Milho argentino: A Bolsa de Cereales divulgou nesta quinta-feira (24/10) o acompanhamento da semeadura do milho safra da Argentina para o ano agrícola 19/20. O relatório trouxe um avanço de 6,00 p.p. em relação à última previsão de 28,70%, alcançando, assim, 34,60% dos 6,40 milhões de hectares estimados para a nova safra. O país tem enfrentado dificuldades neste início de plantio do cereal, principalmente devido à baixa umidade do solo e à falta de chuvas em algumas regiões produtoras, o que reflete nos trabalhos no campo e na germinação das áreas já cultivadas.

Assim, a semeadura segue atrasada em relação à média dos últimos anos, deixando os produtores apreensivos quanto ao cultivo dentro da janela ideal do grão. Além disso, há incertezas quanto às políticas de exportações, visto que o país tem um novo presidente considerado de esquerda e a dúvida de agora em diante é como ele comandará o país no ano que vem, o que poderá refletir no futuro do milho na argentina.

Confira os principais destaques do boletim:

• Os contratos na Bolsa de Chicago para dez/19 e jul/20 voltaram a decair na última semana, em virtude do menor volume exportado para a safra dos Estados Unidos, fechando em US$ 3,87/bu e US$ 4,04/bu, respectivamente.

• Com a baixa nas cotações da CMEGroup e no dólar, o preço paridade de exportação acompanhou essa tendência ao exibir recuo de 3,68% na última semana.

• Após a aprovação pelo Senado da nova Previdência, em conjunto com as movimentações no cenário internacional, o dólar fechou com queda de 2,18% e cotação média de R$ 4,06/US$.

• A relação frete/milho apresentou valorização semanal de 0,99 p.p., passando a representar 66,57%, motivada pela alta no preço disponível na semana.

MERCADO EM ALTA: Segundo o Imea, o preço disponível do cereal em MT destacou-se em outubro ao exibir incremento mensal de 11,90% e encerrando à máxima na última quintafeira (24/10) a R$ 27,90/sc. Tal acréscimo na cotação esteve atrelado à saída do produtor do mercado para venda desse milho disponível, aliado à forte procura por parte da demanda.

Esse quadro também movimentou as cotações na Bolsa B3, que fechou em R$ 43,76/sc (21/10), uma valorização de 6,85% no mês, oportunizando preços mais atrativos dentro do estado e no país, e assim, os produtores que ainda têm estoques mais amplos aproveitam esse período para negociar.



No contexto internacional a situação é diferente, uma vez que as cotações na CME-Group seguem em desvalorização na última semana. De forma geral, o milho tem ganhado espaço nos mercados interno e externo, levantando a dúvida se terá milho suficiente para
atender à demanda, principalmente a doméstica, que continua crescendo e para o ano que vem estima-se ser ainda maior.

Fonte: IMEA

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