando comparado a ago.2020.
O mês de ago.21. registrou queda de 62,84% ante a ago.20, enviando apenas 27,21 mil t no mês — contra 73,23 mil t do ano passado. A postergação da colheita do algodão neste ano foi um dos principais motivos do menor volume escoado, contudo, conforme o beneficiamento da produção for avançando, a tendência é que as exportações de pluma comecem a ganhar ritmo.
No que tange aos principais compradores, em agosto a maior parte da demanda veio pelo Paquistão (5,58 mil t) e o Vietnã (5,15 mil t), no entanto, o que chamou a atenção nos números é a tímida participação da grande consumidora mundial, a China. Apesar disso, o acumulado escoado neste ano é 29,69% maior que o do mesmo período do ano passado, totalizando 914 mil t de pluma enviados.
Por fim, é importante destacar que o setor logístico neste ano tem passado por algumas dificuldades, principalmente com a falta de contêiner pelo mundo, o que pode ser um limitador para as exportações.
Fonte: IMEA