Na última segunda-feira (12/09), o USDA divulgou a oferta e demanda da soja mundial para a safra 22/23. Desse modo, a produção global ficou estimada em 389,77 milhões de t, queda de 0,77% ante ao relatório passado. O principal motivo foi o corte de 4,15 milhões de t na produção nos EUA, devido aos problemas climáticos no país, o que influenciou a produtividade nas regiões produtoras.
Pelo lado da demanda, o consumo mundial está projetado em 377,68 milhões de t, recuo de apenas 0,15% em relação à estimativa de agosto. Essa leve queda está atrelada à China que reduziu 1,02% a expectativa de importação para a safra 22/23, estimada em 97,00 milhões de t de soja. Diante disso, com os ajustes na produção e no consumo, o estoque final diminuiu 4,25 milhões de t. Por fim, o mercado já esperava esse corte na produção dos EUA, e agora os olhares se voltam para o início da safra 22/23 da américa do sul, principalmente no Brasil.
Confira os destaques do boletim:
- SOJA MT VALORIZA: estimulado pela valorização da CME-Group, a saca da soja em MT apresentou incremento de 3,55% ante a semana passada.
- DÓLAR DESVALORIZA: a alta na estimativa do PIB brasileiro aumentou a confiança dos investidores no país, o que pressionou o dólar, em 0,15% na última semana.
- CHICAGO 23 SOBE: com corte de 3,36% pelo USDA na previsão de produção da soja americana, as cotações em Chicago aumentaram 4,36% no comparativo semanal.
Em Mato Grosso, o acumulado esmagado de soja em 2022 (jan a ago) aumentou 3,45% em relação ao mesmo período de 2021.
De jan.22 a ago.22, o processamento no estado alcançou 7,14 milhões de toneladas, volume recorde para o período. Para se ter ideia do aumento no ritmo das indústrias, foram esmagadas 956,67 mil toneladas somente no mês de agosto, alta de 19,49% ante a ago.21.
Isso se deu em função da maior demanda pelos subprodutos da oleaginosa, principalmente para o exterior, prova disso são as exportações aquecidas do farelo e do óleo neste ano. Por outro lado, a margem de esmagamento das indústrias vem reduzindo desde março, o que limitou o avanço do processamento em Mato Grosso neste período.
Por fim, até a primeira quinzena de setembro, a margem de esmagamento no estado apresentou queda de 6,94% ante o mês passado, o que pode desestimular o processamento nas indústrias neste mês.
Fonte: IMEA