FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para maio23 fechou em baixa de -1,28% ou $ -19,00 cents/bushel a $ 1467,00. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -0,99%, ou $ -13,00 cents/bushel a $ 1296,00. A cotação de maio24 fechou em baixa de -1,09% ou $ -14,25 cents/bushel a $ 1296,75. O contrato de farelo de soja para maio fechou em baixa de -0,45% ou $ -2,1 ton curta $ 460,7 e o contrato de óleo de soja para maio fechou, em baixa de -3,02% ou $ -1,75/libra-peso a $ 56,24.

CAUSAS DA BAIXA: A soja e seus derivados fecharam em baixa, visto que os fundos de investimento voltaram a liquidar os contratos da oleaginosa antes da decisão que o Federal Reserve dos Estados Unidos, que será comunicada nessa quarta-feira, sobre aumentar ou não os juros no país. Pelo lado dos fatores agrícolas, a entrada da oferta recorde do Brasil no circuito comercial continuou exercendo influência baixista no mercado. Esse dois fatores foram suplantaram as novas vendas americanas para a China e a perspectiva de quebra da safra argentina.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA

CHINA – CAUSA & EFEITO: A peste suína que atingiu a China há alguns meses e obrigou ao sacrifício de grande parte do seu rebanho reduziu a demanda por farelo de soja e causou problemas nas margens de esmagamento desta oleaginosa no país. Isto levou à redução da demanda junto aos EUA e, agora, com a entrada da janela brasileira, o mercado se volta para o Brasil, reduzindo a demanda norteamericana e as cotações em Chicago. Por outro lado, deveriam subir os prêmios no Brasil, mas o fluxo de soja brasileira para a China neste ano tem ficado abaixo da média da última década. Esta é a situação atual.

CHINA/USDA-AUMENTA IMPORTAÇÃO DE SOJA, MAS DIMINUI AQUISIÇÃO DE FARELO: A representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Pequim disse em relatório que a China deve importar 97 milhões de toneladas de soja no ano comercial 2023/24. O volume representa aumento de 1 milhão de toneladas ante a estimativa para 2022/23, de 96 milhões de toneladas. Apesar da expectativa de maior importação, o escritório do USDA observou que os preços de farelo na China continuam relativamente altos e a demanda, fraca. Por isso, as esmagadoras estão mantendo uma postura cautelosa nas compras do derivado, disse o USDA.

BRASIL-AUMENTA EXPORTAÇÃO DE SOJA E REDUZ AS DE FARELO: A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) aumentou sua projeção de exportação de soja do Brasil em março para 15,388 milhões de toneladas, ante 14,893 milhões de toneladas esperadas na semana passada. No caso do farelo de soja, a redução foi mais acentuada, para 1,787 milhão de toneladas, contra 2,091 milhões de toneladas esperadas uma semana atrás. Na semana de 12 a 18 de março, o Brasil enviou ao exterior 2,860 milhões de toneladas de soja e 356.789 toneladas de farelo de soja. Para a semana de 19 a 25 de março, a Anec projeta embarques de 4,030 milhões de toneladas de soja e 582.071 toneladas de farelo de soja.

RELATÓRIO SEMANAL DA CONAB: em seu relatório semanal, a Conab apontou que a colheita da safra brasileira de soja está em 62,5% da área apta, ante 53,4% no relatório anterior e 70,6% na mesma época de 2022.

FUNDOS APOSTAM NA QUEDA DA SOJA: O último lançamento do CoT mostrou que, em soja-grão, os Fundos tinham 127.661 contratos líquidos comprados em soja em 14/03, queda semanal de 29,7 mil contratos por meio de liquidação longa. Já os traders comerciais de soja adicionaram novos contratos longos para a semana, o que reduziu a venda líquida do grupo em 23 mil contratos para 196,7 mil. O dinheiro administrado também foi confirmado vendendo os produtos. Para o farelo de soja, a liquidação de posições compradas reduziu seu valor líquido em 21 mil contratos para 134 mil. Para o óleo de soja, foi uma nova venda líquida e lançou o grupo de dinheiro administrado a descoberto em 1.189 contratos.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Dia de quedas expressivas de até R$ 5,00/saca

CONTEXTO DO DIA: hoje foi um dia de grandes perdas para a soja, tivemos baixa no câmbio, em Chicago e nos prêmios (que atingiram patamar de U$ 0,60 negativos no abril contra maio). Valores estes que a um bom tempo não se via no mercado. NO PORTO: a indicação de preço para pagamento em maio é de R$ 162,00 sobre rodas no melhor momento. Isso representa baixa de R$ 5,00/saca. NO INTERIOR: nas cidades de Cruz Alta e Ijuí os preços foram respectivamente de R$ 158,00 marcando baixa de R$2,00/saca e R$ 158,00, marcando baixa de R$ 2,00/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz os preços marcaram queda de R$ 2,00/saca e foram a R$ 158,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço caiu R$ 1,00/saca, indo a R$ 159,00.

SANTA CATARINA: Preços seguem em queda, nada de negócios

CONTEXTO DO DIA: preços seguem marcando quedas expressivas diante da queda dos prêmios e crescimento da oferta causada pela super safra em algumas regiões. Diante da decadência dos valores praticados, produtor fecha suas portas e não demonstra vontade de efetuar negócios com fábricas ou tradings. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 162,00 para abril com entrega ainda em março, marcando queda de R$ 3,00/saca.

PARANÁ: Preços em queda pela terceira sessão, negócios parados

CONTEXTO DO DIA: com novas quedas de preços ocorrendo por todo o Brasil, em especial em virtude das quedas de prêmios, produtores param de efetuar negócios de forma praticamente total. Na semana passada, a maioria dos dias foi de demonstrações de quedas nos preços, no entanto com intensidades menores do que o que vimos nestes primeiros dias da semana. NO PORTO: cif Paranaguá a R$ 160,00 com pagamento em 30/03 e entrega em fevereiro marcando queda de R$ 2,00/saca. NO INTERIOR: o mercado de soja spot registrou baixa de R$ 3,00/saca em Ponta Grossa, o que levou seu preço a R$ 156,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, quedas de R$ 1,00/saca. Os preços foram respectivamente de R$ 146,00, R$ 146,00 e R$ 145,00. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 156,00, marcando queda de R$ 2,00/saca. AS

COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja marcou algumas baixas expressivas, com o grão de soja passando por baixa de -1,28%, o farelo em baixa de -0,45% e o óleo em baixa de -3,02%. Já o dólar para queda se recuperando de forma irrelevante em 0,05%, sendo cotado a R$ 5,2457 ao fim do pregão.

RELATÓRIO DERAL: chuvas por toda a semana entre 14 e 17 de março, apenas fim de semana o tempo se acalmou. A soja se encontra 60% colhida no Estado, com 8% em qualidade média e 92% em qualidade boa. Os estágios fenológicos são 1% Floração, 19% frutificação e 80% maturação.

MATO GROSSO DO SUL: Dia de baixas expressivas de até 3,00/saca

CONTEXTO DO DIA: mercado segue lento e sem muitos negócios sendo efetuados. O produtor regula fortemente a oferta de soja nesse momento, não satisfeitos com os preços que continuam caindo, hora em virtude de Chicago, hora dos prêmios. PREÇOS DE HOJE: Todas as posições marcam queda de R$ 3,00/saca – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 147,00, em Maracaju a R$ 146,00, em Sidrolândia a R$ 145,00, em Campo Grande a R$ 146,00 e em Chapadão do Sul a R$ 144,00.

MATO GROSSO: Dia de baixas de até R$1,50/saca, negócios parados

CONTEXTO DO DIA: semana continua sem nenhuma mudança, preços continuam em queda e negócios mantidos por baixo do radar, com produtor tentando controlar o escoamento e larga insatisfação com os preços. Como o produtor segue muito bem capitalizado, não há motivos para escoar volumes mais altos, mas a iminência da super safra coloca preocupações sobre o mercado futuro. PREÇOS PRATICADOS: A variação mais comum foi de R$ 1,00/saca, isso vale para Primavera do Leste, Rondonópolis e Nova Mutum que foram respectivamente a R$ 142,00, R$ 140,00 e R$ 140,00. Sorriso caiu em R$ 1,50/saca e foi R$ 140,00. As posições finais permaneceram inalteradas, com Campo Verde a R$ 141,00 e Lucas do Rio Verde a R$ 140.

MATOPIBA: Quedas em algumas posições, Balsas perde R$ 2,00/saca

CONTEXTO DO DIA: o avanço da safra segue em ritmo normal. A maior parte das regiões do complexo de MATOPIBA lidam com boas condições e esperam boa produtividade e com isso não há necessidade de muita preocupação com negociações agora a preços mais baixos. Ainda assim, da mesma forma que as demais regiões foram atingidos pela queda dos prêmios e se preocupam com os preços futuros. PREÇOS PRATICADOS: Em Balsas, Maranhão, as cotações fecharam em R$ 140,00 com queda de R$ 2,00/saca. No Porto Franco-MA o preço foi a R$ 146,00, sem movimentos. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço ficou a R$ 140,00, queda de R$ 0,90/saca. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 160,00 sem variar. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 141,00, com queda de R$ 1,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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